quarta-feira, 24 de junho de 2009

A noite mais longa do ano – São João

É, não fui a nenhuma festa junina esse ano. Pra ser bem sincero, raros são os anos em que eu vou a alguma… não por falta de vontade, mas de empolgação, mesmo. Acho que na minha cabeça isso faz mais sentido no interior (falo por experiência própria). Aqui nesse mundo de concreto tudo parece meio deslocado. Mas isso é apenas uma impressão minha, o que não me impede de ficar imaginando as coisas legais que estariam acontecendo lá (em algum lugar de onde só ouço o som dos fogos) . Fico aqui, imaginando as guloseimas da festa, especialmente o bolo-de-milho-verde, que eu adoro. Quentão, vinho quente, essas bebidas eu dispenso. Cachorro-quente é legal. Pipoca, nem tanto. A quadrilha é divertida, mas gostava mais quando eu dançava, no tempo de dantes… A verdade é que parece que as coisas estão muito diferentes, e na minha cabeça tenho a imagens das festas juninas da minha infância, que tinha quermesse, e minha mãe não deixava eu me aproximar muito da fogueira, por conta dos riscos de ficar entre o calor e o frio típico do mês de junho. Até hoje falo que ela estava errada, mas ela ainda não acha um bom negócio esse “choque-térmico”. Mesmo com essa pequena restrição (invariavelmente desrespeitada por mim) eu achava bem divertido.

De qualquer forma, fica aqui minha singela homenagem à essa festa joanina, com uma bela e curiosa imagem, fruto não da minha imaginação, mas da mente de um grande artista, que colocou balões flutuando entre morros e igrejas, em uma misteriosa atmosfera esfumaçada:

guignard

Alberto da Veiga Guignard. Noite de São João. Óleo sobre madeira; 19 x 29 cm; 1961. Coleção particular, Belo Horizonte.

domingo, 21 de junho de 2009

Utilidade pública

Recentemente entrou no ar o site da Coleção Brasiliana da Universidade de São Paulo. Contando com um acervo primoroso - com destaque para a biblioteca de José e Guita Mindlin - já é possível acessar mais de 2000 documentos digitalizados. Entre as raridades estão, por exemplo, o Primeiro Dicionário da Língua Portuguesa, do séc. XVIII, e as gravuras do livro Voyage pittoresque et historique au Brésil, de Debret, do séc. XIX. E o processo de digitalização está apenas no começo, e conta com a mais alta tecnologia disponível no mundo. Um novo prédio, já em construção, deverá abrigar toda a Coleção Brasiliana, que estará disponível para o público, da mesma forma que o seu conteúdo digital, no site.
Para acesso ao acervo já disponível e maiores informações sobre a biblioteca, consulte:


Fica aqui a dica. Afinal, este blog precisa ser útil de alguma forma!

Voyage pittoresque et historiq... Digital ID: 485690. New York Public Library

Folha de rosto do livro de Debret, lançado entre 1834 e 1839, na França, contendo mais de 200 gravuras sobre o Brasil do século XIX.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Deborah Blando, Roger Chartier etc.

Supondo que eu tivesse um leitor assíduo (o certo seria: supondo que eu tivesse um leitor) eu teria que iniciar esse post dizendo: "desculpe o sumiço, sei que ando meio relapso com o blog... bla bla bla..." O fato é que eu ando meio sumido daqui mesmo, por pura falta de tempo. E de inspiração, também. Porém, se eu ficar esperando pela confluência desses dois requisitos, não sairá mais nenhum post! Então cá estou para falar de amenidades.
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Como eu já adiantei via Twitter, outro dia eu vi a Deborah Blando na padaria aqui do bairro! Foi bem na hora em que eu estava levantando da mesa para voltar pra casa, de modo que foi uma olhada bem rápida (não gosto de dar pinta de deslumbrado quando vejo um "famoso", ainda que, às vezes, eu dê alguma bandeira, sim). Mas fiquei na dúvida, pois ela estava meio diferente do que eu lembrava, daquela época de "Innocence" (né esqvl?). Na dúvida, pedi para o Alê dar uma conferida, e ele confirmou minha suspeita. Era ela! Tudo bem que ultimamente ela não anda muito presente na mídia; e que eu tampouco tenha ouvido outros trabalhos seus que o primeiro LP (A different story, 1991) - mas na época eu ouvia! Gostava muito de músicas como Innocence, Merry-go-round e Decadence avec elegance. Mas isso já faz um bom tempo, considerando que eu devia ter uns 14-15 anos... Mas foi legal vê-la, afinal, não é sempre que topamos com "ídolos" da adolescência.
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Bem, mudando de cenário, mas ficando no tema celebridades, hoje assisti a uma palestra com o historiador francês Roger Chartier. Foi muito legal, levando em consideração que só o conhecia dos livros. Fora isso, a palestra foi toda em português, o que permitiu que eu economizasse meu escasso conhecimento de francês para outro momento! Apesar de ter sido de manhã, e eu estivesse com sono, foi uma experiência incrível, que uma dia hei de compartilhar com meus futuros alunos.
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Ainda sobre o "mundo acadêmico", gostaria de dizer que, enfim, passei pelo exame de qualificação, e foi uma experiência muito positiva. Aliás, fui aprovado (eba!), mas tenho muito trabalho pela frente. Por isso, caro leitor (hein?), perdôe futuros sumiços, caso aconteçam. Mas pretendo aparecer por aqui sempre que possível. Afinal, entre antigas cantoras pop e célebres historiadores franceses, sei que haverá sempre vontade de aparecer por aqui para comentar meu diletante cotidiano.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Para não dizer que não falei do dia dos namorados

Minha homenagem a todos os que namoram, aos que querem namorar e aos que estão muito bem em sua própria companhia...



Roxette, Stars, 1999

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Rapidinhas

* Depois que inventaram o Twitter, meu blog anda meio abandonado! (atire o primeiro mouse quem não tem passado pela mesma situação!);

* Depois de uma semana de intenso frio, acho que ele está finalmente indoemboragraçasadeus... estou sem blusa enquanto escrevo isso;

* Estou ouvindo o CD Crash! Boom! Bang!, do Roxette. Se você nunca ouviu e acha que a dupla é feita apenas de baladas metal e popismos (deliciosos) não sabe o que está perdendo; pop'n'roll de primeira!

* Semana que vem será meu exame de qualificação de doutorado - meiotenso /mode on.

* Tenho assistido ao Furo MTV e me acabo de rir com a Dani Calabresa. Divertidíssima... Já o fiho do João Ubaldo, bem, enfim... a Dani arrasa!

* Como vocês perceberam, a postagem aconteceu, mas na forma de microblogging! Essa coisa pega...

// abraçosatodosmetwittem!!




segunda-feira, 1 de junho de 2009

Parabéns, Marie!

marie51

Dia 30 de maio Marie Fredriksson completou 51 anos de vida. Há que não goste de dizer a idade, em uma sociedade em que se prega a eterna juventude e tal. Diga isso para alguém que sobreviveu a uma grave doença e esse discurso patético cai por terra. Marie superou uma grave enfermidade, descoberta em 2002, que poderia ter encerrado não apenas sua carreira, mas sua vida. No entanto, cá está ela, no auge de sua voz, aos 51 anos. Certamente é minha cantora favorita, não apenas pela voz ou carisma, mas pelo exemplo de que a vida vale a pena, e que não se deve medir esforços para vivê-la, dia após dia, a despeito das adversidades.

Abaixo, um vídeo da música Tro, do seu álbum I En Tid Som Vår (1996).

"Tro" (Marie Fredriksson), 1996.