quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Sparvöga

Na segunda-feira, 09/12/2019, Marie Fredriksson morreu.

Eu não sabia bem como começar esse post mas penso que a frase anterior resume o que tem que ser dito. Ela se foi, a voz que me acompanha desde a adolescência calou-se há três dias. Não pretendo escrever muito aqui, apenas deixar registrada essa triste notícia. Talvez mais pra frente eu escreva algo com mais substância, mas hoje não quero. 
Por ora, deixo aqui o link para diversas postagens deste blog sobre Marie, o Roxette, e todo esse universo musical que faz parte da minha existência.

https://aquarelasnachuva.blogspot.com/search/label/roxette




quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O público e o privado

Hoje tomei a decisão de abrir novamente o blog para acesso público. Minha animação nasceu da nostalgia: amanhã viajo para Paris para uma estadia de trabalho de 30 dias. Estou feliz pois há 10 anos (sim, tudo isso) eu morei lá por 6 meses para o doutorado sanduíche. Foi uma experiência tão marcante que ainda sinto os cheiros, a temperatura, as texturas... Muita água passou por baixo da ponte desde então, e parte disso está documento nesse blog. Estive outras vezes na Europa, e em outros lugares. Mas Paris tem um lugar muito especial na minha história. Vivi coisas bem intensas por lá e poder repetir a experiência, ainda que por 30 dias apenas, vai ser muito legal. E não é repetir, afinal eu não tenho mais 31 anos, mas 41, não sou estudante e sim professor, e muitas outras coisas mudaram na minha vida. Mas algo daquela pessoa está aqui, animada com esse retorno, e quero que essa pessoa aproveite muito esses 30 dias!
Isso tudo me fez abrir o blog novamente. Não que alguém leia, mas escrever para um público, ainda que imaginário, sempre é mais instigante. Vou tentar documentar um pouco essa viagem. Vamos ver se funciona. 
À tout à l'heure!

terça-feira, 16 de julho de 2019

C'est la vie

Faz muito tempo que esse blog deixou de ser um espaço privilegiado da minha produção escrita. A vida profissional ocupa todo esse espaço, o que não é mau. Lembro que grande parte dos textos aqui publicados falavam sobre essa incerteza sobre o futuro etc. Enfim, chegou o futuro, ao menos uma boa parte dele. A boa notícia é que muita coisa deu certo e saiu até melhor que o planejado. A má notícia é que a vida é tão mais complexa que isso não quer dizer tanto. Ou quer dizer tudo. Não sei.
Quando estava prestando meu 10º ou 11º concurso, não lembro bem, para uma vaga a qual almejava muito, minha mãe adoeceu gravemente. Por pouco não morreu. Foi horrível. Eu passei nesse concurso - olha só. Uma imensa alegria, a maior das esperadas, em meio a maior das tristezas. Bem, isso foi há três anos e em abril deste ano minha mãe se foi. Uma tristeza que não se mede. O que dizer além disso? Que a vida é assim, que a gente espera por coisas boas, por coisas ruins, e nada, nunca, é como a gente acha que vai ser. 

quarta-feira, 20 de março de 2019

Small talk

O marcador small talk neste blog nasceu para classificar postagens como essa, que não tem necessariamente um assunto específico. Poderia se chamar divagações, mas eu gosto de small talk, que pode ser traduzido com conversa fiada, conversa trivial etc. A inspiração vem de uma música homônima da dupla Roxette, do seu álbum Joyride (1991). Nem é uma música de sucesso, mas é animada e eu gosto. A ideia é que muitas vezes são nas conversas mais triviais que a gente resolve grandes questões. A vida não pode depender de grandes momentos para seguir. O cotidiano, o dia-a-dia, o arroz com feijão, é a base de nossa existência. Há meses eu não escrevo aqui. O blog nem é mais público, escrevo para mim mesmo. Totalmente sem sentido! Mas nada garante que eu vá deixar isso sempre assim. Hoje estou extremamente cansado. Quarta-feira, às vezes, é um dia bem puxado no trabalho, fico na universidade os três turnos. Mas é tão bom poder dizer isso. Agora são quase 22 horas. Hoje foi dia de evento, levei minha sala da pós-graduação para assistir a aula inaugural do semestre, com uma professora incrível (Lisete Arelaro). Tem horas que eu nem acredito que eu consegui o emprego dos sonhos, aquele que milhares de garotas se matariam para ter (frase do filme O Diabo Veste Prada... rs...). Mas eu tenho esse emprego, aquele que eu sonhei e que foi absurdamente difícil de conquistar. Esse blog conta um pouco dessa história, pois ele nasceu em 2007, no começo do meu doutorado. Que trajetória! Tanta coisa aconteceu de lá para cá. Nem tudo é glamour, a universidade não é a mesma. A vida de docente é muito difícil. Estamos agora em uma época em que nossa profissão é mal vista pela sociedade, que nos vê como inimigos. Nem toda a sociedade, felizmente, mas boa parte da opinião pública, muito dela formada em correntes de WhatsApp. Mas tudo vale a pena quando estou dando aulas, na relação com @s estudantes, que é o que revigora a gente. As condições não são favoráveis, a gente sempre se sente devendo algo. Não há uma estrutura que nos permita cumprir como gostaríamos nossa carreira, que é pautada por ensino, pesquisa, extensão e gestão. Mas eu não me imaginaria fazendo outra coisa. Enfim, hoje eu quis entrar aqui e falar disso. De como sou feliz por ter o trabalho que tenho, um lugar onde aprendo a cada dia, a cada aula preparada, a cada conversa com um colega ou estudante. O saldo, no fim, é positivo, mesmo com salário congelado desde que eu entrei (está congelado há 5 anos, mas eu entrei depois disso...). C'est la vie. É esperar pelo melhor, mesmo num cenário que em tudo nos assusta e nos entristece. Hoje minha conversa fiada foi essa.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Post para ninguém

Faz muito tempo que eu não escrevo nesse blog. Blog, aliás, é algo tão década de 2000 que não sei por quanto tempo o Blogger vai manter isso aqui. Ainda existem blogueirxs?
Há algum tempo eu fechei o acesso público ao blog. Não sei se pelos tempos em que vivemos, não sei se porque parei de gostar que outros lessem histórias que, ainda que filtradas, são registros de uma existência. Não tenho certeza, só que, por hoje, ele continuará fechado. Talvez um dia, a depender de muitas coisas, eu volte a abri-lo ao mundo. Por hoje, fica sendo meu universo particular, cultivado desde 2008. É muito tempo. 
Estou ficando velho mesmo.

PS: Tenho o blog desde 2007, tanto tempo que até confundi o ano.