sábado, 16 de maio de 2009

Paranóia – ou não

Recebi um daqueles e-mails que falam sobre os riscos dos perfis públicos na internet, seja Orkut, Facebook, Twitter ou outros do gênero. Falava sobre o perigo de tornar a vida pública demais, em um mundo em que o perigo ronda, esperando o momento oportuno para dar seu golpe fatal. Em parte isso é verdade, não acho muito seguro deixar o número de telefone em um perfil público, nem mesmo dar detalhes sobre sua vida pessoal ou profissional. Mas será que é preciso ser radical?

Eu mesmo tenho vários perfils virtuais. Aqui no blog, por exemplo, não sou fake, meus amigos próximos sabem que esse espaço é meu. Da mesma forma tenho um perfil no Orkut e um no Twitter – nenhum deles é fake. Mas isso não significa que utilizo o espaço para descrever minha vida, fornecer dados pessoais ou informações que ninguém precisa ver na net. Mas isso não impede que estejamos expostos aos riscos do mundo, conheço gente que nem e-mail tem e já foi assaltado. As coisas não estão necessariamente ligadas.

Fora isso, é muito difícil não ter, mesmo que involuntariamente, algum tipo de informação sobre você na internet – já tentou jogar seu nome no Google? Bem, eu já e encontrei muita coisa sobre mim, sem que fosse algo que eu tivesse escrito. No caso, como sou do meio acadêmico (vixi, olha eu dando informações pessoais aqui), isso é inevitável. Nesse caso, eu querendo ou não vai haver coisas sobre mim rolando por aí. Faz parte do metier.

Mas é claro que alguns cuidados podem ser tomados. Evito colocar fotos na rede, e se faço é com discrição e pouca descrição. Apenas quem sabe do que se trata irá entender. Endereço, telefone, coisas assim, nem pensar – isso realmente é uma loucura.

Ou seja: que o mundo é perigoso, e muitas pessoas também, isso é um fato. Mas ficar trancado em casa com o computador desligado não vai ajudar muito. Como sempre digo, sobre uma série de coisas, bom senso é a medida.

3 comentários:

Lu. disse...

Os meus perfis são mínimos, e o restante é fake. Não é bem por causa dos prováveis golpes, e sim para manter uma privacidade e liberdade de me expressar sem ter gente que conheço lendo. :P

Alexandre disse...

Concordo. Como tudo na vida, sempre devemos ir tendente ao meio termo.

Eu também tenho blog, perfis, e-mails nada anônimos. Nem por isso sofri qualquer coisa mais grave. Só uma irmã de uma amiga que não me conhecia chegou um dia no meu orkut dizendo: "eu vi você no show do Radiohead!". rs Fora isso. Bom senso é o mote.

Unknown disse...

Eu já experimentei colocar meu nome no google e descobri uma Márcia Antonio que colaborou com a campanha do Barack Obama (U$200,00 eu acho). Fora as outras 4.840.000 citações!!
Mas, de verdade, acho que nenhuma espécie de radicalismo é saudável; mas se preservar um pouco no mundo virtual faz bem, especialmente no que diz respeito à crianças.
Beijo