segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Uma linda combinação

Eu não perco a chance de assistir a um bom filme iraniano ou francês. Filmes de arte elevam a alma, nos aproximam do que há de mais essencial na natureza humana. Mas convenhamos: uma comédia romântica de vez em quanto é o que há!
Ontem assisti, pela enésima vez, o "clássico" Pretty Woman (Uma linda mulher, 1990). Delicioso! Sempre que vejo esse filme rio com as mesmas cenas, especialmente a do jantar, com o escargot voador... A cena é tão divertida, e Júlia Roberts chama a atenção de tal maneira, que duvido que as pessoas prestem atenção no diálogo tenso (na medida do possível, claro) realizado entre os personagens masculinos. Começo a rir só de lembrar.
O mais legal de tudo é que, na época, Julia não passava de uma jovem atriz desconhecida, que tinha feito três ou quatro longa-metragens. Mas seu sorriso conquistaria para sempre as telas do cinema. E nas últimas cenas do filme, para mim, acontece o clímax da beleza estética possível em um filme hollywoodiano: Julia, de beleza estonteante, segue triste em uma limousine, ao som de "It must have been love", na espetacular voz de Marie Fredriksson. Não há como ser mais perfeito.
Uma linda mulher, uma linda voz, uma linda canção de amor... pode até ser brega, mas é igualmente delicioso.



A arte como mercadoria

"[...] a arte, uma vez que assume valor de troca, torna-se mercadoria como qualquer presunto" (Mário Pedrosa).

Bem, então me vê 500g de Kandinsky, 300g de Monet, 150g de Tarsila do Amaral. O troco pode me dar em Debret. Tudo bem fininho.


Trilha aleatória para um filme que não vai existir

Vi essa brincadeira no blog da Cris e resolvi fazar também. O lance é ouvir um playlist próprio, de forma aleatória, e preencher as etapas abaixo, como se as músicas fossem compor a trilha sonora de um filme imaginário sobre a sua vida. Não vale escolher as músicas... as instruções estão no final.

O meu filme ficou assim:


Créditos iniciaisAtlantic (Keane)
Adorei a música inicial, mostra que o meu filme será meio denso...

Acordando - Fast Love (George Michael)
Opa, o George logo de manhã, sinal de café da manhã animado.

Primeiro dia de aulaNothing compares 2 U (Sinead o'Connor)
Puxa, lá se foi a animação. Um difícil primeiro dia de aula. Sempre fiquei meio angustiado nesses dias, mesmo.

Se apaixonandoLoneley, lonely (Feist)
Nem ouço muito essa música, mas faz sentido no contexto.

Música da briga - Pale blue eyes (Marisa Monte)
Nem é de briga. Talvez uma briga bem cult.

Terminando tudoVagalume (Pato fu)
Puxa, a platéia nem ía achar tão triste o fim desse namoro, com uma música tão suave como essa.

Aproveitando a vida - Para um amor no Recife (Paulinho da Viola)
É, se tem que aproveitar a vida, que seja no Nordeste!

Formatura - Staring at the ground (Roxette)
Legal, mas nada a ver com formatura, talvez uma daquelas últimas músicas, no final do baile. Mas daí teria quer algo mais "It must have been love" - hehehehe.

Caindo aos pedaços - Everyday is like sunday (Morrissey)
Não ouço muito o Morrissey a ponto de comentar essa faixa... mas o diretor do filme deve saber o que está fazendo.

Dirigindo Love is a losing game (Amy Winehouse)
Nossa, dirigir com essa músca pode ser perigoso pra saúde. Eu bem que iria preferir "Joyride".

Flashback Lolipop (Mika)
"Chupando demais seu pirulito,oh, o amor vai te derrubar,diga amor, diga amor, oh, o amor vai te derrubar." O Mika é demais.

Reatando o namoro - As canções que você fez pra mim (Maria Bethania)
Ah, linda reconciliação, Bethânia cantando o Rei.

Casamento Don't blame your daughter (The Cardigans)
Eu escolheria outra coisa, mesmo do Cardigans... Acho que "Carnival" seria mais legal...

A véspera da Guerra - Pois é (Los Hermanos)
Perfeito.

Batalha Final This is a low (Blur)
Eu pediria a Cris interpretar essa escolha. Não é uma música que eu conheça muito.

Momento de Triunfo - Taking chances (Celine Dion)
E viva as oitavas de Dion.

