sábado, 18 de agosto de 2007

Roxette Review - Parte 2 (1993-1997)


(... continuação).

Em 1993, o Roxette compõe mais uma trilha sonora para o cinema. Trata-se da balada Almost Unreal, no filme Super Mario Bros. A música lembra muito o som do Roxette de 1991, com teclados e guitarras, ao ponto do seu compositor, Per Gessle, dizer trata-se de uma autoparódia. Originalmente, a música deveria entrar no filme Abracadabra (Hoccus Poccus), com Betty Middler, mas acabou caindo naquela porcaria que pouca gente teve o desprazer de assistir! A música, contudo, é bem interessante, e fez muito sucesso na Inglaterra. O vídeo, especialmente a versão sem cenas do filme, é interessante e merece uma espiada (disponível no VHS Don't bore Us - Get to the chorus! - Roxettes's Greatest Video Hits, de 1995 e em The Rox Box - 86-06). Contudo, nesse ano o Roxette começa a testar uma certa mudança em sua sonoridade, como pode ser visto na faixa 2 Cinnamon Street, da mesma trilha, e nas músicas do álbum de 1994, Crash! Boom! Bang!.


1994 - Crash! Boom! Bang!

Trata-se do álbum que trouxe o Roxette de volta ao cenário pop internacional. Repleto de guitarras e baterias, Crash! Boom! Bang! veio com força total e mostrou como um pop de qualidade pode ser feito. Nos show da turnê, o que se via era uma respeitável performance de rock, com duas baterias e muitas guiatarras em alto e bom som. Além da guitarras mais altas, a dupla inaugurou um novo visual que deixou muitos fãs assustados no começo, com Per de cabelos mais longos e loiros, e Marie com a cabeça raspada. O álbum teve cinco músicas de trabalho (singles), que foram Sleeping in my car, Crash! Boom! Bang!, Fireworks, Run to you e Vulnerable, todos muito bem sucedidos. No Brasil, na ocasião da vinda da dupla na turnê originária desse álbum, a música I'm sorry bateu recordes de execução em rádios, sem que ao menos a dupla ou mesmo a gravadora tivessem planejado. De maneira geral, o trabalho todo é ótimo e mostra um Roxette maduro, mas fiel ao pop-rock que os conduziu ao estrelato internacional. Minha favorita do disco é Crash! Boom! Bang!, balada que recebeu um clipe não menos interessante. Trata-se de um dos meus discos favoritos.

1995 - Rarities
Como o nome já adianta, o álbum traz composições raras da dupla, como versões demos, remixes, inéditas e faixas do MTV Unplugged, gravado pela banda em 1993, na Suécia. A maioria das faixas encontravam-se espalhadas em singles, que não são lançados no mercado brasileiro - por conta disso, esse CD foi lançado apenas no Brasil e em alguns países da Ásia. Destaque para as inéditas The sweet hello, the sad goodbye e The voice, e para as faixas do unplugged. Hoje em dia é realmente uma raridade, pois ficou apenas um ano no catálogo da gravadora EMI no Brasil. A compilação é do próprio Per Gessle.

1995 - Don't bore us - get to the chorus! Roxette's Greatest Hits
Em seu nono aniversário (por que não décimo?), a dupla laçou sua primeira coletânea de sucessos - uma obra prima, pois, de fato, todas as músicas selecionadas (14) foram hits indiscutíveis. Talvez merecem estar lá também as músicas Run to you e Fireworks, mas como eram do disco de 1994, talvez atrapalhassem suas vendas, já que ainda estava em catálogo. O CD trazia ainda quatro faixas inéditas, todas muito boas: June afternoon, You don't undertand me, She doesn't live here anymore e I don't want to get hurt. As três primeiras foram single e tiveram clipe, mas o grande sucesso no Brasil foi mesmo I don't want to get hurt - certamente, a mais bela entre todas.

1997- Baladas en español
No início, foi muito empolgante imaginar como seria Marie ou Per cantando em uma lingua tão parecida com o português, e, realmente, por algum tempo, foi. Mas das músicas selecionadas, talvez duas ou três acabaram recebendo uma versão minimamente razoável... o restante foi um fiasco. Acho que se a dupla tivesse se interessado em saber o que afinal estavam cantando, não teriam feito aquelas coisas. Acho que a intensão foi boa, afinal o ABBA também fez isso para "agradar" os fãs latino-americanos, e talvez o Roxette quisesse fazer o mesmo. Agora, para quem não se importa com as versões bobíssimas, o CD traz uma interessante coleção de músicas mais lentas da banda. Acho que salvam-se, apenas, e com ressalvas, Como lluvia en el cristal (Watercolours in the rain), Un dia sin ti (Spending my time) e No se si es amor (It must have been love). Ah, e mesmo sem saber o que estavam dizendo, a pronúncia da dupla ficou ótima... pelo menos!




(tem continuação...)

2 comentários:

Cristina disse...

Eu acho que me lembro de alguma música deles em espanhol... rs

ART disse...

então já pode esquecer!
hahahah