O Roxette está de volta. Pergunta que ouvi por aí: o mundo ainda precisa deles?
Quando a dupla surgiu, em 1986, eu estava na segunda série do primeiro grau (hoje ensino fundamental) e ouvia as músicas da Xuxa, Trem da Alegria e Os Abelhudos. Nem sabia, tadinho, que uma dupla estava despontando no mundo nórdico com uma música chamada Neverending Love, e que 6 anos depois eu estaria doido atrás dela, pois não seria lançada no Brasil antes de 1996 e, claro, não havia essa coisa de “buscar no Google”. Bem, de qualquer modo, apesar do enorme sucesso no verão sueco (sim, existe um verão sueco), a música apenas permitiu que a dupla lançasse seu primeiro LP, Pearls of Passion, dentro das fronteiras de seu gelado país. Mas em 1988 a dupla emplacaria o segundo disco, Look Sharp!, sucesso instantâneo na Suécia. Em 1989 esse disco seria lançado nos EUA e em todo o mundo, tornando o nome Roxette conhecido de ponta a ponta do mapa-mundi. Eu só prestaria maior atenção nela em 1992, ocasião da vinda da dupla ao Brasil, na turnê do álbum Joyride, que vendeu horrores e consagrou o Roxette no cenário pop mundial. Bem, a história seguia dessa forma até 2002, quando Marie Fredriksson descobriu um tumor no cérebro e, desde então, o Roxette permaneceria em stand-by.
Nesse meio tempo foram lançadas coletâneas da dupla, e algumas coisas novas, como as músicas One Wish e Reveal, de 2006. Marie lançou três CDs após sua doença (da qual está totalmente curada), um em inglês (The change) e dois em sueco (Min Bäste Vän, 2006 e Tid för tystnad, 2007 (coletânea)). Per Gessle, por sua vez, tem sido muito presente no cenário musical, tendo lançado, desde 2003, 4 novos CDs, dois em sueco e dois em inglês, sendo o último deles o Party Crasher, do qual já falei exaustivamente por aqui.
Tudo levava a crer que o Roxette já era, pois Marie mostrava-se muito contente cantando em pequenos locais na Suécia, sempre com grande sucesso, e Per eufórico com sua banda fazendo estrondo nos quatro cantos da Europa na bem sucedida turnê Party Crasher. Porém, dias atrás, ambos informaram que voltariam a fazer algo juntos, ainda que não soubessem bem o que seria. E ontem, pela primeira vez desde 2001, eles dividiram o palco em uma apresentação ao vivo, durante o show de Per em Amsterdã. Graças ao mundo internético, pude ver o momento do show em que Marie entre no Palco. A platéia simplesmente explodiu, enquanto Per aplaudia sua antiga companheira adentrando aquele espaço sagrado. Palavras de Per no Twitter confirmam o que estou dizendo: “The Richter-scale reached new hights when Marie joined me on stage”. Um abraço selava a volta da banda. Eles cantaram juntos The Look e It must have been love, certamente os maiores hits da banda, e foi bonito de ver. Agora planejam uma pequena turnê pela Europa, cantando os antigos hits, e parece que toda sua discografia será remasterizada e relançada no segundo semestre de 2009.
A notícia da volta da dupla aos palcos ganhou a imprensa mundial, revelando que o Roxette fez falta durante esse tempo, e que um novo disco da dupla seria, sim, muito bem vindo. Em um tempo em que o pop anda tão insosso, talvez a volta do Roxette sirva, também, como inspiração para essa moçada que está aí, tentando compor. Certamente os fãs (entre eles, eu), estão muito felizes com essa possibilidade. E estou certo que sim, o mundo ainda precisa do Roxette.
Trecho da apresentação do dia 06/05/2009, em Amsterdã. Dia histórico para os fãs da dupla.
2 comentários:
Rapaz, fiquei contente. Dia desses estava a cantarolar "Spending my time" e "It must have been love" loucamente, pensando na falta que essa diva faz.
Você realmente gosta desses caras heim!
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