Adoro comprar discos. Sobretudo, discos de vinil.
Desde criança, sempre foi um dos meus grandes sonhos de consumo: discos, fitas, depois CDs, DVDs... claro que, como éramos pobres, em casa não havia aparelhos de som, video-cassetes, nem nada disso. Apenas quando eu tinha uns 12 anos meu irmão apareceu e casa com um rádio gravador mono. E aquilo abriu minha mente. A música se tornou parte tão integrante da minha vida, que jamais saiu. Nunca mais parei de escutar música com regularidade. É incrível eu não saber tocar nada, e meio frustrante, também. Ano passado até comprei um violão para estudos, mas não fui muito adiante estudando sozinho. Pretendo encontrar um professor e avançar nisso.
Meu primeiro LP foi o Look Sharp!, do Roxette. Eu comprei em janeiro de 1992, quando voltei de uma viagem escolar, pois economizei uns trocos para isso. No entanto, fui ter um toca-discos em casa apenas 2 anos depois, presente de minha irmã, que comprou um melhor para ela. Meu primeiro CD foi uma coletânea do Roxette, de 1995. Fomos ter CD player em casa no ano seguinte. Em 1996 compramos um vídeo-cassete, mas claro que eu já tinha a VHS com os hits do Roxette esperando... DVD eu fui ter apenas em 2002, já morando com meu companheiro, em São Paulo, para fazer o mestrado. Também conseguimos comprar um bom aparelho de som nessa época, ele era maravilhoso: tinha um carrossel para 5 CDs! Uma ostentação! Montei uma bela coleção de CDs.
Mas eu já tinha uma pequena coleção de vinis, guardadinha em algum lugar. E daí o mundo resolveu trazer o vinil de volta e minha antiga paixão foi lentamente se acendendo novamente. Mas demorou para eu entrar nessa onda, de novo. Sobretudo porque eles voltaram como luxo, caríssimos. E as vitrolas, também. Mas, em 2017, ganhei do meu marido uma vitrolinha e, desde então, não parei mais de aumentar a minha coleção. Para mim, é uma alegria ir a uma loja de discos. Como uma criança na loja de brinquedos ou como um pinto no lixo (nunca entendi a origem dessa expressão, mas acho pitoresca). Encontrar um disco raro no meio de um monte de coisa que nada vale (para mim, claro), é como achar um tesouro. Por isso a metáfora do "garimpar". É bem isso.
Hoje vou dar uma volta pelo centro da cidade, e dar uma garimpada. Vamos ver que preciosidades encontrarei.
(Imagem: https://www.buscape.com.br/toca-discos/conteudo/melhores-toca-discos)