domingo, 30 de dezembro de 2007

Passando a limpo

Observei que alguns amigos meus fizeram retrospectivas em seus blogs. Eu não pretendia fazer uma - até imaginei que a postagem de natal ficaria valendo como tal, mas acho que pode ser legal escrever algo com mais cara de "última postagem do ano". Então, bora lá!
Bem, o ano de 2007 foi um ano muito especial pra mim. Em primeiro lugar, porque algumas mudanças radicais acontecerem: saí do meu emprego, onde estive durante nove anos, para me dedicar exclusivamente ao doutorado (claro que só pude fazer isso por estar recebendo bolsa de estudos - não vivo de renda e nem recebo "paitrocínio"!). Por conta de doutorado, voltei para a querida cidade de São Paulo, onde já havia morado uns tempos, por conta do mestrado. Mas, como toda mudança, não foi muito fácil a transição, por fatores que não vêm ao caso aqui, mas o desfecho demonstra que, de um jeito ou de outro, consegui atingir os objetivos que estavam programados. Fora isso, encontrei muitas pessoas em 2007, algumas que tive o prazer de conhecer, e outras, que tive a felicidade de reencontrar. Essa, sem dúvida, é a parte mais importante de todas.
Não quero ficar aqui relembrando momentos específicos, nem acontecimentos quaisquer. O ano se vai, as experiências permancem. Que em 2008 eu sabia me servir delas para torná-lo um ano bem interessante!
E para finalizar, eu desejo a você, que casualmente estiver lendo esta mensagem, um feliz ano novo!

Tim - tim !

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

É Natal!

Feliz
Natal!

:)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Música para fim de ano...

Love is all (shine your light on me)

love is all
love is all around you
love is there in your laughter
in your hair
love flows everywhere
love is old
love is older than you
but the light shining through
makes me see
your love is all new

hey
sha la la
shine a light
shine on me
shine your light on me
sha la la
shine your light on me

love is all
love will always be the law
and higher love radiates on us all
on us all

----------------
Letra/música: Per Gessle
(Roxette)
Álbum: Crash! Boom! Bang! (1994)


>>Trecho de música (30 sec.):

Love Is All (Shine Your Light on Me)


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Crônica de viagem e outras coisas...

E aí está o final de ano!
Praticamente cumpri todos os meus compromissos, mas sempre sobram muitas coisas a fazer, coisas que resistem à virada de ano. Tenho um trabalho acadêmico para entregar no final de janeiro, e passarei todo o mês me dedicando a ele... mas não agora, não nessas últimas semanas. São semanas sempre muito corridas, mesmo que (aparententemente) nos importemos pouco com as comemorações natalinas. Agora, por exemplo, estou escrevendo essa postagem do computador de uma amiga, pois ainda não estou em casa... mas também não estou mais em Marília - estou no meio da estrada ainda!
Aliás, não é incrível como a gente assume essa coisa de turista, digo, aproveitamos mais a cidade quando não moramos nela? Dessa vez, por exemplo, fiz muitas coisas legais, mesmo na curta estadia por lá. Coisas simples como ir à farmácia ou magazine já se tornam pitorescas, com cara de passeio. Fora isso, pude fazer outras coisas interessantes...
Primeiro, tive o prazer de comparecer ao casamento de uma amiga muito querida, e tanto a cerimônia como a festa foram maravilhosas - tanto pelo evento como pelo encontro com amigos que não via há tempos. Também fui a lugares legais, como uma cantina que gosto muito e um bar novo que conhecemos a convite de um amigo. Outra coisa legal foi poder assistir a um espetáculo de balé, da Academia Quebra-Nozes, que todo ano presenteia a cidade com balés de repertório de alto nível, com coreografias e figurinos equiparáveis aos espetáculos que acontecem nos grandes centros. Aproveitei também para fazer algumas caminhadas pela cidade, coisa que pretendo dar continuidade em 2008, levando em consideração que o retorno de saturno não nos deixa esquecer que o sendentarismo não é mesmo algo saudável!
Enfim, estamos no final do ano, e é muito importante termos metas para o ao seguite. Eu já tenho algumas, como cair de cabeça na minha pesquisa (meu orientador adoraria ler isto!), tirar carteira de habilitação e fazer mais exercícios físicos... acho que está bom para começar. Fora isso, quero dar continuidade ao blog, que é um espaço gostoso, e um ponto de encontro com meus amigos, espalhados por aí! Sendo assim, apareça sempre, e não deixe de escrever algum comentário ao passar por aqui.

Até mais!


segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Aviso aos navegantes - # 2

Caríssimos,

Este final de ano está uma correria insana, por isso, talvez, as postagens tornem-se menos freqüentes... Agora mesmo estou em um lan-house, para dar aquela olhada rápida nos e-mails (aliás, aquela apagada rápida em milhares de mensagens desnecessárias que estão lá) e aproveito para dar uma satisfação.
Mas como eu gosto muito de escrever aqui, tentarei dar um jeito de não deixar o mês de dezembro passar em branco... no mínimo, voltarei para deixar uma mensagem de bom final de ano!

Abraço.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Um talento nórdico

Você conhece Per Gessle? Trata-se de um cantor, compositor e produtor nascido em Hamstad, Suécia, em 1959, que começou sua carreira nos anos 70, influenciado pelo new wave e punk rock da época (como o som do Blondie, por exemplo). Começou sua carreira na banda Gyllene Tider, que fez bastante sucesso por toda a Escandinávia. Em meados dos anos 80 partiu para carreira solo, e em 1986 uniu forças com Marie Fredriksson e formou a dupla Roxette (um projeto internacional), onde ele seria o principal compositor durante toda a sua existência. Assim como Marie, Per tem uma carreira solo paralela, e é sobre ela que quero falar aqui.
Após muitos anos de dedicação quase que exclusiva ao Roxette, Per Gessle voltou a dedicar-se aos projetos solo. Em 1997 lançou mundialmente um álbum solo em inglês, The world according to Gessle, recheado de canções pop-rock de primeira qualidade. Os destaques do álbum foram Kix, Do you wanna be my baby e I want you to know. Mas todo o CD é ótimo, com muitas guitarras, baterias de respeito e músicas divertidas. Destaques também para a irônica Reporter, que faz uma crítica à midia sensacionalista e Elvis in Germany, cheia de boas vibrações. Apesar da qualidade, o trabalho não teve boa recepção no mercado brasileiro, o que foi uma pena.
Em 2003 Per arrisca lançar um álbum solo inédito em sueco, algo que não fazia desde 1985. E para sua surpresa foi sucesso imediato, levando-o de volta aos primeiros lugares nas listas suecas, resultando em uma turnê muito bem sucedida. O mesmo aconteceu com Son of a plumber, álbum duplo gravado em inglês, de caráter autobiográfico e melodias de altíssima qualidade. Baseado na sonoridade da década de 70, o disco confirma o talento do músico para compor um power-pop de qualidade, em tudo distinto do que se ouve atualmente no mercado musical. Duas particularidades do trabalho: primeiramente, Per não assina o álbum, mas coloca apenas o nome Son of a plumber, claramente um pseudônimo ligado às suas origens, uma vez que seu pai era encanador. Outro detalhe é a participação especial da cantora sueca Helena Josefsson, cuja voz cai como uma luva nas composições (mas nada parecido com o trabalho no Roxette, ao lado de Marie - são coisas bem distintas). O projeto foi premiadíssimo e muito bem comentado pela crítica especializada. As minha favoritas do disco são Jo-Anna says, I have a party in my Head (I hope it never ends), Hey Mr DJ (Won't you play another love song) e Making love or expecting rain (onde ele arrisca uns versos em francês). Mas todas são muito boas. Uma pena é que o CD foi lançado apenas na Europa. No começo de 2007 Per lança En händig man, outro álbum em sueco, não menos bem sucedido que os anteriores.
Enfim, Per Gessle é um dos poucos músicos que vieram da década de 70 e mantiveram suas raízes, fazendo um pop-rock de qualidade, tanto em sueco como em inglês.
Agora ele está envolvido com uma continuação do projeto Son of plumber, e, certamente, podemos esperar coisas muito boas por aí!

