(considerações sobre arte, cinema, música, sociologia e outras coisas mais...)
domingo, 30 de dezembro de 2007
Passando a limpo
Bem, o ano de 2007 foi um ano muito especial pra mim. Em primeiro lugar, porque algumas mudanças radicais acontecerem: saí do meu emprego, onde estive durante nove anos, para me dedicar exclusivamente ao doutorado (claro que só pude fazer isso por estar recebendo bolsa de estudos - não vivo de renda e nem recebo "paitrocínio"!). Por conta de doutorado, voltei para a querida cidade de São Paulo, onde já havia morado uns tempos, por conta do mestrado. Mas, como toda mudança, não foi muito fácil a transição, por fatores que não vêm ao caso aqui, mas o desfecho demonstra que, de um jeito ou de outro, consegui atingir os objetivos que estavam programados. Fora isso, encontrei muitas pessoas em 2007, algumas que tive o prazer de conhecer, e outras, que tive a felicidade de reencontrar. Essa, sem dúvida, é a parte mais importante de todas.
Não quero ficar aqui relembrando momentos específicos, nem acontecimentos quaisquer. O ano se vai, as experiências permancem. Que em 2008 eu sabia me servir delas para torná-lo um ano bem interessante!
E para finalizar, eu desejo a você, que casualmente estiver lendo esta mensagem, um feliz ano novo!
Tim - tim !
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Música para fim de ano...
love is all
love is all around you
love is there in your laughter
in your hair
love flows everywhere
love is old
love is older than you
but the light shining through
makes me see
your love is all new
hey
sha la la
shine a light
shine on me
shine your light on me
sha la la
shine your light on me
love is all
love will always be the law
and higher love radiates on us all
on us all
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Letra/música: Per Gessle (Roxette)
Álbum: Crash! Boom! Bang! (1994)
>>Trecho de música (30 sec.):
Love Is All (Shine Your Light on Me)
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Crônica de viagem e outras coisas...
Praticamente cumpri todos os meus compromissos, mas sempre sobram muitas coisas a fazer, coisas que resistem à virada de ano. Tenho um trabalho acadêmico para entregar no final de janeiro, e passarei todo o mês me dedicando a ele... mas não agora, não nessas últimas semanas. São semanas sempre muito corridas, mesmo que (aparententemente) nos importemos pouco com as comemorações natalinas. Agora, por exemplo, estou escrevendo essa postagem do computador de uma amiga, pois ainda não estou em casa... mas também não estou mais em Marília - estou no meio da estrada ainda!
Aliás, não é incrível como a gente assume essa coisa de turista, digo, aproveitamos mais a cidade quando não moramos nela? Dessa vez, por exemplo, fiz muitas coisas legais, mesmo na curta estadia por lá. Coisas simples como ir à farmácia ou magazine já se tornam pitorescas, com cara de passeio. Fora isso, pude fazer outras coisas interessantes...
Primeiro, tive o prazer de comparecer ao casamento de uma amiga muito querida, e tanto a cerimônia como a festa foram maravilhosas - tanto pelo evento como pelo encontro com amigos que não via há tempos. Também fui a lugares legais, como uma cantina que gosto muito e um bar novo que conhecemos a convite de um amigo. Outra coisa legal foi poder assistir a um espetáculo de balé, da Academia Quebra-Nozes, que todo ano presenteia a cidade com balés de repertório de alto nível, com coreografias e figurinos equiparáveis aos espetáculos que acontecem nos grandes centros. Aproveitei também para fazer algumas caminhadas pela cidade, coisa que pretendo dar continuidade em 2008, levando em consideração que o retorno de saturno não nos deixa esquecer que o sendentarismo não é mesmo algo saudável!
Enfim, estamos no final do ano, e é muito importante termos metas para o ao seguite. Eu já tenho algumas, como cair de cabeça na minha pesquisa (meu orientador adoraria ler isto!), tirar carteira de habilitação e fazer mais exercícios físicos... acho que está bom para começar. Fora isso, quero dar continuidade ao blog, que é um espaço gostoso, e um ponto de encontro com meus amigos, espalhados por aí! Sendo assim, apareça sempre, e não deixe de escrever algum comentário ao passar por aqui.
Até mais!
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Aviso aos navegantes - # 2
Este final de ano está uma correria insana, por isso, talvez, as postagens tornem-se menos freqüentes... Agora mesmo estou em um lan-house, para dar aquela olhada rápida nos e-mails (aliás, aquela apagada rápida em milhares de mensagens desnecessárias que estão lá) e aproveito para dar uma satisfação.