Cena da morte - Blue Alert (Madeleine Peiroux)
Que morte mais cult.

Créditos FinaisIf it makes you happy (Sheryl Crow)
Gostei. Boa música pra os créditos.

****

Instruções para fazer seu próprio filme:

- Abra sua biblioteca de música (utilize um playlist grande e bem geral, seja no Winamp, Media Player, iPod, Laste-Fm ou outro)
- Coloque em modo aleatório (shuffle/randon)
- Aperte o play
- Para o primeiro item, digite a música que está tocando... pode comentar algo, se quiser...
- Quando você for para o próximo item, avance para a próxima música.
- O interessante é respeitar as músicas que forem aparecendo, na sequência... não vale escolher ou pular alguma, mesmo que (aparentemente) não faça sentido.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Primavera decepcionante

Ontem começou a primavera...


... acho que esqueceram de avisá-la.




Ao trabalho

Então, enfim a mudança terminou. Apartamento novo, uma semana carregando caixas e outros volumes não tão pequenos, arrumando estantes e geladeira, alojando os gatos. Uma semana sem pegar num livro - pra ler, porque foi um bom momento para tirar o pó de alguns e reorganizá-los na estante. 
Agora o negócio é voltar ao trabalho. Quando passo alguns dias sem mexer na tese, como foi nessa semana, eu começo a ficar super paranóico, cheio de culpa. Não demora para eu sonhar com meu orientador, aquela entidade da qual já falei aqui
Mas hoje não tenho mais desculpa, os livros, pratos, CDs e gatos já se encontram em seus devidos lugares no novo lar. A epopéia continua. Já comecei a ler outro livro, bem interessante, sobre arte brasileira no século XX. Bola pra frente... aliás, bola pro mato, que o jogo é de campeonato!


Fui ...

domingo, 21 de setembro de 2008

Mamma mia!

Nunca fui muito chegado a filmes-musicais. É sempre aquilo: as pessoas estão conversando normalmente, e, de repente, do nada, saem cantando e dançando como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. E ninguém no filme acha estranho. Mas dessa vez fui surpreendido com Mamma Mia!, a adaptação para o cinema de um famoso musical.
Geralmente quando um filme desse tipo é chato, ficamos torcendo para que a próxima performance musical demore. Esse não é o caso de Mamma Mia!. Eu, pelo menos, não via a hora de ver a Meryl Streep cantando outro sucesso do ABBA. Aliás, acho que o sucesso do filme (e da peça, que foi o musical mais visto no mundo até hoje) é justamente sua por conta de sua trilha sonora. Ou vai me dizer que nunca se contagiou com algum hit do ABBA? A história do filme é toda contada em cima das músicas, cujas letras se encaixam perfeitamente em cada contexto.
É um filme alegre (claro), mas em muitos momentos fiquei arrepiado, e até emocionado. Os atores pareciam estar tão à vontade que as cenas ficaram carregadas de uma verdade inquestionável - afinal, expressam a verdade das músicas, letras e acordes do ABBA. Sensasional. E ver atores como a Meryl Streep, Julie Walters ou Pierce Brosnan cantando e dançando clássicos como Money, money, money e S.O.S, eternizados nas vozes de Frida e Agneta, é uma oportunidade única.
Todas as perfomances são boas, mas gostei especialmente de Dancing Queen e Voulez-vous. Uma grande festa.
Então é isso. Se estiver a fim de um filme leve, alegre e, apesar disso, bem feito, fica aqui minha sugestão. La question c'est... voulez-vous?
Take a chance!




quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Rememorações - pt II

Hoje me vi ouvindo músicas do tempo que eu tinha uns 13 anos... faz um tempinho já. Claro, tem muita coisa que eu de fato ainda escuto daquele tempo, mas de um bocado delas eu tinha me esquecido. Comecei a fuçar numas fitas antigas, e então baixei umas coisas. Muito interessante isso. Parece que as músicas me levam pra aquele tempo, lembro de rostos, conversas, situações engraçadas, outras nem tanto... dilemas da sétima série.
Não sei se isso é coisa de balzaquiano, mas acho que os trinta anos são uma fase boa pra esse tipo de coisa. A primeira coisa é jogar fora preconceitos, especialmente aqueles que nos contamina na faculdade, do tipo: "ah, essa música não se deve ouvir, é pop" - que bobagem, pro Tio Adorno, lá de Frankfurt, até o Jazz era pop demais. Quem sabe dizer o que não é pop? Aliás, tentar não ser pop é a coisa mais pop no mundo acadêmico.
Por isso hoje, ouvindo aquele monte de música os anos 90, lembrei da simplicidade com que eu via as coisas, sentia o mundo. Claro que no universo em que eu vivia não tinha muitas opções, e pra mim essas coisas me integravam com um mundo que estava a milhas de distância de mim. Ouvir New Kids on The Block ou Information Society dava-me a sensação de fazer parte do mundo, coisa que dificilmente eu sentia de outro modo. Porém, havia com isso uma motivação para me mover, conhecer coisas novas, mundos novos. Daí eu, além de ouvir música pop, estudava muito, pois sabia que era um jeito, talvez o único, de conhecer esse mundo distante. E eu não estava errado. Hoje estou aqui, fazendo meu doutorado na faculdade que escolhi, na área que eu escolhi, e não nego de maneira alguma esse meu passado.
Ao contrário, eu me orgulho de cada escolha, cada momento, cada tempo "perdido" traduzindo músicas com meu mini-dicionário de inglês, que, aliás, foi o modo como eu, mal e aos trancos, aprendi um pouco dessa língua. Graças a isso que hoje me viro com os textos estrangeiros, por exemplo.
Pois é, tudo isso me veio à cabeça ouvindo músicas antigas. Acho que estou ficando velho mesmo.
Que bom.




Passatempo musical

Copiei esse joguinho de um blog amigo. É o seguinte: transcreva o seu Top 10 da Last-fm, ou de qualquer outro lugar, ou então invente agora um Top 10, e depois responda ao questionário.

Pode ser divertido... vamos lá:

Meu Top 10 (Last FM):

1. Roxette
2. Marie Fredriksson
3. Pato Fu
4. Travis
5. Husky Rescue
6. Per Gessle
7. Son of a Plumber
8. The Cardigans
9. Keane
10.Adriana Calcanhotto

Enquete:

- Qual a primeira música que você ouviu do 6?
Stupid.

- Qual seu álbum favorito do 2?
I en tid son vår.

- Qual a melhor letra que o 5 já cantou?
New light of tomorrow.

- Quantas vezes você viu o 4 vivo?
Nenhuma.

- Qual sua música favorita do 7?
Hey Mr Dj (Won't you play another love song).

- Há alguma música do 3 que te deixa triste?
Canção pra você viver mais, Ninguém, A hora da estrela e outras...

- Qual a melhor letra que o 2 já cantou?
Tro, talvez.

- Qual sua música favorita do 9?
Atualmente, Leaving so soon.

- Como você conheceu o 3?
No Domingão do Faustão, em 1992. Pela TV, claro...

- Qual a primeira música que você escutou do 1?
Acho que foi Listen to your heart, em 1989, mas não dei muita bola.

- Qual sua música favorita do 4?
My eyes.

- Quantas vezes você viu o 9 vivo?
Nenhuma.

- Que boa lembrança você tem do 2?
Muitas, mas gosto especialmente de lembrar quando ganhei o seu CD Äntligen, em 2001. Foi um momento muito bonito. É um CD muito especial pra mim.

- Há alguma música do 8 que te deixa triste?
Não especialmente.

- Qual seu álbum favorito do 5?
Ghost is not real.

- Qual a melhor letra que o 3 já cantou?
Vagalume

- Qual sua música favorita do 1?
Difícil, mas acho que é Crash! Boom! Bang!

- Qual sua música favorita do 10?
Esquadros.

- Quantas vezes você viu o 8 vivo?
Nenhuma.

- Qual seu álbum favorito do 1?
Atualmente, acho que me rendo ao Crash!Boom!Bang!