domingo, 18 de novembro de 2007

Escrevendo no céu

"Time went by as I wrote your name in the sky"
{Queen of rain (P.Gessle/M.P.Persson)}

Você já escreveu seu nome no céu? Bem, eu nunca... Sempre achei
bonitos os versos da música Queen of Rain que falam "o tempo passou, enquanto eu escrevia seu nome no céu..." mas não achei que fosse uma expressão corrente. Hoje eu estava assistindo a um filme (que nem sei o nome, vi só um trecho, mas é sobre um menino que descobre seu primeiro amor - não, não é "aquele" filme do Macaulay!). Daí, em determinada cena do filme, em que a mãe tenta explicá-lo como na vida algumas coisas são efêmeras, ela usa esse exemplo, que é como escrever um nome no céu. Perguntei ao Alê, que também estava assistindo ao filme, se isso era uma coisa muito comum de se fazer, e ele disse que se cansou de fazer isso na infância... Não é incrível? Eu jamais fiz tal coisa! O máximo que eu fazia era ficar imaginando imagens com as formas das nuvens, mas nunca tentei escrever nada. Vivendo e aprendendo. E o melhor é que agora os versos daquela música, que eu gosto muito, ganharam um novo significado pra mim. A vida é boa por isso - mesmo coisas que julgamos conhecer muito, revelam surpresas incríveis, de uma hora para a outra.

Bem, quanto a mim, ainda não arrisquei ir lá fora fazer o teste... mas o dia está lindo, e vou aproveitar aquele céu azul para fazer alguns rabiscos.


sábado, 17 de novembro de 2007

Bandidas

Como estou sem muita inspiração, resolvi escrever sobre um filme que acabei de assistir: Bandidas, com Penélope Cruz e Salma Heyek. Lembro que achei divertido o trailer no cinema, mas nunca tive maior interesse em alugar o DVD. Mas hoje passou na TV, e acabei assistindo, pois, de maneira geral, gosto das atrizes (especialmente da Penélope, nos filmes do Almodóvar).
Em Bandidas, as duas estão bem e convencem no papel de justiceiras atrapalhadas - e sensuais! Aliás, o que mais chama a atenção no filme é, sem sombra de dúvida, a beleza das duas atrizes - e também das paisagens mexicanas, iluminadas pela luz amarelada da atmosfera local. Enfim, é um filme leve, divertido e com belas imagens. Bom para uma quarta-feira à noite, ao invés de perder tempo com um enfadonho jogo de futebol na TV.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Dois filmes sobre o amor

Os últimos dois filmes que assisti foram Eternal Sunshine of the Spotless Mind (Brilho eterno de uma mente sem lembranças) e My Summer of Love (Meu amor de verão) , ambos de 2004.
O primeiro deles (Brilho eterno...) eu vinha relutando a assistir desde seu lançamento no cinema, pelo simples motivo de eu não gostar do Jim Carrey. Bobagem... eu devia ter ido mais pelo nome do roteirista (Charlie Kaufman). Trata-se de uma bonita história de amor, na qual um rapaz, decepcionado com seu relacionamento, submete-se a um revolucionário tratamento neurológico em que as memórias relativas à sua antiga namorada são simplesmente apagadas de sua mente. Claro que o filme não foge muito à determinadas regras, e cai em alguns clichês (por exemplo, é de se imaginar que a primeira cena do filme será também uma das últimas, e antes mesmo da metade do filme já é possível se prever o final) - mas nada disso altera o que o filme tem de melhor, que é a maneira como a história é contada. Fora isso, o filme pode receber uma boa interpretação psicanalítica, que eu não arriscaria fazer aqui, por absoluta incompetência! Mas o melhor do filme, sem dúvida, é que ele é bom, apesar de ter o Jim Carrey como protagonista.


O segundo filme, My Summer of Love, é uma pérola. Conta a história de amor de duas garotas, durante as férias escolares, num pequeno povoado do Reino Unido. Além da história contada de maneira doce e delicada, a bela fotografia do filme já o faz valer a pena: cada cena apresentada é como uma pintura, com uma luz muito bem utilizada e paisagens sensacionais. Como o povoado fica em um vale, muitas cenas são gravadas sobre os montes, de modo que as casinhas aparecem ao fundo. Eu não conseguia deixar de pensar no Van Gogh, como ele fez com Starry Night, com as casinhas bem pequenas, e o céu exuberante. Enfim, para quem gosta de uma bela história de amor, recheada com lindas imagens, esse filme vale uma boa espiada!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A noite estrelada de Van Gogh



Vincent van Gogh
A Noite Estrelada
, 1889
Óleo sobre tela, 73 × 92 cm.
Museu de Arte Moderna de Nova Iorque



Nunca veríamos uma noite como essa no mundo real, e, sinceramente, acho que não seria uma experiência muito tranqüila! Porém, na tela da Van Gogh, essa explosão de luzes em espiral expressa uma energia e vivacidade que enche os olhos e lembra a sensação de quando se observa o céu em uma noite muito estrelada. Os contornos firmes e as pinceladas nervosas presentes nessa obra contrastam com a beleza e a candura da cena noturna, da qual, inevitavelmente, nos tornamos parte. Do ponto de vista privilegiado que Van Gogh no coloca, temos uma linda vista aérea do vale, de onde é possível sentir o vento frio no rosto, e ouvir o som dos grilos... mas isso já é uma viagem da minha mente. E eu viajo muito através das casas, montes, vegetações e estrelas desse quadro. Sinto-me numa noite com vários sois! Talvez, por isso, este seja um dos meus quadros favoritos.



sábado, 10 de novembro de 2007

"Nem tudo é o que parece"

Minha última boa experiência em Marília foi ir ao teatro, assistir à peça Nem tudo é o que parece, estrelada por um grupo de atores iniciantes que fazem aulas no SESI, dentre os quais está o meu sobrinho João Gabriel (14 anos). Apesar dele estar nesse mundo desde os 9 anos de idade, é a primeira vez que tive a oportunidade de vê-lo atuar. Não sei bem explicar o que senti, mas fiquei muito orgulhoso ao vê-lo no palco, à vontade como um pássaro no céu ou um peixe na água... O que se viu foi uma peça feita pelos próprios alunos, que não deve nada a espetáculos ditos "profissionais". Dei muitas risadas e me impressionei com o talento de todos os atores, especialmente do Gabriel, claro... Mas em geral todos fizeram um belo trabalho. Quem dera todos os adolescentes resolvessem seguir o mesmo caminho, trocando os vídeo-games ou lan-houses por aulas de teatro (ou música, pintura, dança, etc). Certamente o futuro seria um lugar melhor de se viver.

