quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Caos e sentidos

Quase não me lembro direito quando criei esse blog, acho que foi em 2007 ou 2008. Esse espaço foi muito importante durante um tempo, ajudava a organizar minhas ideias, praticar a escrita, sobretudo por ter coincidido com o período de pesquisa e escrita de minha tese de doutorado. Depois de um tempo, baixou a empolgação, e até tirei o blog do ar. Mas é legal que ele esteja aqui, esperando minha vontade de escrever.
Ano passado, precisamento há um ano, meu gato Pedro, que tanto amava, se foi. Que baque terrível. E hoje fui visitar o espaço onde jogamos suas cinzas, um lindo parque, onde há outros gatos. Foi bom ter ido. É importante encarar determinadas situações. A saudade ainda é grande, e acho que só tende a aumentar, mas agora ocupa um espaço preciso do meu coração.
2016 foi um ano bem intenso para mim. Mudei de cidade para dar aulas em uma universidade bacana. Não ganhei muito dinheiro, mas foi uma experiência linda. Foi um ano de tanto trabalho, especialmente no primeiro semestre, que achei que não daria conta, mas dei. No meio do ano, o maior dos baques: minha mãe teve um AVC, bem sério, mas não se deixou levar por ele. Porém, hoje é outra mulher, não fala, não anda, mas mantém o mesmo olhar comunicativo que tinha antes da doença. Seus olhos sempre foram um espelho de sua alma. Esse incidente mudou minha vida. Sofri e sofro muito desde então, mas estou feliz por ela estar viva, e torço para que ela melhore, para ter mais qualidade de vida. No meio desse turbilhão eu consegui o emprego que sempre quis, ser professor em uma universidade pública. Daí foi uma mistura insana de sentimentos, mas é a vida mostrando o quão ela pode ser complexa e sem muita ordenação. E, nesse caos, onde há de tudo um pouco, sigo dando meus sentidos para essa realidade doida. 
E vamo que vamo, bola pro mato, que o jogo é (sempre) de campeonato.
;)


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Trilha sonora: Roxette Unplugged, 1993