Pense na Suécia. O que vem à sua cabeça? Provavelmente neve, neve, muita neve e pessoas loiras, de pele rosada e roupas felpudas; talvez se lembre da rainha Silvia, que é filha de uma brasileira, ou então dos altos impostos que são cobrados naquele país. De fato, pouco se sabe desse país gelado, que fica na Escandinávia, lá em cima do mundo, quase no Pólo Norte, e que é menor do que o Estado de São Paulo. No entanto, a Suécia também é lembrada por seus ícones culturais: para alguns, pelo cinema pornô, que durante muito tempo foi grande produto de exportação daquele país; para outros, pelo cinema de arte oferecido por Ingmar Bergman, que dentre a enorme lista de obras, podemos citar Det sjunde inseglet (O sétimo selo), de 1956, ou Fanny e Alexander, de 1982.
No entanto, para os apreciadores da música pop, alguns nomes que vêm à cabeça são ABBA, Roxette, ou Cardigans, grupos que, desde a década da 1970 (no caso do ABBA) trazem para o cenário da música internacional os mais variados hits, cantados não em sueco, mas em inglês, e com isso venderam, todos eles, seus milhões e milhões de discos (li outro dia que o ABBA vende, até hoje, 3 milhões de álbuns por ano!). O Roxette, que completou 20 anos de carreira em 2006, ao contrário do que muitos pensam, continua existindo, contabilizando mais de 70 milhões de discos vendidos. Conhecido sobretudo por suas baladas românticas, o Roxette se tornou um dos principais produtos de exportação da Suécia, mas o que pouca gente sabe é que os seus componentes, Per Gessle (1959) e Marie Fredriksson (1958) possuem carreiras paralelas, com canções em sueco, que, especialmente no caso de Marie, diferem do som power-pop do Roxette, com canções menos comerciais. Falemos, então, um pouco mais sobre os trabalhos solo de Marie.
No entanto, para os apreciadores da música pop, alguns nomes que vêm à cabeça são ABBA, Roxette, ou Cardigans, grupos que, desde a década da 1970 (no caso do ABBA) trazem para o cenário da música internacional os mais variados hits, cantados não em sueco, mas em inglês, e com isso venderam, todos eles, seus milhões e milhões de discos (li outro dia que o ABBA vende, até hoje, 3 milhões de álbuns por ano!). O Roxette, que completou 20 anos de carreira em 2006, ao contrário do que muitos pensam, continua existindo, contabilizando mais de 70 milhões de discos vendidos. Conhecido sobretudo por suas baladas românticas, o Roxette se tornou um dos principais produtos de exportação da Suécia, mas o que pouca gente sabe é que os seus componentes, Per Gessle (1959) e Marie Fredriksson (1958) possuem carreiras paralelas, com canções em sueco, que, especialmente no caso de Marie, diferem do som power-pop do Roxette, com canções menos comerciais. Falemos, então, um pouco mais sobre os trabalhos solo de Marie.
Quando o Roxette surgiu, em 1986, Marie já era conhecia na Suécia, graças aos seus primeiros álbuns, Het Wind, de 1984, e Den sjunde vågen, de 1985. Ao compor o Roxette, junto com Per Gessle, Marie ficaria famosa no mundo todo cantando sucessos como The look, It must have been love ou Listen to your heart, mas isso não afetaria seu estilo nos trabalhos solo. Em 1992 lança Den ständiga resan, e em 1996 I en tid som vår, um dos seus mais belos trabalhos. A música título anuncia, como faixa de abertura, a sutileza que está por vir ao longo das outras 9 músicas. Destaque para Tro e Mild varm vår, que, com sua toada pesada e profunda, conduzida por violinos e pianos, revela a influência gospel de Marie, em uma canção carregada de emoção. No ano 2000 Marie lançou uma coletânea, Äntligen - Marie Fredrikssons bästa 1984-2000, com 17 músicas, das quais duas eram novas, Äntligen, e Det som var nu (dueto com Patrik Isaksson), sendo esta última uma das mais belas canções do álbum. Em 2003, para o desespero de milhares fãs, Marie descobre um tumor maligno em seu cérebro, mas consegue superar a doença, e volta ao cenário musical em 2004, com seu primeiro álbum totalmente composto em inglês, The Change (A mudança), cujo título já adianta a atmosfera do trabalho: por conta da doença, e de todo sofrimento, Marie criou um disco autobiográfico, com canções por vezes melancólicas e carregadas de certa dissonância, como percebemos na canção The change ou em 2nd Chance (2ª Chance), quando Marie agradece a Deus pela nova chance de viver. Muito criticada justamente pelo teor autobiográfico do trabalho, o que se tem, na verdade, é um belo álbum, sincero e profundo. Os destaques são The Change, The Good Life e Bad Moon, esta última originalmente escrita para o álbum de 2001 do Roxette, Room Service, mas deixada de lado no trabalho final. Em 2006 Marie lançou um outro álbum, todo em sueco, com covers de canções que ela gostava de ouvir na década de 1970, chamado Min bäste vän. Esse trabalho vem como complemento para The Change: no lugar da melancolia, uma pitada de descontração, com músicas alegres e ensolaradas. Infelizmente, com exceção de The Change, nenhum desses trabalhos de Marie foram comercializados no Brasil. Porém, tendo a oportunidade, ouça algum desses álbuns, e perceba que Marie Fredriksson é bem mais do que podemos ver em seus trabalhos no Roxette. Uma sutileza nórdica.
Um comentário:
Eu sempre me interessei pelas coisas da Europa, de uma maneira geral. Gosto de ABBA desde que me conheço por gente, e já fui uma entusiasmada fã adolescente do A-Ha rs.
A Marie sempre me passou uma imagem de tranquilidade e sutileza, como você descreve... deve ser mágico ouvi-la em sueco. ;]
Postar um comentário