Você conhece Per Gessle? Trata-se de um cantor, compositor e produtor nascido em Hamstad, Suécia, em 1959, que começou sua carreira nos anos 70, influenciado pelo new wave e punk rock da época (como o som do Blondie, por exemplo). Começou sua carreira na banda Gyllene Tider, que fez bastante sucesso por toda a Escandinávia. Em meados dos anos 80 partiu para carreira solo, e em 1986 uniu forças com Marie Fredriksson e formou a dupla Roxette (um projeto internacional), onde ele seria o principal compositor durante toda a sua existência. Assim como Marie, Per tem uma carreira solo paralela, e é sobre ela que quero falar aqui.
Após muitos anos de dedicação quase que exclusiva ao Roxette, Per Gessle voltou a dedicar-se aos projetos solo. Em 1997 lançou mundialmente um álbum solo em inglês, The world according to Gessle, recheado de canções pop-rock de primeira qualidade. Os destaques do álbum foram Kix, Do you wanna be my baby e I want you to know. Mas todo o CD é ótimo, com muitas guitarras, baterias de respeito e músicas divertidas. Destaques também para a irônica Reporter, que faz uma crítica à midia sensacionalista e Elvis in Germany, cheia de boas vibrações. Apesar da qualidade, o trabalho não teve boa recepção no mercado brasileiro, o que foi uma pena.
Em 2003 Per arrisca lançar um álbum solo inédito em sueco, algo que não fazia desde 1985. E para sua surpresa foi sucesso imediato, levando-o de volta aos primeiros lugares nas listas suecas, resultando em uma turnê muito bem sucedida. O mesmo aconteceu com Son of a plumber, álbum duplo gravado em inglês, de caráter autobiográfico e melodias de altíssima qualidade. Baseado na sonoridade da década de 70, o disco confirma o talento do músico para compor um power-pop de qualidade, em tudo distinto do que se ouve atualmente no mercado musical. Duas particularidades do trabalho: primeiramente, Per não assina o álbum, mas coloca apenas o nome Son of a plumber, claramente um pseudônimo ligado às suas origens, uma vez que seu pai era encanador. Outro detalhe é a participação especial da cantora sueca Helena Josefsson, cuja voz cai como uma luva nas composições (mas nada parecido com o trabalho no Roxette, ao lado de Marie - são coisas bem distintas). O projeto foi premiadíssimo e muito bem comentado pela crítica especializada. As minha favoritas do disco são Jo-Anna says, I have a party in my Head (I hope it never ends), Hey Mr DJ (Won't you play another love song) e Making love or expecting rain (onde ele arrisca uns versos em francês). Mas todas são muito boas. Uma pena é que o CD foi lançado apenas na Europa. No começo de 2007 Per lança En händig man, outro álbum em sueco, não menos bem sucedido que os anteriores.
Enfim, Per Gessle é um dos poucos músicos que vieram da década de 70 e mantiveram suas raízes, fazendo um pop-rock de qualidade, tanto em sueco como em inglês.
Agora ele está envolvido com uma continuação do projeto Son of plumber, e, certamente, podemos esperar coisas muito boas por aí!
Um comentário:
O que eu conheço de músicos nórdicos são o Roxette mesmo, o A-ha e o The Raveonettes. Acho que tem muita gente talentosa por aqueles lados, mas a maioria que chega aos nossos ouvidos são os de metal rs
beijo!
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