Imagem da peça Nem tudo é o que parece (Marília, novembro de 2007).




segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Capitu ☼ SuperStar!




Capitu em suas pequenas férias em Marília-SP (1 min.).


quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O retorno

Estive ausente por um tempo, mas cá estou de volta. Passei uns dias no interior, na doce e quente cidade de Marília. Acho que nunca passei tanto calor na vida, pois o vento forte que sopra por lá definitivamente não refresca nada... aliás, ele levanta uma super poeira que chega a sufocar (sempre ficava pensando nas primeiras cenas do filme Volver, do Almodóvar, e toda aquela ventania que fazia enquanto as mulheres limpavam os túmulos do cemitério). Fora isso, a cidade está com sérios problemas na rede de abastecimento de água, o que torna o seu "calor" muito mais grave. Mas, tirando esses pequenos problemas climáticos e estruturais, gosto muito de Marília. Além da cidade, que de maneira geral é bem bonita e agradável, lá estão pessoas que são muito importantes na minha vida. E mais uma vez passei bons momentos com elas (não com todas, pois o tempo sempre é curto...). Enfim, mesmo com toda a aridez, a cidade ainda me presenteou com sua paisagem bonita, rodeada de vales por todos os lados, e com pessoas que são peças importantes na minha vida. Sempre volto de lá com as baterias carregadas, cheio de energia para retomar meu doce dia-a-dia na terra da garôa... Aliás, o calor aqui também está grande, mas hoje mesmo fomos agraciados com uma chuva de verão no meio da tarde, e a noite trouxe a esperada brisa fresquinha que só aqui a gente encontra... É bom estar em casa!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Homenagem ao dia das crianças

Jean Baptiste Debret: Meninos brincando de soldados ou O primeiro ímpeto da virtude guerreira (Le premier élan de la vertu guerrière), 1816-1831, aquarela, 15,3 x 21,6 cm. Acervo do Museu da Chácara do Céu/Fundação Raymundo Ottoni de Castro Maya/IPHAN, Rio de Janeiro.




Inspiração

Sabe o que é mais curioso? Ao longo do dia, passo por diversas situações que me inspiram alguma coisa para escrever aqui... Na hora até acho que são coisas interessantes, e talvez até fossem mesmo. O grande problema é que, ao chegar em casa, momento em que, efetivamente, eu sento aqui para escrever, nada vem a minha cabeça! Esqueço completamente de todos os assuntos supostamente interessantes que gostaria de ter escrito durante o dia. Mas tudo bem, de alguma forma, isso já é rendeu uma postagem! Para evitar esse tipo de coisa, acho que vou começar a carregar um caderninho de anotações.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Novela das 8

Sim, eu assisto novela... mas nem sempre. Essa nova novela da Globo, Duas Caras, tenho achado meio sem pé nem cabeça. Mas não estou aqui para falar sobre a trama da novela, ou comentar a performance dos atores... longe disso. O que me deixou instigado foram duas cenas específicas e banais. Na primeira delas, a protagonista Majorie Estiano chega a São Paulo, direto do Paraná. Ela veio de ônibus, e pegou um trem rumo à Estação da Luz, no centro. Ao sair da estação, com outras duas mulheres, são abordadas por uma cinco crianças que as rodeiam desesperadamente pedindo insistentemente dinheiro, ao mesmo tempo em que tentam abrir a bolsa de Majorie (acho que sua personagem se chama Maria Paula) - no fim, elas saem correndo e não roubam nada. Tudo bem, a novela não é um retrato da realidade, mas a cena ficou forçada demais, qualquer um que tenha passado ao menos um dia em São Paulo sabe que também não é assim que acontece - mas tudo bem, isso é o de menos. O pior é que elas, tendo descido, sabe-se lá porque, na Luz, acabam chegando à pé em um local que, aparentemente, é em Santa Cecília; se elas chegaram à cidade de ônibus, estavam no terminal do Tietê - bastava ir de metrô até a estação Santa Cecília. Mas até aí, tudo bem... Mas o pior foi que, segundo as falas das personagens, Majorie, ou melhor, Maria Paula (ainda tenho que confirmar esse nome!), iria procurar um hospital público qualquer para fazer o pré-natal (afinal, ela estava grávida). Fiquei imaginando que hospital seria... A surpresa veio na cena em que ela já estava ganhando o bebê, que é nada mais, nada menos, que uma das maternidades particulares mais sofisticadas da cidade, que é a São Camilo, em Pompéia. Não é o máximo? Todos sabemos que novelas são construções, baseadas em elementos da realidade, mas são construções... Mas é curioso quando a gente percebe tantas incoerências em uma só passagem da novela, como essas em relação à cidade de São Paulo. O pior é que, ao assistir a novela pensando todas essas coisas, nem reparei se o bebê é menino ou menina. É nisso é que dá...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Daqui pro futuro... Pato Fu!

Uma banda que gosto muito está com CD novo. Trata-se de Daqui pro futuro, do Pato Fu. Sempre gostei do modo como eles combinam um pop-rock de primeira com sons eletrônicos, resultando em coisas muito originais. Mas hoje quero falar um pouquinho do novo trabalho, que ainda não tenho e ouvi apenas uma vez na rádio do UOL. Desde o trabalho anterior, o Pato Fu tornou-se uma banda independente (no caso, a maior do Brasil) e isso só deve trazer bons resultados. Admito que CD anterior, Toda cura para todo mal, não me animou muito (por enquanto), exceto pela música Amendoim*, que é ótima. Mas gostei mais do novo disco. O mais interessante é que eles resolveram lançá-lo primeiro na internet, onde cada música sai por R$ 0,99, que é realmente barato - o CD todo sai por R$ 11,88. Nas lojas, onde já está sendo comercializado, não deve estar muito mais caro que R$ 20,00. Todos os artistas deveriam fazer isso... Sobre o disco em si, pretendo escrever oportunamente e com mais calma, comentando todas as faixas. Mas, como primeira impressão, posso adiantar que gostei das faixas 30.000 pés, A hora da estrela e Vagalume. Enfim, a banda mineira mostra-se madura, com um som de qualidade, e certamente é uma das melhores coisas do rock brasileiro. Vale a pena conferir!
A capa traz a imagem de uma geringonça mecânica que, enquanto toca um disco de vinil, solta borboletas pelos alto-falantes - uma boa metáfora para o som do Pato Fu.