- Que boa lembrança você tem do 9?
Das boas viagens que fiz ouvindo no som do carro. E do clipe de Everybody is changing, que de algum modo me emociona sempre que vejo.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Rememorações

Hoje folheando um livro de arte, daqueles que têm capa dura e são grandões, encontrei uma coisa do passado: um desenho feito pelo meu sobrinho Gabriel, em 2005, que nada época tinha 12 anos. O desenho é esse:




Ele fez esse desenho quando nossa cachorrinha, Teresa Cristina, deixou esse mundo. Na época morávamos em Itu, interior de São Paulo, local em que vivemos por um período curto, apenas para terminar as coisas do mestrado. Foi uma época muito legal, Itu é uma cidade tranqüila, que tem lindas construções históricas e uma paisagem magnífica no seu entorno. Lá também conhecemos muita gente bacana. Pois bem, foi nessa época que Teresa entrou em nossa vida, mas ela veio com uma triste surpresa: tinha leishmaniose, e por mais que ela tivesse todo o carinho e cuidados necessários, a doença tomou conta de seu frágil corpinho e ela precisou sair de nossa vida, tão rápido quanto entrou. Mas os meses em que tivemos o privilégio de sua companhia foram maravilhosos, ela era o cãozinho mais dócil que alguém podia desejar. Tive outros caninos na vida, muitos viveram anos em minha família. Mas nenhum foi tão marcante quanto Teresa.
Por conta de tudo isso, sua partida foi algo doloroso pra todos que a conheciam, incluindo o Gabriel, que teve a sensibilidade de fazer esse lindo desenho, repleto de significados, até hoje. Reencontrá-lo me fez lembrar de tudo, daquele tempo, daquele lugar, daquelas pessoas, e, claro, de Teresa... Não vou negar que me deixou um pouco triste. Seria ótimo ter a companhia daquela cachorrinha até hoje. Mas tudo tem seu tempo. O desenho também me fez sorrir, me lembrando dos tempos de Itu, do Parque do Varvito, da pracinha em frente de casa, da molecada que sentava todos os fins de tarde no banco pra ficar batendo papo, e do Pedro, nosso gato, que encontramos por lá ainda gatinho. Tudo isso me veio à cabeça por causa de um desenho, um lindo desenho feito pelo Gabriel.
Valeu, El...


Foto da Teresa com seu amiguinho (2005)


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

sábado, 13 de setembro de 2008

Sociabilidade paulistana - continuação

(Editado em 19/12/2008)*

Outro dia escrevi sobre nossos vizinhos que se mudaram, e sobre minha expectativa em relação aos novos moradores. Bem, acontece que o apartamento do lado realmente está sendo alugado... e sabe quem irá morar lá? Nós aqui de casa! Não é incrível?
A vida às vezes tem umas surpresas, quando eu iria me imaginar morando na casa do Tobias? Pois é para lá que iremos, e espero que seja bem legal.
Mas agora esse apartamento é que ficará vago, e não vai demorar para ter gente nova morando aqui... que rotatividade, não?
E permanece a dúvida: Será que vai ser gente boa? Será que também terão um cachorro? Ou gatinhos? Sempre é uma expectativa, afinal viveremos os próximos meses muito perto, divididos apenas por uma parede... é, a parede é a mesma. Só que, agora, eu estarei do outro lado dela.

* Enfim mudou-se um novo morador para o apartamento do lado. É um senhor simpático, mas eu não me lembro o nome dele, mas não é um nome comum... Aparentemente, ele não tem animais de estimação.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A Tese - #3

Notícias sobre a tese: ela segue!
Quando eu era molecote, e via as pessoas falando em defender tese e tal, eu ficava imaginando que deveria ser um coisa muito difícil de se fazer. E sabe de uma coisa? Eu não estava errado! Porém, algo que eu não imaginava é que também era um trabalho gratificante, instigante, desafiador. Do contrário, quem seria louco de se envolver em uma epopéia chamada doutorado?
Mas nem tudo são flores. Escrever leva tempo, exige imersão, pesquisa, pesquisa, pesquisa e... eu já falei pesquisa? Às vezes se lê um, dois, três livros... e deles saem um ou dois parágrafos para a tese. É assim que funciona, é um trabalho que exige esse tipo de disposição. E tem que gostar de escrever, isso é fundamental. Mas isso nunca foi um problema pra mim, minhas redações na quarta série sempre tinham mais de cinco ou seis folhas de caderno. Mais difícil do que escrever é reescrever. Porque isso também faz parte da epopéia: existe uma entidade quase mística, que nós chamamos de "Orientador". É ele que, como o próprio nome já aponta, orienta a pesquisa. Existem momentos em que tudo o que queremos é conversar com ele, tirar dúvidas, pedir socorro... e existem momentos em que morremos de medo de encontrá-lo. Então, é essa "entidade" que nos acompanha durante todo o trajeto, apontando os excessos e também as faltas do trabalho. E quando apresentamos um texto pra ele, normalmente temos que modificar uma monte de coisas... reescrever! Daí começa tudo de novo. É um processo.
Mas como eu disse, é muito gratificante tudo isso. Não é um mar de rosas, mas quem disse que um mar de rosas é algo bom? Eu prefiro um mar de água, onde eu possa velejar, descobrir coisas novas, investigar.

