sábado, 31 de maio de 2008

Rúcula e vinho tinto

A vida tem umas surpresas pra gente. E às vezes são boas.
Eu, por exemplo, sempre detestei rúcula, do fundo da minha alma. Perguntavam pra mim: "Vai querer qual pizza?" - eu eu respondia: "Qualquer uma que não tenha rúcula". Isso foi a vida toda... até mais ou menos uns 6 meses atrás. Tinha pra comer arroz e estrogonofe de frango, e do lado uma salada de rúcula. Eu gosto desse prato, e eu estava com tanta fome que pensei que "talvez" fosse legal experimentar colocar umas folhinhas de rúcula do ladinho... e vi que ficou muito bom. E desde então eu amo rúcula. Não que durante a vida eu não tivesse tentado comer a dita cuja, mas de fato jamais desceu, nem com reza. Mas agora eu gosto, e muito. Rúcula até me abre o apetite. Deve ser coisa da idade (afinal, cheguei aos 3o) ... Mas tem coisa que eu não gosto, como azeitona, por exemplo... eu realmente não gosto do sabor dela. Até como se estiver misturada em pratos, mas eu não sou o tipo que abre o pote e come uma azeitona! Também não gosto muito de pão-francês... como esporadicamente, e se estiver bem quentinho.
Uma coisa que aprendi a gostar, mas isso faz tempo, é vinho tinto seco. No começo, quando tentava tomar, achava horrível! Depois, com o tempo, vi que o ruim era o vinho "docinho". Porém, não gosto de qualquer vinho seco. Nem me venha com um "Le Chapin", pois esses vinhos vagabundos que se metem a ser "secos" apenas tirando o açúcar que eles usam para adoçar os demais são piores que vinagre! Mas isso não vem ao caso aqui, apenas estava pensando hoje que a vida tem boas surpresas também, e que a gente muda com o tempo, e, algumas vezes, até pra melhor. Não que eu não goste de coisas doces, muito pelo contrário... gosto de café forte, mas com açúcar... adoro pudim de leite condensado, também... e torta holandesa!
Assim, essa postagem não tem uma moral. Não quero dizer, com ela, que na vida temos que aprender a gostar das coisas amargas (até que seria até uma bela metáfora!).
Mas eu só queria falar sobre rúcula e vinho tinho mesmo.

Editado em 18/05/2014: Eu nem me lembrava que em 2008 eu colocava açúcar no café. Hoje em dia, e já faz tempo, eu tomo sem.

terça-feira, 27 de maio de 2008

A garota da "casa de vinhos".

Quando um casal de amigos meus, recém chegados de uma viagem à Europa, me apresentou o CD de uma moça de sobrenome engraçado, gostei do que ouvi. Eu nem imaginava que aquela mesma moça terminaria o ano (2007) com seu disco no topo da lista dos mais vendidos do mundo. Estou falando de Amy Winehouse (sobrenome que, ao pé-da-letra, poderia ser traduzido como "casa do vinho", ou algo parecido). O CD que ouvi, e que foi (e ainda é) um sucesso é Back to black. Trata-se de um trabalho genial, que agrada tanto aqueles que, como eu, apreciam um bom pop (no sentido sério da palavra), quanto os apreciadores de soul music. Apresentei o CD para uma amiga muito de gosto refinado, que gosta das divas do Jazz, e ela gostou do som. E é mesmo bom.
Foi aí que resolvi sair em busca do primeiro CD de Amy, Frank, que passou meio desapercebido. E entendi porque: não é bom - especialmente se comparado ao segundo. É muito monótono, e a voz dela não mostra tudo a que veio, o que vai acontecer apenas no segundo trabalho, de forma genial. Por isso, se você nunca ouviu essa moça, não perca tempo, vá atrás do seu segundo CD, Back to black, e deleite-se ao som da divertida Rehab, ou da deliciosa You know I'm not good. Ou ainda da faixa título, Back to black, que é um primor.
Enfim, Amy é uma boa surpresa que a Inglaterra apresenta ao cenário musical, como tem feito há muito tempo, aliás... Mas o grande diferencial é que, nesse caso, há um pop sério, convincente e original, como não se vê por aí aos montes, e que traz ainda pitadas deliciosas de soul music. Irresistível.