Mas como eu gosto muito de escrever aqui, tentarei dar um jeito de não deixar o mês de dezembro passar em branco... no mínimo, voltarei para deixar uma mensagem de bom final de ano!
Abraço.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Um talento nórdico
Após muitos anos de dedicação quase que exclusiva ao Roxette, Per Gessle voltou a dedicar-se aos projetos solo. Em 1997 lançou mundialmente um álbum solo em inglês, The world according to Gessle, recheado de canções pop-rock de primeira qualidade. Os destaques do álbum foram Kix, Do you wanna be my baby e I want you to know. Mas todo o CD é ótimo, com muitas guitarras, baterias de respeito e músicas divertidas. Destaques também para a irônica Reporter, que faz uma crítica à midia sensacionalista e Elvis in Germany, cheia de boas vibrações. Apesar da qualidade, o trabalho não teve boa recepção no mercado brasileiro, o que foi uma pena.
Em 2003 Per arrisca lançar um álbum solo inédito em sueco, algo que não fazia desde 1985. E para sua surpresa foi sucesso imediato, levando-o de volta aos primeiros lugares nas listas suecas, resultando em uma turnê muito bem sucedida. O mesmo aconteceu com Son of a plumber, álbum duplo gravado em inglês, de caráter autobiográfico e melodias de altíssima qualidade. Baseado na sonoridade da década de 70, o disco confirma o talento do músico para compor um power-pop de qualidade, em tudo distinto do que se ouve atualmente no mercado musical. Duas particularidades do trabalho: primeiramente, Per não assina o álbum, mas coloca apenas o nome Son of a plumber, claramente um pseudônimo ligado às suas origens, uma vez que seu pai era encanador. Outro detalhe é a participação especial da cantora sueca Helena Josefsson, cuja voz cai como uma luva nas composições (mas nada parecido com o trabalho no Roxette, ao lado de Marie - são coisas bem distintas). O projeto foi premiadíssimo e muito bem comentado pela crítica especializada. As minha favoritas do disco são Jo-Anna says, I have a party in my Head (I hope it never ends), Hey Mr DJ (Won't you play another love song) e Making love or expecting rain (onde ele arrisca uns versos em francês). Mas todas são muito boas. Uma pena é que o CD foi lançado apenas na Europa. No começo de 2007 Per lança En händig man, outro álbum em sueco, não menos bem sucedido que os anteriores.
Enfim, Per Gessle é um dos poucos músicos que vieram da década de 70 e mantiveram suas raízes, fazendo um pop-rock de qualidade, tanto em sueco como em inglês.
Agora ele está envolvido com uma continuação do projeto Son of plumber, e, certamente, podemos esperar coisas muito boas por aí!
domingo, 18 de novembro de 2007
Escrevendo no céu
Você já escreveu seu nome no céu? Bem, eu nunca... Sempre achei bonitos os versos da música Queen of Rain que falam "o tempo passou, enquanto eu escrevia seu nome no céu..." mas não achei que fosse uma expressão corrente. Hoje eu estava assistindo a um filme (que nem sei o nome, vi só um trecho, mas é sobre um menino que descobre seu primeiro amor - não, não é "aquele" filme do Macaulay!). Daí, em determinada cena do filme, em que a mãe tenta explicá-lo como na vida algumas coisas são efêmeras, ela usa esse exemplo, que é como escrever um nome no céu. Perguntei ao Alê, que também estava assistindo ao filme, se isso era uma coisa muito comum de se fazer, e ele disse que se cansou de fazer isso na infância... Não é incrível? Eu jamais fiz tal coisa! O máximo que eu fazia era ficar imaginando imagens com as formas das nuvens, mas nunca tentei escrever nada. Vivendo e aprendendo. E o melhor é que agora os versos daquela música, que eu gosto muito, ganharam um novo significado pra mim. A vida é boa por isso - mesmo coisas que julgamos conhecer muito, revelam surpresas incríveis, de uma hora para a outra.