sábado, 6 de setembro de 2008

Sociabilidade paulistana

Hoje nossos vizinhos se mudaram. Desde que nos mudamos para cá, há quase dois anos, o pouco que interagimos foi nos raros momentos em que pegamos juntos o elevador. A cordialidade sempre foi recíproca, eles eram um casal muito bacana, mas não muito falantes... em geral falávamos sobre o gatos daqui de casa e eles sobre o Tobias, cachorrinho "cofap" que eles têm. Tobias era quase uma entidade sonora, volta e meia a gente escutava seu latido, cujo eco dava uma certa animada no frio corredor. Nunca atrapalhou em nada - ao contrário, os gatinhos aqui de casa levantavam as orelhas, imaginando de onde viria aquele som curioso!
Mas hoje eles se foram, e junto com eles o querido Tobias, que poucas vezes chegamos a ver. E na hora da mudança fomos falar com eles, dizer o quanto foi bom tê-los como vizinhos, e eles gentilmente agradeceram nossa... vizinhança. Um agradecimento estranho, pois nunca trocamos sequer um copo de açúcar ou uma caixa de fósforos. Na verdade, hoje talvez tenha sido o dia que mais nos falamos. Eles pediram desculpas pelos eventuais latidos do Tobias, e pudemos dizer, enfim, o quanto gostávamos dele, e que nunca nos atrapalhou. Eles falaram das muitas vezes que viram a Capitu (a gatinha aqui de casa) pendurada super à vontade na tela de proteção que fica na varandinha, bem na divisa com a varanda deles, e sobre como ela interagia com o Tobias. Muitas surpresas... quanto tempo perdemos, podíamos ter sido vizinhos mais próximos, desses que emprestam um copo de farinha. Mas agora já era.
Acho quem em breve terá gente nova no apartamento, ouvi um zum-zum-zum na portaria. Será que vai ser gente boa? Será que também terão um cachorro? Ou gatinhos? Sempre é uma expectativa, afinal viveremos os próximos meses muito perto, divididos apenas por uma parede...

Capitu relaxando na tela de proteção...
coisa de gato de apartamento.



quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Marie forever

A nova música da minha querida Marie Fredriksson, da trilha sonora do filme sueco Arn:



Letra/tradução (para o inglês):

"Där du andas / Where you breath"

Spöken och spel / Ghosts and games
tvivel och tvång / Doubts and coercion
Månen går upp / Moon goes up
den ser vad du vill / It sees what you want
Lyser i natt / It shines in the night
och strålarna följer mig / and beams are chasing me
de hör mig viska att / They hear that I whisper that

Där du andas / Where you breath
där du älskar / where you love
där vill jag leva / where I want to live
min stund på jorden / my moment on Earth
Där vi sjunger / Where we sing
ska alla himmelens änglar få lust / all heaven's angels will be content
till samma sång / with the same song

Ljudet av oss / Sound of us
klingar så rent / that sounds so clear
blir till en bild av kärlekens väg / becomes a image of love's way
och hoppet och tro / and hope and faith
att ingenting är försent / that nothing is too late
att hjärta ska få ro / that heart will find its rest

Där du andas / Where you breath
där du älskar / where you love
där vill jag leva / where I want to live
min stund på jorden / my moment on Earth
Där vi sjunger / Where we sing
ska alla himmelens änglar få lust / all heaven's angels will be content
till samma sång / with the same song
på samma gång / at the same time
i samma sång / in the same song

Där du andas / Where you breath
där du älskar / where you love
där vill jag leva / where I want to live
min stund på jorden / my moment on Earth
Där vi sjunger / Where we sing

Samma längtan / The same longing
samma drömmar / The same dreams
samma månen / The same Moon
samma toner / The same tones
som samma röst / like te same voice
i samma sång / in the same song

