Dos filmes que assisti desse diretor, a maioria, sem sombra de dúvida, é carregada de tamanha densidade e momentos de tristeza ou sofrimento que eu meio que duvidei do "colorido" dos posters espalhados pelas ruas. Duvidei se tratar de um filme divertido. E eu me enganei. O filme é muito engraçado, e o elenco não deixa a peteca cair. Catherine Deneuve arrasa como a dona de casa de vida monótona à sombra do marido, um grande empresário do ramo de guarda-chuvas. É essa situação, esse papel, que os franceses chamam de "potiche". Porém, em razão de uma reviravolta na trama, Suzane (Deneuve) vê-se diante da possibilidade de virar o jogo e tornar-se alguém importante, mostrando-se uma verdadeira lider carismática.
O filme, claro, é repleto de ironia e aponta certa hipocrisia da sociedade francesa do inicio dos anos 80, a falsidade de valores familiares como fidelidade, dedicação aos filhos, ao lado de interesses políticos e econômicos. A trama se desenrola de forma leve e despretenciosa, carregada de cores vivas e vibrantes, que jamais vi em um filme de Ozon - talvez no musical 8 Mulheres, só que bem mais interessante (se cuida, Almodóvar!).
O filme acaba por ser uma homengem à força da mulher e ao seu poder carismático. Pode até estar carregado de ironia, e infinitos clichês. Mas na última cena, em que Suzane canta o clássico C'est beau la vie (A vida é bela), de Jean Ferrat, me vi tão contagiado quanto sua plateia no filme (não vou dar maiores informações sobre o assunto, não custa evitar spoillers!), que tive vontade de cantar o refrão junto. É delicioso, e em tudo diferente dos filmes anteriores de Ozon - que eu adoro, diga-se de passagem - mas revelando um tipo de otimismo que nunca supus ver em um filme dele.
Recomendo, afinal, às vezes a vida pode ser uma m***a, mas ela é mesmo bela.
O filme, claro, é repleto de ironia e aponta certa hipocrisia da sociedade francesa do inicio dos anos 80, a falsidade de valores familiares como fidelidade, dedicação aos filhos, ao lado de interesses políticos e econômicos. A trama se desenrola de forma leve e despretenciosa, carregada de cores vivas e vibrantes, que jamais vi em um filme de Ozon - talvez no musical 8 Mulheres, só que bem mais interessante (se cuida, Almodóvar!).
O filme acaba por ser uma homengem à força da mulher e ao seu poder carismático. Pode até estar carregado de ironia, e infinitos clichês. Mas na última cena, em que Suzane canta o clássico C'est beau la vie (A vida é bela), de Jean Ferrat, me vi tão contagiado quanto sua plateia no filme (não vou dar maiores informações sobre o assunto, não custa evitar spoillers!), que tive vontade de cantar o refrão junto. É delicioso, e em tudo diferente dos filmes anteriores de Ozon - que eu adoro, diga-se de passagem - mas revelando um tipo de otimismo que nunca supus ver em um filme dele.
Recomendo, afinal, às vezes a vida pode ser uma m***a, mas ela é mesmo bela.
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