sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Orientar

Acabei de ter uma reunião de orientação. Sou professor universitário há 9 anos e sempre penso nessa função específica, a de orientador, como de grande responsabilidade. Sempre tive bons orientadores e eles são meu referencial, tento me aproximar das qualidades deles que me fizeram o pesquisador e docente que sou hoje. Há, com isso, um medo também, o medo do lugar que ocupamos na vida das pessoas. Por exemplo, acontece de eu sonhar, até hoje, com meu orientador dos anos da pós-graduação. De certa forma, o orientador ocupa um lugar paterno, com tudo que pode vir com ele: admiração, raiva, medo... e um bocado de transferência. Claro, agora partindo um pouco para a psicanálise: o orientador acaba tendo um papel de analista. Os encontros de orientação parecem sessões de terapia, até a duração é parecida. Esse é outro aspecto que realça a responsabilidade dessa função. Mas, sim, é muito gratificante ver o crescimentos dos orientandos. Ao mesmo tempo, é divertido perceber o quando de mim está neles, nas falas, nos textos, nos trejeitos. Mas, também, como vão se constituindo como profissionais a seu modo, com suas perspectivas e modos de ver as coisas. 




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