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Na maior delicadeza

Como eu já havia previsto, o show foi realmente incrível. Eu não me canso de me surpreender com a voz de Consuelo, a maneira como ela faz o ato de cantar parecer tão natural. E para ela é. Sua voz é de uma pureza cristalina, e tão firme e forte que faz a gente arrepiar. E olha que o espaço não ajudava, já que no Sesc Consolação o espaço para apresentações musicais fica bem na entrada, ao lado do café e das escadarias de acesso. Mas nem o entra-e-sai de pessoas ou as conversas altas foram mais fortes que Consuelo, sua voz, e os vários instrumentos com os quais mostrou a maior das intimidades (violão, tamborim, pandeiro e tambor). Mesmo aqueles que apenas transitavam no local paravam para ouvi-la. E como resistir? E claro que não posso deixar de mencionar aqui seu parceiro nessa noite mágica, o músico Alexandre Ribeiro, no comando do clarinete e do clarone. A harmonia entre eles era visível, apesar de ter sido a primeira apresentação deles como um duo.
O show teve um caráter super intimista, mas nem por isso a platéia se conteve, e acompanhou a artista em alguns refrões. Foi bonito de ver. O repertório trouxe músicas dos três discos, e algumas supresas, que farão parte dos nos projetos da artista, um deles todo inspirado no universo de Cecília Meireles.
Enfim, foi uma noite inesquecível. Só vendo mesmo pra saber... e quem foi, sabe do que estou falando.

"Vamos na mais pura macieza, vamos na maior delicadeza" (Riacho de areia).

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Consuelo de Paula

Gente, hoje (terça-feira, 02/09/2008) terá show da Consuelo de Paula no Sesc Consolação. Imperdível! Claro que estarei por lá, e depois escreverei aqui sobre minha experiência, que certamente será maravilhosa. Fica aqui a dica.

Local: Sesc Consolação. Rua Vila Nova, 245, Vila Buarque.
Horário: 19:30 h
Entrada: grátis.

Para maiores detalhes, consulte o blog oficial da artista:
http://blogdaconsuelodepaula.blog.uol.com.br/

Prestigiem! ♦

A tópica de Amy

Eu já escrevi sobre seu disco aqui no blog, e na ocasião não toquei no assunto clichê da sua biografia. Afinal, parece inevitável falar de Amy Winehouse sem falar em drogas e escândalos midiáticos. Mas eu não quis escrever nada disso, queria apenas falar sobre como eu gostei de seu disco Back to black. Mas as últimas notícias me deixaram triste, ao ver aquela menina se acabando de tanto se drogar. Eu não sou o tipo moralista, cada pessoa, penso eu, sabe aquilo que lhe traz felicidade, satisfação, prazer, bem como as conseqüências de cada ato nesse sentido. Mas o que me entristece é perceber que Amy não tem mais esse tipo de ponderação, se é que algum dia teve. O sucesso veio rápido, como uma bomba, e parece que ela definitivamente não soube lidar com ele. A história se repete, isso é praticamente uma tópica do show business. Essas pessoas aparecem, vendem milhões, ganham bilhões, e acabam com a própria vida. Porque não vejo saída pra Amy, mesmo. Dessa vez ela passou 36 horas fumando maconha sem parar! Não há organismo que resista à tanta violência. Que tristeza isso. Tanta beleza em sua voz, em seus acordes. Amy deixou o mundo pop mais elegante, com sua sonoridade e visual retrôs, que não combinam com sua irreverência, suas letras pesadinhas - daí sua originalidade. Mas essa irreverência transformou-se em alto-destruição. Amy ainda está no topo. Temo, porém, que sua queda seja definitiva.
E, acreditem, espero estar redondamente enganado. ♦


Nota, em 25.02.2014: Amy nos deixou em 23 de julho de 2011. Uma perda enorme. Muito triste...

Bad mood

Qual o limite entre o altruísmo e a idiotice? Às vezes me pego pensando nessas coisas. Existe uma crença popular que diz que ser bom é diferente de ser bobo. Não sei bem onde termina uma coisa e onde começa outra, mas posso dizer que não me canso de me surpreender com as pessoas... e nem sempre para o bem. Talvez eu devesse pensar mais em minhas próprias coisas, viver minha vida, sem esperar demais dos outros, isso sim. Quando esperamos pouco, ou nada, nunca nos decepcionamos. Sei lá. Só sei que tenho aprendido que pensar em mim mesmo não é egoísmo, mas uma condição de sobrevivência.
Ou então é que hoje estou de mal humor. Talvez seja isso. ♦