Tenho imensa dificuldade de falar ou escrever sobre os filmes de que gosto muito. Dois exemplos são Tudo sobre minha mãe, do Almodóvar, e O fabuloso destino de Amélie Poulin, do Jean-Pierre Jeunet. Esses filmes tocam em locais muito especiais da minha alma, me levando a lugares e sentimentos internos que raramente afloram.
Ambos os filmes tratam da natureza humana, suas fraquezas, seus traumas, o passado... ah, o passado... espaço de alegrias imensas, e imensas tristezas. A diferença entre o Almodóvar e o Jeunet é que, no primeiro caso, a vida não tem nada de onírica, ao passo que em Amélie tudo é vivenciado de maneira suave, muitas vezes lúdica, mas sem que isso oculte a extrema tristeza e frustração de todos aqueles personagens. Em Tudo sobre minha mãe não há esse brilho especial, essa fabulação sensacional de Amélie - ao contrário, lá há um hiperrealismo que mostra as feridas abertas, ao máximo, e donde podemos sentir, junto com os personagens, a dor da cada um. É um filme de doer. E dói.
Mas os filmes terminam de maneira parecida, cada um a seu modo. Em ambos vemos o caminho (ou caminhos) das possibilidades. Há uma luz, a mesma luz que brilha em vários momentos em Amélie (como o homem cego, que queima de felicidade ao ouvir as descrições da rua feita pela protagonista) ou a luz no fim do túnel, no filme de Almodóvar, quando Manuela volta para Barcelona, na busca do pai de Estéban, seu filho morto em um acidente de carro.
Enfim, não quero ficar falando dos filmes. Minhas palavras, coitadas, só iriam macular a beleza dessas duas pérolas do cinema. O negócio é assisitir, uma, duas, dez, cem vezes. Tanto que eu tenho esses dois DVD's em minha estante. Bons filmes são como vitaminas, devemos consumir com frequência. E sem moderação.
Ambos os filmes tratam da natureza humana, suas fraquezas, seus traumas, o passado... ah, o passado... espaço de alegrias imensas, e imensas tristezas. A diferença entre o Almodóvar e o Jeunet é que, no primeiro caso, a vida não tem nada de onírica, ao passo que em Amélie tudo é vivenciado de maneira suave, muitas vezes lúdica, mas sem que isso oculte a extrema tristeza e frustração de todos aqueles personagens. Em Tudo sobre minha mãe não há esse brilho especial, essa fabulação sensacional de Amélie - ao contrário, lá há um hiperrealismo que mostra as feridas abertas, ao máximo, e donde podemos sentir, junto com os personagens, a dor da cada um. É um filme de doer. E dói.
Mas os filmes terminam de maneira parecida, cada um a seu modo. Em ambos vemos o caminho (ou caminhos) das possibilidades. Há uma luz, a mesma luz que brilha em vários momentos em Amélie (como o homem cego, que queima de felicidade ao ouvir as descrições da rua feita pela protagonista) ou a luz no fim do túnel, no filme de Almodóvar, quando Manuela volta para Barcelona, na busca do pai de Estéban, seu filho morto em um acidente de carro.
Enfim, não quero ficar falando dos filmes. Minhas palavras, coitadas, só iriam macular a beleza dessas duas pérolas do cinema. O negócio é assisitir, uma, duas, dez, cem vezes. Tanto que eu tenho esses dois DVD's em minha estante. Bons filmes são como vitaminas, devemos consumir com frequência. E sem moderação.
3 comentários:
Amo o Amélie, preciso rever.
E Almodóvar me cativou nos três que eu já vi : Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos, Fale com Ela e Volver. Aos pouquinhos, vou ver todos :)
"Amélie" eu vi recentemente, muito bom filme. Do Almodóvar eu lembro que vi alguns trechos de um filme que não me lembro nome, preciso qualquer dia parar pra assistir alguns clássicos dele. Do que ouço falar acho que não é bem o estilo que eu gosto, mas tenho que ver (por inteiro) pra saber.
Não me recordo direito de "Tudo sobre minha mãe" (mas sei que preciso ver de novo). Já Amelie também é um dos filmes da minha vida - seja pela identificação, seja pelo modo de ver a vida da protagonista, seja por sua beleza estética.
E não poderia concordar mais: filmes têm de ser consumidos sem moderação.
Postar um comentário