domingo, 10 de dezembro de 2023

Quatro anos sem Marie Fredriksson

Quase deixo passar, mas faz 4 anos que o mundo perdeu Marie Fredriksson, mais conhecida mundialmente como "Roxette", nome da dupla sueca da qual faz parte, junto com Per Gessle, desde 1986. Comcei a ouvir o Roxette em 1992, por conta da atenção que me despertou a música "Spending My Time", então parte da trilha sonora da novela "Perigosas Peruas". Na época eu começava a me tornar um maníaco por música pop, e ouvir essa balada me fez buscar tudo o que pudesse encontrar sobre eles. E me tornei um fã fiel, tão fiel que até hoje coleciono tudo o que consigo encontrar. Mas certamente foi a voz de Marie que me encantou no começo, e até hoje me encanta. Dona de uma biografia marcada por pobreza e sofrimento, Marie alcançou o sucesso em sua terra natal, a Suécia, em 1984, com o LP "Het Vind", especialmente com a música "Ännu doftar kärlek". Em 1986, uniu forças com Per Gessle e formou o Roxette, mas o sucesso mundial veio apenas em 1989, com o hit "The Look". O resto é história. Google it. Em 2002 Marie descobriu um tumor cerebral, do qual se livrou com um tratamento severo, mas cujas sequelas a levou à morte em 2019, no dia 09 de dezembro. O mundo só veio a saber disso no dia seguinte. Eu estava em Paris, para uma viagem de trabalho. Para mim, não foi nada diferente da notícia da perda de um ente querido. Marie era para mim mais do que um parente. Ela simbolizava tantas coisas, que nem saberia escrever aqui. Sofri muito. Foi o mesmo ano em que perdi minha mãe. Por isso, 2019 foi especialmente triste para mim. Pensei que jamais conseguiria ouvir Marie ou o Roxette novamente, mas a verdade é que preciso de sua voz, da energia que emerge de suas canções. Não acredito que haja vida espirtual após à morte, do modo como algumas religiões ensinam. Sou um cientista. Mas eu acredito na sobrevivência de imagens e sons, por meio daquilo que os viventes realizam. No caso de Marie, sua voz sobrevive no caos do mundo, e ainda enche minha vida de cores e luzes vibrantes. Se há algo mais próximo da eternidade, duvido.



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