* Adendo (07.02.2008): A música Agridoce, do CD Toda cura para todo mal também é ótima, talvez uma das melhores da banda.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Sociologia, amigos e uma peteca

A vida é mesmo uma correria - quanto a isso não há dúvidas. A minha, nesses últimos tempos, não tem fugido à regra, e o tempo parece sempre mais e mais curto (e tenho plena convicção de que na cidade de São Paulo o tempo passa muito mais rápido). Quando vejo, estou imerso em uma rotina de dormir, acordar, tomar café, lidar com os afazeres domésticos, ir pra faculdade, assistir aula, ir à biblioteca, procurar livros, ler os livros, anotar tudo o que me interessa sobre os livros, sair da faculdade, ir pra casa, e mais afazeres domésticos, e tentar dormir pra, no outro dia, fazer tudo de novo... e isso é bom. Afinal, como bom taurino, gosto de rotinas que promovam alguma estabilidade no cotidiano (não que eu acredite em astrologia, longe disso, até porque os taurinos, conhecidos por seu materialismo, não dão bola pra esse tipo de superstição); mas, sem me dar conta, ao me envolver tanto com essas rotinas, especialmente na atmosfera da metrópole, por vezes esqueço de separar um tempinho para coisas simples como visitar ou receber amigos ou viajar para ver os familiares, por exemplo. E quando faço isso, me sinto imensamente bem, e recarrego as baterias para voltar à minha doce rotina.
Nesse último fim de semana estive no interior e foi uma maravilha. Revi meus familiares, fiz novos amigos, e até joguei peteca na casa de uma prima (detalhe: o mais novo na "roda" tinha 14 anos e o mais velho, 35! - eu tenho 29, caso alguém esteja curioso a esse respeito), e foi sensacional! Estava um calor horroroso, e no meio do jogo começou a chover, o que teve cara de celebração... foi muito legal. Outras coisas legais aconteceram, estive com muitas pessoas que amo, e isso é o melhor de tudo (sinto apenas não ter conseguido visitar todos os amigos queridos, mas um final de semana realmente é pouco). Fizemos ainda muitas outras coisas, apesar dos dias quentes que deixavam a gente passando mal de verdade, mas a chuva veio em boa hora e lavou nosso mal-estar! Encerramos o dia na casa da minha irmã jogando "Master", e fomos dormir. Foi tudo muito lúdico e meio mágico, talvez porque tenha sido tudo muito simples.
Hoje estou voltando às rotinas de sempre, já li até um texto interessante do sociólogo Pierre Bourdieu, que de simples não tem nada. Mas isso faz parte do "jogo"- um jogo que eu gosto: o do saber. Mas, com certeza, esse jogo é apenas uma parte da minha vida. O que eu pretendo sempre lembrar é que entre um livro e outro, há sempre um tempinho para um jogo de peteca entre amigos. Carpe Diem!

domingo, 30 de setembro de 2007

“A caminho de Avencas” (por Alexandro Paixão)

Há dois caminhos que levam a Avencas:
Um é a estrada Marília-Assis
e o outro é a poesia.

Se escolher o caminho do asfalto,
verás com os olhos de sempre:
mato, terra, pedras, casas,
olaria, a serra, e aos poucos,
logo depois da curva, mais terra,
mato, algumas casas, rostos estranhos curiosos,
homens vermelhos, chapéus, máquinas etc.

É o caminho comum, habitual, sem beleza;
mas existe um outro:
feito de vento, de céu, de pássaros, de bois;
seu perfume é peculiar e sua música se mistura
em tons de púrpura e azul ao fim da tarde.

Seu movimento é lento,
assim como as árvores que refrescam a estrada.

Por ele pode-se seguir pela terra,
pelo ar, pelos morros, pelo rio, pelo tempo.

Todos estes caminhos levam a Avencas.



(pediram-me este texto em um momento de fraqueza; digo isso porque aceitei a idéia maluca de deixá-lo publicar no blog. Perdoem-me os verdadeiros escritores, os líricos, os prosadores etc, mas foi em um momento de extrema alegria, quando voltei a visitar o distrito de Avencas, no município de Marília – que se preferirem pode ser a “Marília de Dirceu", de Tomás Antonio Gonzaga -, que resolvi escrever estas linhas, que não são poesia, mas emoção transformada em palavra para homenagear este lugar que ainda me encanta).


* * *

Agradeço a preciosa contribuição de Alexandro Paixão, o sociólogo mais poeta que existe, apesar da modéstia.

Aviso aos navegantes

Olá caro visitante...

Tenho escrito pouco por aqui ultimamente, mas com o doutorado as coisas nem sempre são tranqüilas. E como eu disse uma vez, não adianta eu aparecer aqui para escrever qualquer coisa, pois acaba virando uma obrigação, e não é essa a intenção.
De qualquer maneira, esse é um espaço que eu gosto de ter, pela possibilidade de dividir idéias, gostos, experiências, pontos de vistas, dicas de arte e cultura e tudo mais. Por isso, quando passar por aqui, não esqueça de deixar um comentário na postagem que por acaso venha a ler, isso me deixaria feliz e motivado!

Um grande abraço (virtual, porém muito real!)


sábado, 1 de setembro de 2007

O nome do blog

Watercolours in the rain
(Letra: Per Gessle - Música: Marie Fredriksson)

Going trough the motions.
Ending up nowhere at all.
Can't see the sun on my wall.
Going trough emotions.
Ending up on a frozen morning
with a heart not even broken.

Seems I've been running
all my life all my life.
Seems I've been running
all my life all my life
like watercolours in the rain.

Find a place to settle down.
Get a job in a city nearby
and watch the trains roll on by.
I'll find the falling star.
I'll fall in love
with the eyes of a dreamer
and a dream worth believing.

Seems I've been running
all my life all my life.
Seems I've been running
all my life all my life
like watercolours in the rain.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Sobre vagalumes

Quando criança, eu morava no sítio. Hoje em dia, descobri que é mais bonito falar que era no campo, ou então, na roça, se quiser um efeito mais pitoresco. Mas era no sítio que eu morava, a roça, para mim, era onde ficava a plantação. E campo, esse, era o de futebol. Mas na faculdade, ou no mundo da poesia, é mais bonito falar em "campo"... Enfim, quando eu morava no sítio, era muito comum ver vagalumes durante a noite, havia aos montes! Sempre achei que se tratava de um bichinho meio mágico, mas eu não era tão inocente, e desde que comecei a ler já sabia se tratar de uma reação química natural do animal. Eu descobri isso na minha enciclopédia, linda, de capa vermelha, que tinha vários volumes, chamada Enciclopédia Júnior Anglo Brasileira - lá eu aprendia de tudo um pouco, tanto sobre vagalumes quanto sobre borboletas, lendas, dinossauros e fatos históricos. Mas nunca deixei de fantasiar que eles eram meio mágicos, sempre os imaginava como aquelas fadinhas iluminadas dos filmes. Às vezes eu os prendia em uma caixa de fósforo, mas logo soltava, porque eles não iluminavam tanto quando viam-se presos. Também costumava segurá-los dentro da mão, e assim tinha uma mão iluminada. Mas o bonito era vê-los voando.
Então eu cresci, o sítio virou campo e não vejo mais vagalumes. Graças aos pesticidas, existem poucos deles na "roça", assim com há poucas borboletas... E nas cidades, graças à forte luz artificial, os poucos que existem acabam perdendo sua luz natural, o que atrapalha a reprodução da espécie. Mas outro dia, mesmo estando numa dessas cidades onde não há mais noite, fui visitado por centenas deles, agraciado com sua luz e sua dança... mas foi apenas um sonho. E sabemos que nos sonhos tudo pode acontecer.

