Outro post sobre cinema e gênero: o filme Uma mulher fantástica (Sebastián Lelio, 2017). Nem sabia de sua existência e comprei o ingresso apenas pelo (belo) cartaz e pelo elogio publicitário a Lelio, apresentado como "possível sucessor do trono de Almodóvar". Não, não é o caso. Nada a ver com o universo do cineasta espanhol. E, de qualquer modo, não seria um elogio a Lelio, que merecer ter identidade própria. O filme é muito bom, ainda que não seja sensacional. Cai em alguns clichês, escapa muito bem de outros, e traz algumas sequências memoráveis (como aquela em que a protagonista visita a sauna que seu companheiro costumava frequentar). Outro elogio ao filme é seu caráter didático: de certa forma leva o público a refletir sobre a violência sofrida pelas pessoas trans, tanto simbólica quanto física. Pode parecer pouco, mas isso é (ainda) muito necessário.
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