quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Ela

Já que o assunto é música pop, eu não posso evitar falar dela, que completa 50 anos de idade e virá ao Brasil no final desse ano: Madonna. Você pode não gostar, você pode até odiar, mas você não pode ignorar sua existência. Até minha mãe conhece a Madonna!
Eu não sou nem nunca fui um grande fã seu, mas tem coisas delas que gosto e ainda escuto. Das coisas mais antigas, eu gosto do disco Like a prayer. Já de sua fase Erotica, no início dos anos 90, eu gosto muito de Rain e Deeper and deeeper, mas acho que fica por aí. Em 1994 lembro que ela colocou um piercing falso no nariz e fez um disco tosco, que foi o Bedtime Stories, que terminava com a chatíssima Take a bow. E o tempo passou. Mas no final da década a musa deu uma virada, e pra melhor, e concebeu seu melhor trabalho, ao menos para mim: Ray of light, baseado numa toada mais tecno, porém refinado e muito bem produzido. Sua voz também melhorou muito. Com o CD Music ela embrenhou-se numa atmosfera country, mas não menos dançante. Depois viria um CD temático, American life, que tentava, a seu modo, criticar por dentro o modo de vida americano. Bobagem, ninguém é mais americano que Madonna... mas o disco traz coisas bacanas como a música Love profusion – talvez só isso, aliás. Depois viria uma ode à disco music com o álbum Confessions on the dance floor, que eu gostei, é realmente divertido, especialmente Jump e Sorry, perfeitas pra uma festa.
Mas aí a loura se empolgou e agora lançou um disco de black-music. Na onda dos produtores famosos desse mercado, ela fez pareceria com Justin Timberlake, em uma faixa até engraçadinha, 4 minutes. Ok, todos aqui sabemos que tudo é ditado pelo mercado, bla bla bla, mas chega a ser ridículo uma artista do nível dela se sujeitar a trabalhar ao lado de um ídolo teen, como o Justin, para se manter em evidência. Fora isso, as músicas são muito parecidas com tudo o que já toca por aí aos quatro cantos nas bocas de cantoras mirins como Britney Spears. Madonna sempre inventou as modas, muitas vezes quebrou a cara com isso, mas era um tipo de vanguarda. Agora não, ela está seguindo a maré, indo pelo caminho mais fácil e garantido: música da moçadinha, um produtor famoso, um ídolo teen de rostinho bonito.
Mas tudo bem, apesar desse tropeço, não serei eu a tirar a coroa da rainha do pop. Afinal, não é pra qualquer uma manter-se na realeza por tanto tempo...


3 comentários:

Cristina disse...

Eu tbém tinha pensado em escrever sobre ela, mas depois deu preguiça rs. Gosto da Madonna, mas da fase em que ela era mais "louca", nos 80´s (até o disco "Erotica"). O "Ray of light" é bom tbém (é do mesmo produtor do "13" do Blur, sabia?).
Não vou ao show dela - até iria, mas sabe como é, estou c/ sérias restrições orçamentárias rs.

ART disse...

citando:
"Não vou ao show dela - até iria, mas sabe como é, estou c/ sérias restrições orçamentárias rs." idem...

Anônimo disse...

Até que enfim tive tempo de começar a ler seu blog. Bom gosto e elegância, as usual.Com relação à Madonna, acho sinceramente que este CD dela foi desnecessário. Ela poderia ter ficado no Confessions...Cd delicioso. Este é pobre, chatinho e tem Timbaland, o que para mim descredenciou a rainha pop. Ela vendeu barato, para uma modinha pouco criativa, o grande talento criador que a define. Porém, ainda lhe faço as honras.Ela é poderosa. Infelizmente, meu bolso não chega nem perto de tal poder...No way, assisto o DVD em casa! rs