domingo, 26 de agosto de 2007

Roxette Review - Parte 3 (última)

1999 - Have a nice day

Depois de cinco anos sem um álbum de músicas inéditas, o Roxette aparece com o seu trabalho mais controverso. Have a nice day mostrava uma banda interessada em atualizar seu som, especialmente em faixas como Crush on you, 7Twenty7 e Stars, carregadas de uma batida dançante muito contemporânea. Stars, aliás, é uma de minhas favoritas: digo sempre que trata-se de uma música muito ambígua, pois sua atmosfera "dance" oculta, na verdade, uma balada das mais românticas, com coro de crianças no refrão e tudo mais. Seu vídeo em preto-e-branco é surreal, mostrando Marie como uma rainha louca que persegue o homem que ama, e, para conquistá-lo, se desdobra, grita e inclusive nada ao lado de patinhos de borracha em um lago sueco! Porém, o disco traz ainda baladas das mais apaixonadas, como Anyone, Wish I could fly e Salvation, que também recebeu um vídeo bem curioso... Além desses singles, destacam-se I was so lucky e duas composições de Marie, Waiting for the rain (letra e música) e Beautiful things (música). Trata-se de um disco controverso porque nem entre o fãs da dupla é unanimidade, muitos dizem que se afasta do som tradicional do Roxette, geralmente mais carregado de guitarras do que de batidas dançantes. Eu discordo... o Roxette sempre teve músicas "dançaveis", e Have a nice day apenas atualiza esse som, sem, contudo, abandonar o pop tradicional que sempre foi a marca da dupla. Recomendadíssimo.


2001 - Room Service


Em 2001 surge Room Service, o último álbum de músicas inéditas do Roxette - depois dele vieram coletâneas com apenas algumas músicas inéditas. Trata-se de um disco bem feito. É isso. Todas as músicas são boas, bem próximas ao que o Roxette sempre fez, muitas músicas alegres, intercaladas por baladas. Entre as divertidas, Real sugar se destaca, até mais que a primeira música de trabalho, que foi The centre of the heart. Per Gessle mostra seu lado mais rock em Jefferson e em Make my head go pop lembramos da batida dance de Have a nice day. Milk and toast and honey foi a música mais bem sucedida, mas não é nem de longe a melhor coisa presente no disco. Os destaque, para mim, são Little girl (composição de Marie), Looking for Jane, It takes you no time to get here e My World, my love, my life, apesar de nenhuma destas terem sido músicas de trabalho. O CD, em geral, é muito bom... mas, pra mim, não é o melhor da banda. Uma música muito boa saiu apenas como b-side em um single, Entering your heart, e teria deixado o álbum mais completo. Não sinto no disco a energia notada em Have a nice day... penso nele como um prato bem feito, gostoso, mas que a gente sabe que falta alguma coisa. Claro, a proposta do disco anterior era a de um som atualizado, contemporâneo. Em Room Service, a dupla quis apresentar algo mais leve, divertido e descompromissado. Se fosse um vinho, eu diria que ele é honesto.

2002 - The ballad hits

Essa coletânea traz apenas músicas românticas, e como estas sempre foram a marca registrada do duo, trata-se de um lindo trabalho. Um bom presente para dar ao namorado ou namorada, ou para ouvir em momentos de bode... Mas, de fato, é um disco lindo. Ao lado do CD lançado no ano seguinte (The pop hits), é impossível não conceder ao Roxette um lugar de destaque na música pop internacional, uma vez que poucas bandas podem se dar ao luxo de ter duas coletâneas, em estilos diferentes, repletas de hits, lançadas praticamente ao mesmo tempo (poderia ter sido um álbum duplo, aliás). As inéditas Thing about you e Breathe comprovam essa qualidade e apenas elevam o nível do trabalho.

2003 - The pop hits

Complementando do disco anterior, essa coletânea traz apenas as músicas mais "animadas" da banda (up-tempo). Lá estão todas as músicas que combinam com uma viagem de carro ou uma festa na sua casa! Nele encontramos coisas como The look, Dangerous, Joyride, How do you do!, Stars e tudo aquilo que pode animar um ambiente. Se você mesmo arruma sua casa, é uma ótima trilha sonora para isso também. Trouxe as inéditas Opportunity Nox e Little miss sorrow.



2006 - A Collection Of Roxette Hits!
Their 20 Greatest Songs

Como comemoração aos 20 anos de banda, é lançado em 2006 uma outra coletânea, contendo todos os hits, entre up-tempo e baladas. Recomendado para quem quiser ter apenas um disco da dupla; lá você encontrará quase tudo que conhece. Das mais conhecidas, ficaram de fora Vulnerable, The big L., Fireworks, You don't understand me, Fingertips, Anyone, Salvation, Opportunity Nox, Real sugar, She doesn't live here anymore, Queen of rain, I don't want to get hurt e I'm sorry (as duas últimas, aliás, nunca foram lançadas como single, mas tiveram uma excelente execução nas rádios brasileiras)... caso goste muito de alguma dessas, deverá procurar em outros discos! Também foi lançado um Box (apenas na Europa) com muito mais músicas e dois DVD's, incluindo a sessão completa do acústico MTV de 1993.



Enfim, ao longo das três postagens procurei passar minhas impressões sobre os discos do Roxette. Tentei ser objetivo e direto, mas sei que inevitavelmente tudo o que está escrito é baseado nas minhas experiências.

É isso.


"I take you on a skyride
a feeling like you're spellbound
the sunshine is a lady
who rox you like a baby"

sábado, 18 de agosto de 2007

Roxette Review - Parte 2 (1993-1997)


(... continuação).

Em 1993, o Roxette compõe mais uma trilha sonora para o cinema. Trata-se da balada Almost Unreal, no filme Super Mario Bros. A música lembra muito o som do Roxette de 1991, com teclados e guitarras, ao ponto do seu compositor, Per Gessle, dizer trata-se de uma autoparódia. Originalmente, a música deveria entrar no filme Abracadabra (Hoccus Poccus), com Betty Middler, mas acabou caindo naquela porcaria que pouca gente teve o desprazer de assistir! A música, contudo, é bem interessante, e fez muito sucesso na Inglaterra. O vídeo, especialmente a versão sem cenas do filme, é interessante e merece uma espiada (disponível no VHS Don't bore Us - Get to the chorus! - Roxettes's Greatest Video Hits, de 1995 e em The Rox Box - 86-06). Contudo, nesse ano o Roxette começa a testar uma certa mudança em sua sonoridade, como pode ser visto na faixa 2 Cinnamon Street, da mesma trilha, e nas músicas do álbum de 1994, Crash! Boom! Bang!.


1994 - Crash! Boom! Bang!

