segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Sociologia, amigos e uma peteca

A vida é mesmo uma correria - quanto a isso não há dúvidas. A minha, nesses últimos tempos, não tem fugido à regra, e o tempo parece sempre mais e mais curto (e tenho plena convicção de que na cidade de São Paulo o tempo passa muito mais rápido). Quando vejo, estou imerso em uma rotina de dormir, acordar, tomar café, lidar com os afazeres domésticos, ir pra faculdade, assistir aula, ir à biblioteca, procurar livros, ler os livros, anotar tudo o que me interessa sobre os livros, sair da faculdade, ir pra casa, e mais afazeres domésticos, e tentar dormir pra, no outro dia, fazer tudo de novo... e isso é bom. Afinal, como bom taurino, gosto de rotinas que promovam alguma estabilidade no cotidiano (não que eu acredite em astrologia, longe disso, até porque os taurinos, conhecidos por seu materialismo, não dão bola pra esse tipo de superstição); mas, sem me dar conta, ao me envolver tanto com essas rotinas, especialmente na atmosfera da metrópole, por vezes esqueço de separar um tempinho para coisas simples como visitar ou receber amigos ou viajar para ver os familiares, por exemplo. E quando faço isso, me sinto imensamente bem, e recarrego as baterias para voltar à minha doce rotina.
Nesse último fim de semana estive no interior e foi uma maravilha. Revi meus familiares, fiz novos amigos, e até joguei peteca na casa de uma prima (detalhe: o mais novo na "roda" tinha 14 anos e o mais velho, 35! - eu tenho 29, caso alguém esteja curioso a esse respeito), e foi sensacional! Estava um calor horroroso, e no meio do jogo começou a chover, o que teve cara de celebração... foi muito legal. Outras coisas legais aconteceram, estive com muitas pessoas que amo, e isso é o melhor de tudo (sinto apenas não ter conseguido visitar todos os amigos queridos, mas um final de semana realmente é pouco). Fizemos ainda muitas outras coisas, apesar dos dias quentes que deixavam a gente passando mal de verdade, mas a chuva veio em boa hora e lavou nosso mal-estar! Encerramos o dia na casa da minha irmã jogando "Master", e fomos dormir. Foi tudo muito lúdico e meio mágico, talvez porque tenha sido tudo muito simples.
Hoje estou voltando às rotinas de sempre, já li até um texto interessante do sociólogo Pierre Bourdieu, que de simples não tem nada. Mas isso faz parte do "jogo"- um jogo que eu gosto: o do saber. Mas, com certeza, esse jogo é apenas uma parte da minha vida. O que eu pretendo sempre lembrar é que entre um livro e outro, há sempre um tempinho para um jogo de peteca entre amigos. Carpe Diem!

2 comentários:

Cristina disse...

E tem gente que fica esperando tanta coisa pra ser feliz, né? :]
beijão!

Anônimo disse...

Perdõe a curiosidade mas vc é taurino de que dia e mês?

Sou atraída "com todo respeito" por taurinos... por isso já sentia que tínhamos coisas em comum como o gosto pela estabilidade e rotina.
Leio algumas coisas em seu Blog e de certa forma partilho algumas de suas expecttivas...
Beijos