terça-feira, 14 de setembro de 2010

Aquarelas Francesas

Eu tinha pensando em criar um blog parelo para escrever durante a viagem, mas como percebi que a coisa não rendia, achei melhor deixar tudo por aqui, mesmo. Se eu não atualizo um blog com a frequência necessária, imagine dois? Portanto, sempre que possível passarei por aqui para compartilhar minhas impressões dessa primeira viagem para fora do Brasil.
Vou começar do começo.

O Vôo

A viagem de avião teve duas escalas antes de chegar a Paris: uma em Brasilia e outra em Lisboa. Não é segredo pra ninguém que eu não gosto de voar, mas admito que é confortante saber que pode-se atravessar o mundo em poucas horas. De São Paulo a Brasília foram quase duas horas de vôo pela TAM, com direto a almoço gostosinho composto de arroz, feijão, carne e salada. Très brésilien. Foi show, a tripulação era ótima e atenciosa e o avião praticamente não tremeu. Em Brasília encontrei um certo caos, a fila para o check-in no guichê da empresa (TAP) era gigante e já estava na hora de embarcar. Mas como toda aquela multidão tinha o mesmo destino, eles não deixariam todos ali, né?
Como eu já falei, era minha primeira vez numa viagem ao exterior e tudo era novidade. Achei o avião enorme e, como sempre me disseram, é sempre melhor voar nesses tipos, pois chacoalham menos no céu. O que eu sei é que o treco tremeu e muito ao passar na altura do Equador, em pleno oceano Atlântico, e tremeu por um bom tempo. Eu morro de medo de turbulências, sempre acho que vão cair aquelas máscaras de oxigênio (o que, convenhamos, significa: "vamos todos morrer"). Mas isso não aconteceu. A comida era boa e os comissários de bordo, todos portugueses legítimos, simpáticos, mas não exageradamente pacientes com o bando de passageiros da classe econômica (como eu). Às vezes eles eram meio secos, mas jamais mal-educados. Conosco foram sempre atenciosos, mas sem exageros (estávamos preocupados com a coisa de trocar de avião, por conta da bagagem e dos horários dos respectivos vôos, mas ninguém lá dentro sabia direito o que nos informar sobre isso). Enfim, deu certo.
Chegamos em Lisboa e foi a maior emoção, ao pisar no chão meu coração parecia que ia saltar pela boca. Enfim eu estava no tal Velho Mundo. Mas faltava menos de 20 minutos para o vôo para Paris, de modo que nem deu tempo de apreciar esse momento. Levei uma bronca do funcionário da Imigração, pois passei pela porta da direita ao meu guichê, quando deveria ser pela da esquerda - detalhe: as duas portas davam no mesmo destino. Enfim, eu não estava em casa, de modo que aceitei a bronca e pedi desculpas. Várias!
O vôo para Paris foi sossegado, mas a aeronave era velha, parecia um ônibus daqueles antigos. Nem tinha água ou café. Foi a seco, mesmo. Mas nem importava, em poucos minutos estaríamos em Paris, e isso era tudo o que importava.
Assim, por volta das 10 da manhã do dia 6 de setembro de 2010 pisamos em solo francês, no aeroporto de Orly. Mas isso já é assunto para outra postagem!

Bisou!

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