Bem, quanto a mim, ainda não arrisquei ir lá fora fazer o teste... mas o dia está lindo, e vou aproveitar aquele céu azul para fazer alguns rabiscos.
sábado, 17 de novembro de 2007
Bandidas
Em Bandidas, as duas estão bem e convencem no papel de justiceiras atrapalhadas - e sensuais! Aliás, o que mais chama a atenção no filme é, sem sombra de dúvida, a beleza das duas atrizes - e também das paisagens mexicanas, iluminadas pela luz amarelada da atmosfera local. Enfim, é um filme leve, divertido e com belas imagens. Bom para uma quarta-feira à noite, ao invés de perder tempo com um enfadonho jogo de futebol na TV.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Dois filmes sobre o amor
O primeiro deles (Brilho eterno...) eu vinha relutando a assistir desde seu lançamento no cinema, pelo simples motivo de eu não gostar do Jim Carrey. Bobagem... eu devia ter ido mais pelo nome do roteirista (Charlie Kaufman). Trata-se de uma bonita história de amor, na qual um rapaz, decepcionado com seu relacionamento, submete-se a um revolucionário tratamento neurológico em que as memórias relativas à sua antiga namorada são simplesmente apagadas de sua mente. Claro que o filme não foge muito à determinadas regras, e cai em alguns clichês (por exemplo, é de se imaginar que a primeira cena do filme será também uma das últimas, e antes mesmo da metade do filme já é possível se prever o final) - mas nada disso altera o que o filme tem de melhor, que é a maneira como a história é contada. Fora isso, o filme pode receber uma boa interpretação psicanalítica, que eu não arriscaria fazer aqui, por absoluta incompetência! Mas o melhor do filme, sem dúvida, é que ele é bom, apesar de ter o Jim Carrey como protagonista.
O segundo filme, My Summer of Love, é uma pérola. Conta a história de amor de duas garotas, durante as férias escolares, num pequeno povoado do Reino Unido. Além da história contada de maneira doce e delicada, a bela fotografia do filme já o faz valer a pena: cada cena apresentada é como uma pintura, com uma luz muito bem utilizada e paisagens sensacionais. Como o povoado fica em um vale, muitas cenas são gravadas sobre os montes, de modo que as casinhas aparecem ao fundo. Eu não conseguia deixar de pensar no Van Gogh, como ele fez com Starry Night, com as casinhas bem pequenas, e o céu exuberante. Enfim, para quem gosta de uma bela história de amor, recheada com lindas imagens, esse filme vale uma boa espiada!
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
A noite estrelada de Van Gogh
Vincent van Gogh
A Noite Estrelada, 1889
Óleo sobre tela, 73 × 92 cm.
Museu de Arte Moderna de Nova Iorque
Nunca veríamos uma noite como essa no mundo real, e, sinceramente, acho que não seria uma experiência muito tranqüila! Porém, na tela da Van Gogh, essa explosão de luzes em espiral expressa uma energia e vivacidade que enche os olhos e lembra a sensação de quando se observa o céu em uma noite muito estrelada. Os contornos firmes e as pinceladas nervosas presentes nessa obra contrastam com a beleza e a candura da cena noturna, da qual, inevitavelmente, nos tornamos parte. Do ponto de vista privilegiado que Van Gogh no coloca, temos uma linda vista aérea do vale, de onde é possível sentir o vento frio no rosto, e ouvir o som dos grilos... mas isso já é uma viagem da minha mente. E eu viajo muito através das casas, montes, vegetações e estrelas desse quadro. Sinto-me numa noite com vários sois! Talvez, por isso, este seja um dos meus quadros favoritos.
sábado, 10 de novembro de 2007
"Nem tudo é o que parece"
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
O retorno
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Inspiração
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Novela das 8
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Daqui pro futuro... Pato Fu!
A capa traz a imagem de uma geringonça mecânica que, enquanto toca um disco de vinil, solta borboletas pelos alto-falantes - uma boa metáfora para o som do Pato Fu.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Sociologia, amigos e uma peteca
domingo, 30 de setembro de 2007
“A caminho de Avencas” (por Alexandro Paixão)
Um é a estrada Marília-Assis
e o outro é a poesia.
Se escolher o caminho do asfalto,
verás com os olhos de sempre:
mato, terra, pedras, casas,
olaria, a serra, e aos poucos,
logo depois da curva, mais terra,
mato, algumas casas, rostos estranhos curiosos,
homens vermelhos, chapéus, máquinas etc.
É o caminho comum, habitual, sem beleza;
mas existe um outro:
feito de vento, de céu, de pássaros, de bois;
seu perfume é peculiar e sua música se mistura
em tons de púrpura e azul ao fim da tarde.
Seu movimento é lento,
assim como as árvores que refrescam a estrada.
Por ele pode-se seguir pela terra,
pelo ar, pelos morros, pelo rio, pelo tempo.
Todos estes caminhos levam a Avencas.