Trata-se do álbum que trouxe o Roxette de volta ao cenário pop internacional. Repleto de guitarras e baterias, Crash! Boom! Bang! veio com força total e mostrou como um pop de qualidade pode ser feito. Nos show da turnê, o que se via era uma respeitável performance de rock, com duas baterias e muitas guiatarras em alto e bom som. Além da guitarras mais altas, a dupla inaugurou um novo visual que deixou muitos fãs assustados no começo, com Per de cabelos mais longos e loiros, e Marie com a cabeça raspada. O álbum teve cinco músicas de trabalho (singles), que foram Sleeping in my car, Crash! Boom! Bang!, Fireworks, Run to you e Vulnerable, todos muito bem sucedidos. No Brasil, na ocasião da vinda da dupla na turnê originária desse álbum, a música I'm sorry bateu recordes de execução em rádios, sem que ao menos a dupla ou mesmo a gravadora tivessem planejado. De maneira geral, o trabalho todo é ótimo e mostra um Roxette maduro, mas fiel ao pop-rock que os conduziu ao estrelato internacional. Minha favorita do disco é Crash! Boom! Bang!, balada que recebeu um clipe não menos interessante. Trata-se de um dos meus discos favoritos.

1995 - Rarities
Como o nome já adianta, o álbum traz composições raras da dupla, como versões demos, remixes, inéditas e faixas do MTV Unplugged, gravado pela banda em 1993, na Suécia. A maioria das faixas encontravam-se espalhadas em singles, que não são lançados no mercado brasileiro - por conta disso, esse CD foi lançado apenas no Brasil e em alguns países da Ásia. Destaque para as inéditas The sweet hello, the sad goodbye e The voice, e para as faixas do unplugged. Hoje em dia é realmente uma raridade, pois ficou apenas um ano no catálogo da gravadora EMI no Brasil. A compilação é do próprio Per Gessle.

1995 - Don't bore us - get to the chorus! Roxette's Greatest Hits
Em seu nono aniversário (por que não décimo?), a dupla laçou sua primeira coletânea de sucessos - uma obra prima, pois, de fato, todas as músicas selecionadas (14) foram hits indiscutíveis. Talvez merecem estar lá também as músicas Run to you e Fireworks, mas como eram do disco de 1994, talvez atrapalhassem suas vendas, já que ainda estava em catálogo. O CD trazia ainda quatro faixas inéditas, todas muito boas: June afternoon, You don't undertand me, She doesn't live here anymore e I don't want to get hurt. As três primeiras foram single e tiveram clipe, mas o grande sucesso no Brasil foi mesmo I don't want to get hurt - certamente, a mais bela entre todas.

1997- Baladas en español
No início, foi muito empolgante imaginar como seria Marie ou Per cantando em uma lingua tão parecida com o português, e, realmente, por algum tempo, foi. Mas das músicas selecionadas, talvez duas ou três acabaram recebendo uma versão minimamente razoável... o restante foi um fiasco. Acho que se a dupla tivesse se interessado em saber o que afinal estavam cantando, não teriam feito aquelas coisas. Acho que a intensão foi boa, afinal o ABBA também fez isso para "agradar" os fãs latino-americanos, e talvez o Roxette quisesse fazer o mesmo. Agora, para quem não se importa com as versões bobíssimas, o CD traz uma interessante coleção de músicas mais lentas da banda. Acho que salvam-se, apenas, e com ressalvas, Como lluvia en el cristal (Watercolours in the rain), Un dia sin ti (Spending my time) e No se si es amor (It must have been love). Ah, e mesmo sem saber o que estavam dizendo, a pronúncia da dupla ficou ótima... pelo menos!




(tem continuação...)

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Roxette Review - Parte 1 (1986-1992)

Para mim, o Roxette é o que se pode chamar, ainda hoje, de uma banda cujo rótulo de pop (ou pop-rock) tem uma conotação muito séria. Trata-se de uma carreira de mais de vinte anos e uma contribuição efetiva ao pop europeu de boa qualidade. Assim, farei aqui um breve comentário sobre cada trabalho da dupla, respeitando a cronologia, em três postagens. Os comentários abaixo, ainda que sejam embasados em alguma objetividade, são muito pessoais...


1986 - Pearls of passion
Trata-se do primeiro álbum da dupla, lançado apenas em alguns países da Europa e Canadá. Em 1996 teve lançamento mundial, em razão dos 10 anos da banda. A maioria das músicas eram demos do cantor compositor Per Gessle, em sueco, e foram "convertidos" para o inglês para integrarem o disco. A primeira música de trabalho (single) foi Neverending Love. A sonoridade é bem anos 80 mesmo, e o álbum ainda não traz nenhuma identidade ao Roxette, mas as músicas são bem divertidas e já demonstravam o que estaria por vir, não só nas canções pop (up-tempo), mas nas baladas, que seriam, nos anos seguintes, a marca registrada do Roxette. Os destaques do disco são Soul Deep, Voices, Neverending Love, From one heart to another e So far Away. Na edição de 1996 o CD veio com faixas-bônus, com algumas inéditas, remixes, demos e a primeira versão de It must have been love, lançada em 1987 (a música, com novo arranjo, fez parte da trilha sonora do filme Pretty Woman, em 1990).

1988 - Look Sharp!
Foi o disco que inaugurou o Roxette no cenário pop internacional. Um estudande americano que fazia intercâmbio na Suécia levou uma cópia em K7 para sua cidade, Minneapolis, e a apresentou a uma rádio. Pouco tempo depois, com muita pirataria, a música The look ficava em primeiro lugar na para americana da Billboard - quano o disco foi lançado na América, em 1989, a música já era um sucesso absoluto. O álbum já vinha com mais personalidade, um pop seguro e dançante, e uma balada séria, Listen to Your Heart. Os outros destaques do álbum são Dangerous, Dressed for success, Paint, Dance Away e Cry. O CD traz uma faixa-bônus, (I could never) Give you up.

1991 - Joyride
Meu eterno favorito, Joyride consagrou o Roxette mundialmente, sobretudo por ter sido lançado logo após o estrondoso sucesso de It must have been love, no filme Pretty Woman, de 1990. O álbum foi sucesso instantâneo, e teve uma turnê mundial, que passou pelo Brasil. A música Spending my time foi trilha sonora da novela global Perigosas Peruas, e isso popularizou ainda mais a dupla entre os brasileiros. Os destaques são Joyride, Fading Like a Flower (everytime you leave), Spending my time, The big L., Watercolours in the rain, e Perfect Day (as últimas duas citadas não foram single, apesar do álbum ter lançado cinco deles). O CD vinha com três faixas a mais que o LP, e uma delas é Soul deep, que, originalmente lançada no álbum de 1986, aparece aqui em uma versão mais empolgante. A música menos interessante é Physical Fascination - a meu ver, a coisa mais boba que Per Gessle poderia ter feito na vida... Mas ela não consegue estragar o trabalho final, que é uma obra prima do pop dos anos 90, e o mais vendido da banda.

