Outro dia fiz uma coisa que pouca gente tem feito nos últimos tempos: comprei CDs! Em tempos de polêmica sobre download de músicas e tudo mais, a verdade é que isso tem se tornado algo meio raro... mas apesar dessa euforia dos novos tempos, sempre que posso eu compro os discos dos artistas que gosto. Para mim, nesse caso, trata-se de possuir o trabalho como um todo, com encarte e tudo mais. Afinal, com essa história de caberem centenas de músicas em um CD ou chip de qualquer espécie, comprar um CD de 40 minutos com 12 faixas parece até uma excentricidade. Mas eu ainda curto isso. Só poderia ser mais barato... mas isso é outra história.
O fato é que outro dia comprei 2 CDs. O primeiro deles foi o Party Crasher, do Per Gessle (como li numa reportagem outro dia, trata-se daquele que já vendeu mais de 70 milhões de discos pelo mundo, fez várias turnês por aí, é uma sumidade pop na Suécia, mas você provavelmente o conhece - se é que conhece - como "o cara do Roxette"). O outro CD foi de presente para o Alê, o novo CD do Keane, Perfect Symmetry. Falarei um pouquinho sobre eles...
Per Gessle (Party Crasher): Bom, desse nem preciso falar mais, pois desde o lançamento da versão digital em novembro de 2008 eu tenho falado dele. (Para comentários faixa-a-faixa, clique aqui). Enfim, como resumo eu diria, sem sombra de dúvidas, que é um dos CDs de música pop mais incríveis que já ouvi. Leva esse conceito às últimas consequências e nos brinda com um CD atual, tendo como referência toda uma tradição que se assenta nas décadas de 70 e 80. As minhas favoritas são Silly really, Kissing is the key e Doesn't make sense (essa última, na minha opinião, foi resultado de uma daqueles momentos de inspiração que fizeram Per compor coisas como Joyride ou It must have been love). Não hesite, ouça agora! Para quem quiser comprar, aqui vai o link, pois não estou certo se a distribuição será satisfatória Brasil afora - entendendo que já um milagre a gravadora ter lançado por aqui esse disco.
Keane (Perfect Simmetry): Gostei muito dos dois primeiros CDs dessa banda, e quando ouvi esse novo álbum pela primeira vez fiquei meio sem saber o que achar. Mas aos poucos fui apreciando e hoje tenho certeza que, ao lado do Party Crasher, foi um dos melhores CDs do ano passado. Não tenho dúvidas que o Keane é uma das maiores bandas de música pop da atualidade, com a energia que uma banda nova deve ter. Boto muita fé nesses meninos! Sobre o CD, minhas favoritas são Spiralling, que é uma daquelas músicas que levantam qualquer ambiente, tipo How do you do! do Roxette ou Song 2, do Blur, por exemplo. Os outros singles também são ótimos, especialmente a faixa título, que é um primor, quase um hino. Playing along é a balada do disco, que lembra os refrões do Elton John, com pitadas de Oasis ou Radiohead.
Para mim, os dois CDs se complementam e têm em comum a busca de uma sonoridade perdida nos anos 80. São pop, com certeza, mas pop no melhor sentido que a palavra pode assumir.
Um comentário:
O 1º eu desconheço. Quer dizer, conheço os hits do Roxette que com certeza devem ter a mão dele. Mas no mais.
Sobre o 2ª, ainda não consegui apreciar direito. Mas a impressão que eu tive foi daquela "maldição" dos terceiros discos. Investidas pop pra alavancar vendas e mudar a proposta sonora. Algo na linha do "X&Y" do Coldplay. Mas sei lá, talvez falte escutar mais, depois de algumas audições "abandonei" a pasta de mp3 desse disco aqui.
De qualquer maneira, nunca me identifiquei muito com a banda. O que eu mais gosto é o 1º álbum deles mesmo.
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