terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sobre gatos, chuva e pernilongos

Eu achava que o blog tinha acabado. Mas na verdade, não tê-lo alimentado nos últimos tempos não significa que ele estivesse morto. As coisas na vida vão e vêm, difícil a gente fugir das repetições. A verdade é que sinto falta de escrever aqui. Lembro que fui muito presente no blog durante 2008 e 2009, bem na época em que eu estava escrevendo a tese. E acho que até ajudou na escrita dela. A escrita acadêmica é diferente, mas ela certamente pode se beneficiar de um "treinamento" informal como um blog. E se o ele for público, melhor ainda - ter a expectativa de ser lido pode ser um bom estímulo. É diferente de um diário, que ninguém além do seu autor lerá. Será mesmo? Lembro de ter um diário quando jovenzinho, e lembro de escrever apenas coisas que pudessem ler lidas por qualquer pessoa. No fundo, era uma vida criada, transformada em texto, imaginada (a partir de elementos do real). Aliás, não é a vida, sempre, em grande medida, imaginada? O que seria de nossa existência sem a imaginação e a memória? Sem elas, nada teria sentido. Tem um sociólogo da arte, Francastel, que fala isso sobre nossa percepção artística: sem os dois elementos que citei, não há a experiência estética. 
Hoje está um dia quente, e agora há pouco caiu uma chuva rápida. Estou ouvindo o novo CD do Mika, até agora estou gostando. Levei meu gato ao veterinário hoje. Tirei minha carteira de habilitação. Um pernilongo me picou há uns dois minutos, e está coçando. 
A vida tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Acho que vale a pena escrever sobre minhas percepções sobre algumas delas. 


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