Apesar do título da postagem, não vou falar sobre o livro do sociólogo Norbert Elias e muito menos sobre a música do Pato Fu. Afinal, o autor aqui sou eu e vou abusar desse privilégio concedido pelo blogspot!
Hoje é o último dia de janeiro de 2009. Fica a sensação de que eu poderia ter feito mais coisas, dormido mais cedo, acordado mais cedo, bebido mais água, feito mais exercícios e coisas assim. Aí vem fevereiro, o mês mais curto do ano, ironicamente aquele que eu gostaria que fosse o maior, a julgar por ser o último mês para que eu cumpra algumas tarefas (leia-se relatórios da tese). Daí me lembro que esse é o terceiro ano de doutorado, e que meu prazo inicial para terminar tudo é daqui um ano, renovável por mais um, "dependendo dos relatórios", desses, que eu tenho que entregar dois em março. Eles determinam algumas coisas, por isso a peso que tomam na vida acadêmica.
Bem, e daí? você pode perguntar, e eu respondo: sei lá! O que sei é que ao optar racional e emocionalmente pelo doutorado, eu sabia que era isso que eu queria da vida. Larguei meu emprego anterior e caí de cabeça nessa história. A questão que vai ficando maior é: o que fazer depois que acabar? Terei emprego? Vai saber, mas prefiro pensar que sim!
O fato é que eu gosto do que faço, e faço com muita alegria. Claro que há as cobranças, os prazos, e a exposição pública, etc. Mas há também o prazer de trabalhar pelo conhecimento, o que, no fundo, é um super privilégio, que eu valorizo muito.
Mas a verdade é que o tempo é que assusta... parece que ele passa rápido demais. Nesse caso, é um caso de correr contra o tempo, mesmo. Isso é que assusta, é tudo tão rápido que não temos "tempo" suficiente pra pensar.
Bem, mas acho que esse é o problema de todo mundo. Faz muito tempo que o ser humano deixou de orientar-se pelo tempo da natureza... nascer do sol, pôr-do-sol, estações do ano, fases da lua, etc. Quem manda é o relógio, e nada de discutir com a precisão das horas!
Mas enfim, eu não saberia fazer uma discussão interessante sobre o tempo e tal - melhor indicar a leitura do Elias, mesmo. E pra terminar, ok, duas letras do Pato Fu sobre o tema, com perspectivas diferentes:
Bem, e daí? você pode perguntar, e eu respondo: sei lá! O que sei é que ao optar racional e emocionalmente pelo doutorado, eu sabia que era isso que eu queria da vida. Larguei meu emprego anterior e caí de cabeça nessa história. A questão que vai ficando maior é: o que fazer depois que acabar? Terei emprego? Vai saber, mas prefiro pensar que sim!
O fato é que eu gosto do que faço, e faço com muita alegria. Claro que há as cobranças, os prazos, e a exposição pública, etc. Mas há também o prazer de trabalhar pelo conhecimento, o que, no fundo, é um super privilégio, que eu valorizo muito.
Mas a verdade é que o tempo é que assusta... parece que ele passa rápido demais. Nesse caso, é um caso de correr contra o tempo, mesmo. Isso é que assusta, é tudo tão rápido que não temos "tempo" suficiente pra pensar.
Bem, mas acho que esse é o problema de todo mundo. Faz muito tempo que o ser humano deixou de orientar-se pelo tempo da natureza... nascer do sol, pôr-do-sol, estações do ano, fases da lua, etc. Quem manda é o relógio, e nada de discutir com a precisão das horas!
Mas enfim, eu não saberia fazer uma discussão interessante sobre o tempo e tal - melhor indicar a leitura do Elias, mesmo. E pra terminar, ok, duas letras do Pato Fu sobre o tema, com perspectivas diferentes:
Sobre o tempo (1993)
Tempo, tempo mano velho,
falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã
Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai
Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final
A verdade sobre o tempo (2008)
Ele pensa que a vida ficou pra trás
Então finge que nem liga que tanto faz
Ou não, ou não, a vida é como um gás
Só um sopro, só um vento, nada mais
E o ar que já lhe passou pelos pulmões
De tão velho já quer ir descansar
Daqui pro futuro falta só um piscar
Que é pro tempo não mais nos enganar
Ele agora vê que o tempo é uma ilusão
E o passado são as linhas em suas mãos
Ou não, ou não, a vida é muito mais
Que os dias, que os deuses, que jornais
E o ar que já lhe passou pelos pulmões
De tão velho já quer ir descansar
Daqui pro futuro falta só um piscar
Que é pro tempo não mais nos enganar
Ou não, ou não, a vida é como um gás
Só um sopro, só um vento, nada mais
Tempo, tempo mano velho,
falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã
Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai
Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final
A verdade sobre o tempo (2008)
Ele pensa que a vida ficou pra trás
Então finge que nem liga que tanto faz
Ou não, ou não, a vida é como um gás
Só um sopro, só um vento, nada mais
E o ar que já lhe passou pelos pulmões
De tão velho já quer ir descansar
Daqui pro futuro falta só um piscar
Que é pro tempo não mais nos enganar
Ele agora vê que o tempo é uma ilusão
E o passado são as linhas em suas mãos
Ou não, ou não, a vida é muito mais
Que os dias, que os deuses, que jornais
E o ar que já lhe passou pelos pulmões
De tão velho já quer ir descansar
Daqui pro futuro falta só um piscar
Que é pro tempo não mais nos enganar
Ou não, ou não, a vida é como um gás
Só um sopro, só um vento, nada mais
Salvador Dali: A persistência da memória
1931. Óleo sobre tela, 24,1 x 33 cm.
1931. Óleo sobre tela, 24,1 x 33 cm.
Um comentário:
É. O tempo ocidental, domesticado nos persegue. Tenho medo dele tbm
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