1992 - Tourism
Durante a turnê mundial Join the Joyride - 1991-92, o Roxette aproveitou a inspiração e a energia da banda para gravar seu álbum menos convencional. Contendo canções ao vivo, inéditas, b-sides e outtakes, Tourism foi gravado em estúdios e palcos do mundo afora, incluindo o estúdio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro, onde gravaram a música Fingertips e um night clube fechado de São Paulo, onde gravaram Never is a long time. Em Buenos Aires, gravaram duas músicas em quartos de hotel (So far away e Here comes the weekend). A atmosfera do disco é realmente diferente, apresentando-se mais adulta e menos pop-ish, com exceção do primeiro single, cujo refrão não saía das rádios e das bocas brasileiras em 1992: How do you do!, que foi um dos maiores sucessos do Roxette no Brasil. Os destaques do disco, contudo, são as músicas mais calmas, como The rain e So far away (que aparece no primeiro álbum, de 1986, mas ganha, aqui, um toque de classe com piano e acordeon). Com ares country, It must have been love aparece parte ao vivo, parte estúdio, e pouco lembra a versão "Julia Roberts". Um dos destaques do discos é a antiga Silver Blue, criada em 1988, balada curiosa que certamente é uma das melhores coisas presentes no disco. Um dos grande sucessos radiofônicos do álbum foi Queen of rain, que teve um belo clipe, com algumas locações no Monte Saint Michel, na França. O LP era duplo e trazia inúmeras fotos com imagens de cada local do mundo. Não foi um disco tão bem sucedido, sobretudo em comparação com o hit-maker Joyride, seu antecessor.

(tem continuação...)

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Finais de partir o coração


Nesse momento está passando na TV um dos filmes que acho mais tocantes, Terra dos sonhos (In America, Jim Sheridan, 2003). Trata-se de uma história sobre a dor, sobre a dor que é viver, mas também sobre a esperança - ou a fé. Não vou escrever nada sobre o filme, simplesmente recomendo que você assista. E, da mesma maneira que o rapaz da locadora me disse quando aluguei o DVD há anos atrás, vou adiantar um detalhe que vai te deixar mais tranqüilo como espectador: no final, tudo dará certo. Não se preocupe, durante o filme você irá me agradecer, e nos momentos onde você estiver super agoniado com a história, pense que o que eu adianto são apenas "balas de limão"... O final desse filme é um daqueles que o dão um nó na garganta, e cujas lágrimas são inevitáveis. Mas não são lágrimas de tristeza... ou talvez sejam, mas uma tristeza boa, uma curiosa sensação de "vida".

Elegi outros dois filmes cujo final dá esse mesmo nó na garganta, e que eu igualmente recomendo... aliás, exorto que você assista:

A língua das mariposas (La Lengua De Las Mariposas, José Luís Cuerda, Espanha, 1999).

O castelo de minha mãe (Le chateau de ma mére, Yves Robert, 1990). Esse, em especial, precisa de um pré-requisito: assistir ao primeiro filme do diretor, que é A Glória de Meu Pai (La gloire de mon père), pois o segundo é uma continuação - a dica é que você alugue os dois juntos e assista necessariamente nessa seqüência.

Não vou comentar nada sobre os filmes. Apenas assista e se emocione, sobretudo com os finais, que nos levam pra tão longe, em um lugar estranho que é o nosso próprio coração.


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sexta-feira, 20 de julho de 2007

blog de férias...

... autor trabalhando!


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segunda-feira, 25 de junho de 2007

Dia de São João

Ontem foi dia de São João.

Alfredo Volpi
Bandeirinha, 1958
têmpera s/ tela, 44,2 x 22,1 cm
Coleção MAC USP




Noite de gala

Outro dia fui ao show da cantora Mônica Salmaso. A propósito, esse já é o quinto show dela que tive o prazer de ver, e, tenho certeza, foi o melhor. Trata-se do show do CD Noites de gala, samba na rua (2007), que contém apenas canções feitas por Chico Buarque. Brinco que esse disco é como um prato feito com creme de leite: não tem com ficar ruim. Afinal, a receita é certeira: junte 14 músicas de Chico Buarque, a voz fenomenal de Mônica e tempere tudo com os arranjos impecáveis do grupo Pau Brasil. O resultado é maravilhoso. Não que eu seja um nacionalista inveterado, que defende a MPB com unhas e dentes... todos que me conhecem sabem o quando aprecio um bom pop-rock internacional, especialmente europeu. Mas, acreditem, o CD é muito bom mesmo... e o show, pasmem, consegue ser ainda melhor. Não que haja novidades quanto ao CD em si, pois as interpretações seguem à risca o modo como aparecem no álbum. A surpresa é que, ao contrário do que geralmente acontece, parece que Mônica canta ainda melhor no palco!. Para mim, as melhores da noite foram: Você, você, Ciranda da Bailarina (com um arranjo que deixou a música gravada pela Adriana Partimpim - que eu gosto muito - realmente coisa de criança), Beatriz e Construção (essa última torna-se o climax do show, uma experiência sonora inesquecível). Fora isso, a integração entre a cantora e o grupo torna o show impecável e muito descontraído, descontração essa que deve muito também ao humor sutil da cantora em suas falas entre uma música e outra. A última música do bis foi uma modinha muito engraçada onde Mônica apresenta a banda e - apesar de ser a única música não composta pelo Chico Buarque - encerra o show com chave de ouro, onde tudo ganha ares de um delicioso fim de festa entre amigos.

Para saber mais sobre Mônica Salmaso, acesse:


terça-feira, 29 de maio de 2007

Lutar é preciso...

Eugène Delacroix (1798 - 1863), A liberdade conduzindo o povo às barricadas, óleo sobre tela, 260 X 325 cm. Museu do Louvre.




domingo, 27 de maio de 2007

Banheiro feminino: um fato social?

Outro dia estávamos num café e o papo rolava super legal. Estava frio e eu, morrendo de fome, comi um pão de batata recheado de requeijão, que eu adoro, enquanto bebia um suco de morango com leite. A conversa estava ótima, éramos quatro pessoas, dois homens e duas mulheres e os assuntos eram os mais variados, desde os problemas da universidade pública, passando pelo caos do trânsito de São Paulo até importantes debates acerca da astrologia. Café vai, café vem, e chega o momento fatídico: uma de nossas amigas decide ir ao banheiro. Imaginei que fosse convidar nossa outra amiga para acompanhá-la, ou antes, que esse amiga se oferece de imediato para acompanhá-la. Que nada! Qual foi minha surpresa ao perceber que, sem hesitar, nossa amiga levantou-se e foi ao banheiro sozinha! Eu nunca havia presenciado isso, toda vida minhas amigas iam em dupla ao toalete, como algo dado, um fato. Assim que ela saiu, perguntei para a outra amiga: você não vai acompanhá-la? A resposta, claro, foi óbvia: "não, por que deveria? Não estou com vontade de ir ao banheiro agora". Foi então que percebi que não é uma regra. Mas, continuando a nossa conversa, percebi que isso não é bem resolvido entre as mulheres. Minha amiga continuou: "acho super chato quando estou em uma mesa e, quando uma das mulheres da mesa vai ao banheiro, me olha como se eu fosse obrigada a acompanhá-la! Houve ocasiões em que fiquei constrangida pela insistência!". Isso não é mesmo incrível? É como se não fosse permitido, socialmente, que uma mulher fosse ao banheiro sozinha, quando houvesse uma outra na mesma mesa. Só Durkheim mesmo para explicar. E tem mais, ela me disse que elas não conversam nada de mais quando vão "lá", retocam o batom e coisas assim... É simplesmente o ato de "ir acompanhada", quase um ato moral de que Durkheim fala. Por isso o título do tópico fala sobre fato social, que em linha gerais pode ser entendido como "toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer coerção sobre os indivíduos. É geral na extensão de uma sociedade, conservando uma existência própria, independente de suas manifestações individuais. É todo conhecimento, transformação, ou situação estabelecido na sociedade."
Agora deixo a questão em aberto para as mulheres (e para os homens também claro!): o que vocês acham disso? Comentem esse tópico.