Amy Winehouse

sábado, 24 de maio de 2008

A Tese - 2ª postagem

... "e la nave va".

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A Tese (getting started) - 1ª postagem

Quando eu fazia um curso de francês há uns anos atrás, havia uma lição, cujo título era (em inglês, curiosamente) "Getting Started". Como o curso tinha toda uma filosofia por detrás, nessa lição discutimos, através de um texto bem divertido, como às vezes demoramos para fazer as coisas que, simplesmente, temos que fazer. Na historinha, um músico rodeava seu piano de maneira sofrida, escorregava pela madeira, arrastava-se no chão, sentava no banquinho, logo levantava, ía fazer outras coisas, e nada de tocar... até que um dia ele, enfim, senta-se lá e faz o que tem que ser feito: toca!
Eu tenho me sentido meio assim com minha tese. Claro que a realização de um trabalho desse tipo é algo processual, ou seja, tenho trabalhado nela desde meu ingresso no doutorado, no ano passado, através de muitas leituras, fichamentos, releituras, papers, pesquisa documental, enfim, tudo aquilo que faz de uma tese uma tese. Só não tinha, de fato, começado a escrever. Tinha medo de começar, não sabia bem por onde. Foi então que ontem eu criei o primeiro arquivo daquilo que deverá resultar da tão esperada tese. Foi muito bom. Foi aí que percebi que já tenho muita coisa pra dizer, ainda que as coisas ainda estejam bem cruas e misturadas na minha cabeça. Mas é preciso sempre começar, para então termos noção do caminho a ser tomado para chegar a determinados resultados.
Eu já passei por isso antes, mas era tudo diferente. No mestrado o tempo era mais curto, e meio que eu escrevia de maneira mais desenfreada. Agora eu quero trabalhar de outra maneira, de forma mais tranqüila, avaliando o peso e necessidade de cada palavra ou frase. Claro, isso é uma meta, acho, de todo pesquisador ou escritor (imagino).
Mas enfim, cá estou. Como diria minha amiga Grá, "pode perguntar, sim, sobre minha tese" - ficarei feliz em falar alguma coisa. Hoje eu te diria que ainda é uma semente, aliás, um brotinho, que está sendo cultivado com muito carinho... e que ainda há de crescer e frutificar! Será confortante dividir com vocês as alegrias e agruras de todo esse processo!! Aguardem, portanto, os próximos capítulos...
Agora vou é dormir. Boa noite.



sábado, 17 de maio de 2008

Looking for the inspiration

Tenho escrito pouco por aqui, mas na verdade acho que estou numa fase mais de ler do que de escrever. Como vocês sabem, eu faço doutorado, e cada vez mais tenho me ocupado com ele. Talvez por isso a minha freqüência por aqui tenha diminuído. Por outro lado, não me toma tanto tempo assim escrever essas postagens; algumas delas surgem, não raro, na própria faculdade, em algum momento de "descanso" (as aspas são para ironizar o fato de que, mesmo descansando, eu permaneço usando o computador!).
Fora isso, eu não escrevo, de modo algum, sem alguma inspiração. Eu não sento diante do computador e falo: "vamos ver sobre o que vou escrever" - isso não acontece. Aliás, nem na minha pesquisa de doutorado. Eu não funciono assim, geralmente o texto começa a existir, de alguma maneira, na minha cabeça. Claro que, depois que eu começo (como agora, que eu pretendia escrever um parágrafo) a coisa ganha vida própria. Uma amiga me disse certa vez que ela não escrevia, "psicografava" - adorei essa explicação, eu sinto a mesma coisa. Por isso eu prezo tanto esse espaço, é onde posso escrever de forma mais livre. E liberdade, convenhamos, é tudo.

quinta-feira, 15 de maio de 2008