Na associação onde me encontro semanalmente com outros estrangeiros para praticar o francês há um café. Esse café, como toda a associação, não tem fins lucrativos, por isso tudo lá é bem baratinho. Nesse café há, semanalmente, um almoço especial, geralmente com a comida típica de algum local do mundo, feito, se possível, por algum dos estrangeiros que lá se encontram. E outro dia estavam interssados em saber mais sobre a comida típica brasileira, e o Alê e a Carol, disseram publicamente que eu sabia fazer feijoada, e daí pra frente não teve como me esconder... fui "convidado" pra fazer o tal prato. Na verdade, eu não sei fazer, de fato, uma legítima feijoada, o que eu faço é feijão preto com vários tipos de linguiça e bacon, até porque não gosto de feijoadas tradicionais, com todas aquelas coisas fortes - no máximo uma carne-seca ou costelinha. De todo modo, aceitei o convite, pois seria deselegante recusar, já que eu frequento o local de graça. Seria uma oportunidade de retribuir.
No fim das contas, 45 pessoas se inscreveram para o evento, pois houve certa publicidade. Como no dia choveu, apareceram apenas 30, mas, de todo modo, eu tinha que fazer comida pra um munderéu de gente - algo que jamais havia tentado. Assim, expliquei para o responsável pelo café o que ele deveria comprar (tivemos que adapatar alguns ingredientes, mas ficou bem parecido, no final), o que incluia uma panela de pressão (aqui eles chamam de Cocotte Minute, é uma marca comercial). Claro que convoquei o Alê e a Carol para me ajudar, e uma amiga inglesa, Jill, se ofereceu para ajudar também: "Serei brasileira por um dia, pelo menos"', disse ela, sorrindo. Como o local tem pouca estrutura, resolvemos que seria prudente começar um dia antes, para evitar problemas de última hora - eu sequer sabia quanto tempo o feijão daqui demoraria pra ficar cozido. Assim, fizemos uma panela de 10 litros e duas de 7,5, litros totalizando 25 litros de feijoada! Fora isso, uma mega panela de arroz (parboilizado) precisou ser feita; uma outra amiga brasileira, Marina, fez uma farofa light, apenas com manteiga e farinha, pra acompanhar. Para beber, água ou vinho - nada de cerveja ou caipirinha - afinal, é Paris, e tudo tem limite - rs.
Bem, apesar do meu medo de tudo dar errado, funcionou bem, os franceses e outros estrangeiros gostaram e agradeceram muitas vezes. Muitos agora querem a receita... acho que fiz minha parte na divulgação de uma coisa boa do Brasil. Aliás, é preciso deixar isso destacado: as pessoas adoram o Brasil e os brasileiros, e tudo o que se refere a nós deperta interesse.
Enfim, graças aos meus amigos abelhudos, me vi numa situação que, no fim, tranformou-se em uma experiência inesquecível, e por isso eu tenho mais é que agradecê-los.
De todo modo, falta agora menos de um mês pro meu retorno ao Brasil. O tempo vôa, mas as memórias, essas, ficam pra sempre. E eu levarei muitas daqui.
Bem, apesar do meu medo de tudo dar errado, funcionou bem, os franceses e outros estrangeiros gostaram e agradeceram muitas vezes. Muitos agora querem a receita... acho que fiz minha parte na divulgação de uma coisa boa do Brasil. Aliás, é preciso deixar isso destacado: as pessoas adoram o Brasil e os brasileiros, e tudo o que se refere a nós deperta interesse.
Enfim, graças aos meus amigos abelhudos, me vi numa situação que, no fim, tranformou-se em uma experiência inesquecível, e por isso eu tenho mais é que agradecê-los.
De todo modo, falta agora menos de um mês pro meu retorno ao Brasil. O tempo vôa, mas as memórias, essas, ficam pra sempre. E eu levarei muitas daqui.