domingo, 12 de maio de 2013

Dia das mães

Outro dia das mães. 
Outro dia em que assisto Tudo sobre minha mãe, do Almodóvar.
Que filme sensacional. Alguns dirão: puro melodrama. E daí? O que seria da vida sem o melodrama? E o que o Almodóvar faz é muito mais do que isso... é clássico, é delicado, é humano. Não é novela, é arte.
Mas hoje venho aqui falar de minha mãe. 
Quando nasci, ela faria 38 daí um mês. Se hoje isso é normal, na época, ter filho aos 38 já era considerado um abuso. Minha avó, que alguém a tenha, criticava o fato de minha mãe não tomar pílula. Moderna? Não, egoísta, mesmo. Insensível. Minha mãe queria ser mãe enquanto pudesse, mesmo sem saber. E sempre foi uma boa mãe, e ainda é. Até hoje cuida de mim, mesmo de longe. Cresci ouvindo a pergunta: - Ela é sua avó? -Não, é minha mãe!, eu respondia sempre. Não era fácil, mas não a trocaria por duas de vinte, jamais. Hoje ela tem 72 anos, e logo fará 73. E estarei lá, ao lado ela, para dar o abraço de sempre, o beijo de sempre, o carinho de sempre. Pois eu a amo. É tão difícil ter certeza de amar alguém, não é? Mas eu a amo. Ela sempre foi uma mãe e tanto. Mais que uma mãe, era mãe e avó,  com todo o rigor e carinho dos dois papéis. Espero tê-la por perto por muitos mais anos.