quarta-feira, 16 de abril de 2008

Medos da Infância

Ainda hoje estava pensando nos meus medos de infância. Aqueles que realmente deixam de existir quando a gente cresce (porque tem uns que ficam, como, por exemplo, o medo que eu tinha, tenho e terei de lugares altos e sem proteção). Lembrei desses:
1. Medo de dormir no total escuro: esse eu tive até uns 10 anos de idade. Eu não tinha medo de que algo fosse aparecer no escuro (pensando bem, nem poderia, já que tudo precisa de luz para aparecer... bem, talvez os fantasmas não, mas deixa pra lá); eu tinha medo da sensação de não estar vendo nada, de abrir e fechar os olhos e não ver nada além daquele escuro todo.
2. Medo de passar em cima de bueiros ou coisas do tipo, como aquelas grades que tem em algumas calçadas: eu não tinha a menor dúvida de que aquilo ia despencar – sempre evitei passar em cima daqueles troços. Hoje passo numa boa, ainda que eu esteja maior e mais pesado.
3. Medo de locais amplos onde circulam veículos, com asfalto no chão por todos os lados: eu achava errado passar em um lugar assim, era muito inseguro! Quem podia me garantir que não aparecia um ônibus e passaria por cima de mim, afinal, asfalto é lugar de automóvel, não de pedestre. Mas o fato de ter esse receio não me impedia de atravessar um estacionamento... na verdade, ninguém nunca soube desse meu medo (trata-se, aqui, de uma revelação bombástica e totalmente inédita).
4. Medo de pisar em poças d’água: acreditem, racionalmente eu sabia que não havia perigo algum, mas o reflexo do céu na água das poças, depois da chuva, dava-me a impressão de um abismo infinito. Eu sempre desviava das poças, até que um dia, cansado dessa idiotice, pulei com tudo e vi, naturalmente, que não se tratava de nenhum abismo.
Enfim, são desses quatro que eu me lembro mais. E eu não contava a ninguém essas coisas, até por saber que eram tolices... mas nessas situações eu sempre sofria, sem dúvida. E você, lembra de algum medo terrível da sua infância? Conta pra gente! Só não vale falar do Bicho-Papão ou da Boneca da Xuxa... muito clichê.

Abraços!

12 comentários:

Zrs disse...

Até para escrever sobre medos vc é poético meu amigo.
vamos lá:

Tinha um medo absurdo de porta de guarda-roupa aberta, rezava a lenda que a noite saiam fantasmas de dentro do mesmos.

Outro medo: não colocava, nem por decreto, o pé para fora da cama, rezava outra lenda que um pé para fora da cama era um sinal para que o bicho da mão peluda aparecesse e puxasse o pé dos desligados(nunca o vi, evidente, mas preferia não arriscar)Acho que não só sua mão era peluda, mas todo o resto do corpo tb.

Tb morria de medo daquelas borboletas grandes e marrons, pois uma vez sonhei que uma bem gigante (gigante mesmo) vinha me atacar, visto que eu tinha o péssimo hábito de matar suas filhas.

Tinha medo do boneco do fofão, pois rezava outra lenda que dentro do seu corpo havia um punhal.
Qual não foi a minha surpesa, anos mais tarde, qdo pude finalmemnte abrir o boneco e encontrar o tal punhal dentro do seu corpo e segurando a parte interna de sua cabeça, bizarro e real.

...Confesso que ainda não me simpatizo com as borboletas marrons, deixo sempre que posso a porta do guarda-roupa fechada e meu pezinho fica melhor acomodado dentro na cama mesmo... Ah! e fofão é um bonequinho tão feio né?! Melhor não ter em casa, kkkkk......

beijos lindo.

ART disse...

como dizem ultimamente, fiquei "causado" com essa história do boneco do fofão!
é sério grá?
credo em cruz!
arrepiei...

Olharinfoco Blog disse...

Adorei esse post dos medos. Muito sensível!!!! Abção

Zrs disse...

Dê, pior que é verdade, o negócio que segura a cabeça das bonecas é sempre um negocio reto e tal, o do fofão não, era em forma de punhal mesmo, uma pira, cortei o fofão só pra ver isso, depois joguei fora longe, ui, credo, não sei qual a intenção.... mas enfim, ô bonequinho feio!

Cristina disse...

Eu não me lembro exatamente dos meus medos... Só sei que não gostava de brincar de esconde-esconde com medo que alguém me encontrasse de repente e me assustasse. Medo de levar susto, pois é.
E medo de lagartixa, não me pergunte porquê, tenho medo até hoje, eca!
beijo!

Anônimo disse...

DE EU TAMBEM TENHO TODOS ESSES MEDOS MENOS O DA POCA DE AGUA. O MEU PROBLEMA E Q OS MEUS CONTINUAN. SO ATRAVESSO A RUA QUANDO ME SINTO SUPER SEGURA E DE ALTURA NAO PERCISO NEM FALAR...ALINE BJOS 29/04/08

Anônimo disse...

Dos medos da infância o q mais me marcou era dormir toda coberta pois alguém poderia puxar meu pé.......aiiii
Mas ao ver a foto dos "monstros s/a" fiquei imaginando eles entrando no meu quarto e me fazendo rir.....Acredito q seria legal ter visto esse filme qdo pequena!
Abraços,
Tati.

Zrs disse...

DE, sobre o prêmio, respondi lá no tópico, entra lá.

Beijos meu querido e bom frio para nós.

ART disse...

É mesmo, Tati, acho que Monstros S/A é um filme de utilidade pública!

Bruna disse...

nussa.eu compartilhava do medo 1. extamente pelas mesmas causas.
e quanto ao boneco do fofão eu não tinha medo. eu tinha pavor. e com essa história agora eu espero nunca mais ver um. credo.

Zrs disse...

Dê, cadê você????? Aparece com seus posts menino!

beijinhos lindo.

Olharinfoco Blog disse...

Dê, eu sei que você tem um gatinho, por isso lhe peço para ler meu blog. Mataram a minha hj e to me sentindo um lixo. Abço amigo...