terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

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27 de fevereiro de 2007.

O primeiro dia de um blog. Já tive site, já tive fotolog, e tenho, até hoje, um perfil no Orkut. Com isso, vou consumindo os produtos do Google, esse gigante discreto que parece que veio para dominar esse novo "mundo real" (por que não há nada mais real do que o virtual). Outro dia, logo após instalar a internet rápida (que já soube, nem é tão rápida, existem as eternas ofertas de super-velocidade) baixei o "Google Earth", um outro produto dessa "empresa", que é tão interessante quanto assustador. Sabe por quê? Sua casa está lá! E a minha também... não pergunte quem fez isso ou quando, o que importa é que em algum momento fomos fotografados sem que alguém nos pedisse licença... não acho que isso possa ser chamado de "realidade virtual" - já não há tais barreiras. Podemos dizer que esse mundo de bites e bytes nos oferece uma "outra realidade", mas não deixa, por isso, de ser real... não mais nem menos real que qualquer outra realidade. Mas acho que já estou caindo em uma discussão que não quero realizar aqui. Toda essa conversa fiada é só pretexto para inaugurar esse blog, que nem sei se vai vingar, talvez eu o abandone antes de terminar essa postagem; talvez, pois não tenho tanta paciência para essas coisas. Vai saber... Agora, o que sei, é que tenho que dar um pulinho "ali" no orkut... preciso ler meus scraps.

3 comentários:

Cristina disse...

Eu já saí do orkut, mas pedi pra não deixarem eu deletar o blog. Gosto de escrever nele, mesmo que seja só pra consumo próprio. É uma espécie de terapia, não?
Cara, eu tenho medo do Google Earth, apesar de duvidar que encontre minha casa com ele.
beijão!

Rebecca Agra disse...

Seja bem vindo vizinho!

Flavia disse...

Tendência para historiadora, quando se é socióloga, nem sei se não é múltipla personalidade: segui minha curiosidade para ver qual o documento fundador do blog - vim parar aqui. Hmm, interessante, gosto dessa discussão: o que é virtual? Poderíamos inaugurar um ciclo de debates sobre isso. Vejo que, por exemplo, o meu "sentido de realidade" (volto a Freud sempre que há oportunidade) é bastante formado pela discussão de blogs que visito. As discussões que se leva nesse meio parecem para mim mais reais que as da Folha de São Paulo.

Por outro lado, as pessoas que discutem comigo (eu no blog deles - a casa deles - ou eles na minha casa) foram se tornando mais reais e palpaveis que as pessoas com quem me encontro, pois a discussão é mais aprofundada em assuntos - mais que muitos dos encontros ao vivo, que são permeados de como vai, como vão as crianças, etc... que são dialogos mais fadados ao trivialismo, ao superficial de nossas existências.

Mais uma consideração é a geográfica: essas pessoas que estão em pontos do espaço que eu não discirno, são mais reais para mim do que o visinho tocando rádio alto neste exato momento.

Uma consideração final, é que o que não tem existência simbólica não tem existência nas mentes humanas.