Agradeço a preciosa contribuição de Alexandro Paixão, o sociólogo mais poeta que existe, apesar da modéstia.
Aviso aos navegantes
Tenho escrito pouco por aqui ultimamente, mas com o doutorado as coisas nem sempre são tranqüilas. E como eu disse uma vez, não adianta eu aparecer aqui para escrever qualquer coisa, pois acaba virando uma obrigação, e não é essa a intenção.
De qualquer maneira, esse é um espaço que eu gosto de ter, pela possibilidade de dividir idéias, gostos, experiências, pontos de vistas, dicas de arte e cultura e tudo mais. Por isso, quando passar por aqui, não esqueça de deixar um comentário na postagem que por acaso venha a ler, isso me deixaria feliz e motivado!
Um grande abraço (virtual, porém muito real!)
sábado, 1 de setembro de 2007
O nome do blog
(Letra: Per Gessle - Música: Marie Fredriksson)
Ending up nowhere at all.
Can't see the sun on my wall.
Going trough emotions.
Ending up on a frozen morning
with a heart not even broken.
Seems I've been running
all my life all my life.
Seems I've been running
all my life all my life
like watercolours in the rain.
Find a place to settle down.
Get a job in a city nearby
and watch the trains roll on by.
I'll find the falling star.
I'll fall in love
with the eyes of a dreamer
and a dream worth believing.
Seems I've been running
all my life all my life.
Seems I've been running
all my life all my life
like watercolours in the rain.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Sobre vagalumes
Então eu cresci, o sítio virou campo e não vejo mais vagalumes. Graças aos pesticidas, existem poucos deles na "roça", assim com há poucas borboletas... E nas cidades, graças à forte luz artificial, os poucos que existem acabam perdendo sua luz natural, o que atrapalha a reprodução da espécie. Mas outro dia, mesmo estando numa dessas cidades onde não há mais noite, fui visitado por centenas deles, agraciado com sua luz e sua dança... mas foi apenas um sonho. E sabemos que nos sonhos tudo pode acontecer.
domingo, 26 de agosto de 2007
Roxette Review - Parte 3 (última)
2002 - The ballad hits
Essa coletânea traz apenas músicas românticas, e como estas sempre foram a marca registrada do duo, trata-se de um lindo trabalho. Um bom presente para dar ao namorado ou namorada, ou para ouvir em momentos de bode... Mas, de fato, é um disco lindo. Ao lado do CD lançado no ano seguinte (The pop hits), é impossível não conceder ao Roxette um lugar de destaque na música pop internacional, uma vez que poucas bandas podem se dar ao luxo de ter duas coletâneas, em estilos diferentes, repletas de hits, lançadas praticamente ao mesmo tempo (poderia ter sido um álbum duplo, aliás). As inéditas Thing about you e Breathe comprovam essa qualidade e apenas elevam o nível do trabalho.
Their 20 Greatest Songs
É isso.
a feeling like you're spellbound
the sunshine is a lady
who rox you like a baby"
sábado, 18 de agosto de 2007
Roxette Review - Parte 2 (1993-1997)
1994 - Crash! Boom! Bang!
(tem continuação...)
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Roxette Review - Parte 1 (1986-1992)
(tem continuação...)
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Finais de partir o coração
A língua das mariposas (La Lengua De Las Mariposas, José Luís Cuerda, Espanha, 1999).
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sexta-feira, 20 de julho de 2007
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Noite de gala
Para saber mais sobre Mônica Salmaso, acesse:
terça-feira, 29 de maio de 2007
domingo, 27 de maio de 2007
Banheiro feminino: um fato social?
Agora deixo a questão em aberto para as mulheres (e para os homens também claro!): o que vocês acham disso? Comentem esse tópico.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Autocrítica
Tentarei me controlar.
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quarta-feira, 9 de maio de 2007
O Papa está em São Paulo...
Até porque, tudo tem um lado bom: foi um papa, um dos Gregórios (acho que o X), há séculos atrás, permitu que se realizassem imagens para a decoração das igrejas e para a ilustração de livros como a Bíblia. Graças a isso, a história da arte passou a contar com a arte dita sacra.
Sem isso, talvez jamais existissem obras como essas:
Michelangelo Buonarroti, A criação de Adão (detalhe da cúpula da Capela Sistina)
Portanto, sejamos otimistas: tudo pode ter um lado bom...