Abraços a todos!


Pierre Auguste Renoir - As Banhistas - 1887





quinta-feira, 10 de maio de 2007

Autocrítica

Já perceberam como eu não perco uma oportunidade de citar exemplos pictóricos ou artísticos nas postagens?

Tentarei me controlar.


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quarta-feira, 9 de maio de 2007

O Papa está em São Paulo...

... ah, sim, soube...

* * *
Ok, eu ía escrever aqui um postagem super irônica para demonstrar o quanto eu não me empolgo nenhum pouco com essa "visita", onde falaria da posição ultra-conservadora desse líder religioso, aliás, conservadora não, reacionária, porque ele não quer conservar nada, mas sim reestabelecer valores ultrapassados que põem em risco uma série de conquistas da sociedade contemporânea. Mas não vou fazer isso. Esse blog tem que ser por princípio ser agradável e leve... não vou polemizar com o passeio do Papa...
Até porque, tudo tem um lado bom: foi um papa, um dos Gregórios (acho que o X), há séculos atrás, permitu que se realizassem imagens para a decoração das igrejas e para a ilustração de livros como a Bíblia. Graças a isso, a história da arte passou a contar com a arte dita sacra.
Sem isso, talvez jamais existissem obras como essas:

Leonardo da Vinci, A última ceia (1495-1497)



Rafael Sanzio, Sagrada família (1518)


Michelangelo Buonarroti, A criação de Adão (detalhe da cúpula da Capela Sistina)



Portanto, sejamos otimistas: tudo pode ter um lado bom...

Vou parando por aqui.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

O número 7

Estamos em 2007. Uma certa operadora de celular está fazendo uma campanha publicitária utilizando o número "7": "Dê um celular novo para sua mãe, e ela falará com todo mundo por 7 centavos o minuto!". Mas parece que o tal do número 7 é mesmo cabalístico (adianto: não entendo nada de numerologia ou coisa parecida, mas se alguém souber e quiser compartilhar, escreva um comentário no final dessa postagem. Agradeço!).

Outro dia, depois de ouvir uma música que gosto muito, chamada "Den Sjunde Vågen", de Marie Fredriksson, cantora e compositora sueca, fui pesquisar e descobri que seu título signifca "A sétima onda". Na mesma hora imaginei que isso talvez fosse uma "questão sueca", pois há um filme do diretor Ingmar Bergman, lançado em 1956, que se chamava Det sjunde inseglet (O sétimo selo), história na qual um cavaleiro desafia a Morte para uma partida de xadrez - sua vida dependerá da sua vitória:

De qualquer forma, essa coisa do número 7 me intrigou... Pense bem nas coisas cujo número 7 é a base: 7 dias da semana, 7 notas musicais, 7 pecados capitais, 7 maravilhas do mundo, e por aí vai a saga do número 7. Não tenho a mínima idéia do que isso possa significar, mas que deve ter alguma relação, deve.

Selecionei aqui músicas que têm o número sete como referência:

"Den Sjunde Vågen" (The Seventh Wave)
[M.Fredriksson/L. Lindbom, 1985]

"Den första vågen när du ser på mej
Och i mina ögon finns ett svar till dej
Den andra vågen doft från ditt hår
Linjer jag kan följa minnen utav år
Den tredje vågen finns i din hand
En våg av silver som når min strand
Den fjärde vågen inifrån min själ
En våg av kärlek utan svek och skäl
Den femte vågen stormar inom mej
Lust och längtan kräver mer av dej
Den sjätte vågen blir ett med dej
Den sjätte vågen besegrar mej
Den sjunde vågen...
Ta det bara långsamt
Som dyningarna på ett hav
Ta det bara långsamt, långsamt
Världen kommer finnas kvar
Ta det bara långsamt, långsamt
"

Tradução:

"A primeira onda, quando você me olha
E em meus olhos há uma resposta para você.
A segunda onda, perfume dos seus cabelos,
Linhas nas quais percorro lembranças dos anos que se foram.
A terceira onda está em suas mãos
Uma onda de prata que atinge meu litoral.
A quarta onde, intrínseca a minh'alma
Uma onda de amor sem equívoco ou razão.
A quinta onda causa em meu interior
Desejos de ter mais de você.
A sexta onde vem com você,

A sexta onde me conquista,
A sétima onda...

Apenas a receba calmamente, calmamente
Como uma maré alta
Receba-a calmamente

O mundo esperará
Apenas a receba calmamente.
"


"Love is the seventh wave" (trecho)

[Sting, 1985]

"There is a deeper wave than this
Rising in the land
There is a deeper wave than this
Nothing will withstand
I say love is the seventh wave
"

Tradução:

"Há uma onda mais profunda que essa
Surgindo na terra
Há uma onda mais profunda que essa
Nada suportará
Eu digo que o amor é a sétima onda"


Reparem bem: as duas músicas européias, criadas no mesmo ano, têm praticamente o mesmo título: falam sobre a tal da sétima onda... que raios será isso?

Para finalizar, um música brasileira, interpretada por Renato Braz, descreve a repetição do número 7 na história da humanidade:

"7x7"
[Guinga e Aldir Blanc, intérprete: Renato Braz, 1998]

"Sete mares, sete léguas
Sete palmos, sete quedas
Sete estrelas formam a Ursa
Sete encruzilhadas
Sete veis sim
Sete veis não
Sete cores do arco-íris
Sete arcanjos, sete virgens
Sete notas na viola
Sete grãos de trigo
Sete veis céu
Sete veis chão
Sete noites que me fecho
Sete dias que me abro
Sete velas brancas
Sete candelabros
Sete foram as paixões
Sete ilusões
Sete selos, sete portas
Na hora sete vem Eva
Tenho sete namorados
Sete voltas na coleira do cão
Sete orações
Sete é o quatro da terra
Como três, luz, filho e rei
Homem de sete instrumentos
No sétimo eu descansei
Sete apóstolos pescando
No evangelho de João
Um Jesus Cristo sete vezes
Dos seus sonhos a questão
Pelos sete ferimentos
Em teu sutil coração
Eu setenta vezes sete
Preciso pedir perdão
"

Enfim, sabe-se lá se isso tem algum fundamento!

De qualquer maneira, onde há fumaça, há fogo...

Enquanto isso, a gente vai pintando o sete, sempre que possível!




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Nota de agosto de 2007: O diretor Ingmar Bergman, citado no início desse tópico, morreu no dia 30 de julho desse ano, uma grande perda para o cinema mundial.



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