Não há como negar, Paris é uma cidade linda. E uma das coisas mais legais, pelo menos para estudantes como eu, são os supermercados. Sim, locais de verdadeiro deleite, pois mesmo as comidas mais baratas são boas. Os molhos-prontos, por exemplo, são realmente bons, e não como aqueles "X"-ettes da vida que encontramos no Brasil. Hoje, por exemplo, fiz um risoto com molho pronto de champignon e ficou muito bom, modéstia parte. Mas não é sobre isso que quero falar, e sim sobre as baguetes.
Ao preço de € 0,80 compra-se a tal da baguete, sem a qual parece ser inadmssível viver-se por aqui. No final da tarde, é impressionante o número de pessoas que transitam pelas ruas com suas baguetes a tira-colo. Se existe um fato social, a baguete é o fato social francês por excelência. Tem até máquinas em que se colocam moedas e o pão sai, pronto pra ser devorado.
Sim, o ato de comprar a baguete é o próprio inicio da refeição, a pessoa simplesmente começa a arrancar pedaços de sua extremidade, e sai caminhando feliz mastigando o suculento pão deles de cada dia. Admito que, quando criança, eu às vezes comia uma parte da "bengala" enquanto voltava pra casa, mas eu raramente comprava pão, minha mãe sempre fez isso em casa. E, de todo modo, eu era criança, esse pessoal aqui é bem crescidinho e faz a mesma coisa. Já vi gente mordendo o pão, e não um sanduíche individual, mas aquele que parecia estar levando para casa.
Isso não é tudo. O trajeto desse pão, da padaria (boulangerie) até a casa da pessoa, também é algo pitoresco. Não é raro que a mesma pessoa que pega o dinheiro seja aquela que irá pegar a baguete, nem sempre com luvas ou algum objeto - é tudo bem epidérmico, mesmo. Depois disso, o comprador pega seu pão e sai contente e feliz rumo ao lar, onde terá sua refeição, geralmente com um ótimo vinho que terá pago poucos euros. Nem sempre o pão é embalado, e já cansei de ver gente colocando o pão direto na bolsa, com uma parte pra fora, tomando um gostoso ventinho fresco, ou então atrás do carrinho de bebê. No supermerado, muita gente coloca o pão solto por entre as outras mercadorias, sem embalagem alguma. Outro dia um rapaz apoiou sua baguete no corrimão da escada rolante do metrô enquanto subia, e um senhor apoiou suas duas baguetes na calçada enquanto ajeitava suas sacolas de compras. Básico.
Talvez eu seja meio neurótico, mas posso garantir que não sou o Dr. Bactéria. Porém, não entendo essa relação das pessoas com as baguetes, pois os outros alimentos não recebem esse tratamento. Acredito que seja parte da cultura, mas não entendo qual o sentido. De todo modo, nem de baguete eu gosto tanto, geralmente compro pão de forma integral, que eu prefiro.
Espero não ser mal interpretado, eu gosto muito dessa cidade e de seu modo de vida. Mas não posso deixar de me supreender com algumas coisas que considero excêntricas. Isso, na verdade, é o mais divertido da viagem!
Sim, o ato de comprar a baguete é o próprio inicio da refeição, a pessoa simplesmente começa a arrancar pedaços de sua extremidade, e sai caminhando feliz mastigando o suculento pão deles de cada dia. Admito que, quando criança, eu às vezes comia uma parte da "bengala" enquanto voltava pra casa, mas eu raramente comprava pão, minha mãe sempre fez isso em casa. E, de todo modo, eu era criança, esse pessoal aqui é bem crescidinho e faz a mesma coisa. Já vi gente mordendo o pão, e não um sanduíche individual, mas aquele que parecia estar levando para casa.
Isso não é tudo. O trajeto desse pão, da padaria (boulangerie) até a casa da pessoa, também é algo pitoresco. Não é raro que a mesma pessoa que pega o dinheiro seja aquela que irá pegar a baguete, nem sempre com luvas ou algum objeto - é tudo bem epidérmico, mesmo. Depois disso, o comprador pega seu pão e sai contente e feliz rumo ao lar, onde terá sua refeição, geralmente com um ótimo vinho que terá pago poucos euros. Nem sempre o pão é embalado, e já cansei de ver gente colocando o pão direto na bolsa, com uma parte pra fora, tomando um gostoso ventinho fresco, ou então atrás do carrinho de bebê. No supermerado, muita gente coloca o pão solto por entre as outras mercadorias, sem embalagem alguma. Outro dia um rapaz apoiou sua baguete no corrimão da escada rolante do metrô enquanto subia, e um senhor apoiou suas duas baguetes na calçada enquanto ajeitava suas sacolas de compras. Básico.
Talvez eu seja meio neurótico, mas posso garantir que não sou o Dr. Bactéria. Porém, não entendo essa relação das pessoas com as baguetes, pois os outros alimentos não recebem esse tratamento. Acredito que seja parte da cultura, mas não entendo qual o sentido. De todo modo, nem de baguete eu gosto tanto, geralmente compro pão de forma integral, que eu prefiro.
Espero não ser mal interpretado, eu gosto muito dessa cidade e de seu modo de vida. Mas não posso deixar de me supreender com algumas coisas que considero excêntricas. Isso, na verdade, é o mais divertido da viagem!