Vou parando por aqui.
sexta-feira, 4 de maio de 2007
O número 7
Outro dia, depois de ouvir uma música que gosto muito, chamada "Den Sjunde Vågen", de Marie Fredriksson, cantora e compositora sueca, fui pesquisar e descobri que seu título signifca "A sétima onda". Na mesma hora imaginei que isso talvez fosse uma "questão sueca", pois há um filme do diretor Ingmar Bergman, lançado em 1956, que se chamava Det sjunde inseglet (O sétimo selo), história na qual um cavaleiro desafia a Morte para uma partida de xadrez - sua vida dependerá da sua vitória:
De qualquer forma, essa coisa do número 7 me intrigou... Pense bem nas coisas cujo número 7 é a base: 7 dias da semana, 7 notas musicais, 7 pecados capitais, 7 maravilhas do mundo, e por aí vai a saga do número 7. Não tenho a mínima idéia do que isso possa significar, mas que deve ter alguma relação, deve.
Selecionei aqui músicas que têm o número sete como referência:
"Den Sjunde Vågen" (The Seventh Wave)
[M.Fredriksson/L. Lindbom, 1985]
"Den första vågen när du ser på mej
Och i mina ögon finns ett svar till dej
Den andra vågen doft från ditt hår
Linjer jag kan följa minnen utav år
Den tredje vågen finns i din hand
En våg av silver som når min strand
Den fjärde vågen inifrån min själ
En våg av kärlek utan svek och skäl
Den femte vågen stormar inom mej
Lust och längtan kräver mer av dej
Den sjätte vågen blir ett med dej
Den sjätte vågen besegrar mej
Den sjunde vågen...
Ta det bara långsamt
Som dyningarna på ett hav
Ta det bara långsamt, långsamt
Världen kommer finnas kvar
Ta det bara långsamt, långsamt"
Tradução:
"A primeira onda, quando você me olha
E em meus olhos há uma resposta para você.
A segunda onda, perfume dos seus cabelos,
Linhas nas quais percorro lembranças dos anos que se foram.
A terceira onda está em suas mãos
Uma onda de prata que atinge meu litoral.
A quarta onde, intrínseca a minh'alma
Uma onda de amor sem equívoco ou razão.
A quinta onda causa em meu interior
Desejos de ter mais de você.
A sexta onde vem com você,
A sexta onde me conquista,
A sétima onda...
Apenas a receba calmamente, calmamente
Como uma maré alta
Receba-a calmamente
O mundo esperará
Apenas a receba calmamente."
"Love is the seventh wave" (trecho)
[Sting, 1985]
"There is a deeper wave than this
Rising in the land
There is a deeper wave than this
Nothing will withstand
I say love is the seventh wave"
Tradução:
"Há uma onda mais profunda que essa
Surgindo na terra
Há uma onda mais profunda que essa
Nada suportará
Eu digo que o amor é a sétima onda"
Reparem bem: as duas músicas européias, criadas no mesmo ano, têm praticamente o mesmo título: falam sobre a tal da sétima onda... que raios será isso?
Para finalizar, um música brasileira, interpretada por Renato Braz, descreve a repetição do número 7 na história da humanidade:
"7x7"
[Guinga e Aldir Blanc, intérprete: Renato Braz, 1998]
"Sete mares, sete léguas
Sete palmos, sete quedas
Sete estrelas formam a Ursa
Sete encruzilhadas
Sete veis sim
Sete veis não
Sete cores do arco-íris
Sete arcanjos, sete virgens
Sete notas na viola
Sete grãos de trigo
Sete veis céu
Sete veis chão
Sete noites que me fecho
Sete dias que me abro
Sete velas brancas
Sete candelabros
Sete foram as paixões
Sete ilusões
Sete selos, sete portas
Na hora sete vem Eva
Tenho sete namorados
Sete voltas na coleira do cão
Sete orações
Sete é o quatro da terra
Como três, luz, filho e rei
Homem de sete instrumentos
No sétimo eu descansei
Sete apóstolos pescando
No evangelho de João
Um Jesus Cristo sete vezes
Dos seus sonhos a questão
Pelos sete ferimentos
Em teu sutil coração
Eu setenta vezes sete
Preciso pedir perdão"
Enfim, sabe-se lá se isso tem algum fundamento!
De qualquer maneira, onde há fumaça, há fogo...
Enquanto isso, a gente vai pintando o sete, sempre que possível!
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Nota de agosto de 2007: O diretor Ingmar Bergman, citado no início desse tópico, morreu no dia 30 de julho desse ano, uma grande perda para o cinema mundial.
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