sábado, 29 de janeiro de 2011

Feijoada na França

Na associação onde me encontro semanalmente com outros estrangeiros para praticar o francês há um café. Esse café, como toda a associação, não tem fins lucrativos, por isso tudo lá é bem baratinho. Nesse café há, semanalmente, um almoço especial, geralmente com a comida típica de algum local do mundo, feito, se possível, por algum dos estrangeiros que lá se encontram. E outro dia estavam interssados em saber mais sobre a comida típica brasileira, e o Alê e a Carol, disseram publicamente que eu sabia fazer feijoada, e daí pra frente não teve como me esconder... fui "convidado" pra fazer o tal prato. Na verdade, eu não sei fazer, de fato, uma legítima feijoada, o que eu faço é feijão preto com vários tipos de linguiça e bacon, até porque não gosto de feijoadas tradicionais, com todas aquelas coisas fortes - no máximo uma carne-seca ou costelinha. De todo modo, aceitei o convite, pois seria deselegante recusar, já que eu frequento o local de graça. Seria uma oportunidade de retribuir.
No fim das contas, 45 pessoas se inscreveram para o evento, pois houve certa publicidade. Como no dia choveu, apareceram apenas 30, mas, de todo modo, eu tinha que fazer comida pra um munderéu de gente - algo que jamais havia tentado. Assim, expliquei para o responsável pelo café o que ele deveria comprar (tivemos que adapatar alguns ingredientes, mas ficou bem parecido, no final), o que incluia uma panela de pressão (aqui eles chamam de Cocotte Minute, é uma marca comercial). Claro que convoquei o Alê e a Carol para me ajudar, e uma amiga inglesa, Jill, se ofereceu para ajudar também: "Serei brasileira por um dia, pelo menos"', disse ela, sorrindo. Como o local tem pouca estrutura, resolvemos que seria prudente começar um dia antes, para evitar problemas de última hora - eu sequer sabia quanto tempo o feijão daqui demoraria pra ficar cozido. Assim, fizemos uma panela de 10 litros e duas de 7,5, litros totalizando 25 litros de feijoada! Fora isso, uma mega panela de arroz (parboilizado) precisou ser feita; uma outra amiga brasileira, Marina, fez uma farofa light, apenas com manteiga e farinha, pra acompanhar. Para beber, água ou vinho - nada de cerveja ou caipirinha - afinal, é Paris, e tudo tem limite - rs.
Bem, apesar do meu medo de tudo dar errado, funcionou bem, os franceses e outros estrangeiros gostaram e agradeceram muitas vezes. Muitos agora querem a receita... acho que fiz minha parte na divulgação de uma coisa boa do Brasil. Aliás, é preciso deixar isso destacado: as pessoas adoram o Brasil e os brasileiros, e tudo o que se refere a nós deperta interesse.
Enfim, graças aos meus amigos abelhudos, me vi numa situação que, no fim, tranformou-se em uma experiência inesquecível, e por isso eu tenho mais é que agradecê-los.
De todo modo, falta agora menos de um mês pro meu retorno ao Brasil. O tempo vôa, mas as memórias, essas, ficam pra sempre. E eu levarei muitas daqui.

Cartaz de divulgação do almoço brasileiro.


domingo, 23 de janeiro de 2011

Snippets de "Charm School", novo disco do Roxette

Uma rapidinha: saíram as amostras de 30 segundos das músicas do novo álbum do Roxette, lá vai:

http://www.qobuz.com/album/charm-school-deluxe-edition-roxette/5099907200151

Gostei muito, mas vou esperar o álbum completo, nas minhas mãos, para fazer meus comentários. Ah, lembrando que trata-se, aqui, da versão DeLuxe, com CD bônus contendo gravações ao vivo dos shows do ano passado, então as músicas novas são até a faixa 12, apenas... e será, provavelmente, a versão do CD a ser lançada no Brasil.

xxx

OBS: Parece que foi um "engano" o site francês ter disponibilizado os trechos, de modo que agora eles não estão mais disponíveis. No entanto, os fãs foram mais rápidos e copiaram as músicas, que agora povoam o Youtube. Para conferir, clique no clipe abaixo:



Vídeo retirado do ar... mas sempre há outro no Youtube, é só dar uma procurada!

O lançamento do CD está previsto para 11 de fevereiro.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Passado, presente e futuro

Lá se foi 2010, um ano rápido e intenso. Com muito esforço, a sonhada viagem ao exterior para fazer meu estágio doutoral aconteceu - aliás, ainda está acontecendo, e talvez por isso o meu "final de ano" ainda não se concretizou. Desde setembro estou aqui, e agora meu trabalho se encaminha para um final. Final de estágio, final de tese, final de doutorado. Muitos finais, o que significa, de outro lado, muitos recomeços. Admito que nunca na vida gostei muito de imprecisões, mas há algo de excitante em um ano que parece prometer ser realmente novo para mim. Por hora, apenas as idéias para novos projetos é que dão o tom de uma nova fase, e, nesse sentido, eu já estou em 2011. Vamos ver o que esse ano me reserva... ou, melhor, o que eu reservo pra ele...