quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Meu reencontro com Ally McBeal (post final)

(Atenção: contém spoillers)

Em outro post eu comentava sobre meu reencontro com Ally McBeal, que ainda estava no começo. Ontem assisti ao último episódio da última temporada e acho que é hora de encerrar esse assunto por aqui.
De maneira geral, gostei de assistir novamente a série, mesmo porque na época eu via um episódio lá, um cá, e parece que no Brasil foram veiculadas apenas três temporadas, mesmo.
Como eu falei antes, a série é divertida e vale a pena, logo de cara criamos empatia com os persoangens. Há certa carga dramática, de algum modo todos eles são muito solitários e parecem ter grande dificuldade em firmarem-se em relacionamentos, o que acaba norteando a maioria das histórias.
As primeiras temporadas são as melhores, a segunda é o ápice, onde tudo é mais dinâmico e divertido. Na terceira as coisas começam a ficar monótonas, e por conta disso a carga dramática é maior e a "neurose" de Ally também. Tudo começa a ficar repetitivo, e o útimo episódio é mesmo ruim - a última cena é patética.
A quarta temporada dá uma revirada nas coisas. Aparece na história o advogado Larry (Robert Downey Jr), por quem Ally irá se apaixonar e apostar todas as suas fichas. Isso irá revitalizar a série, que poderia ter continuado no mesmo ritmo não fosse a saída abrupta de Downey Jr, que na época teve problemas com uso de drogas e precisou se afastar. Nem o "mundo real" poupou a personagem Ally, que acabou a temporada sozinha.
A quinta temporada começa com dois pés esquerdos. Primeiramente pelo sumiço de vários personagens, sem maiores explicações, algo que já acontecia antes, mas não de forma tão evidente. Figuras importantes como Renee e Georgia simplesmente saem de cena e voltam apenas no último episódio, assim como John e Ling, que se tornam atores convidados em um espisódio ou outro após a metade da temporada. Novos personagens surgem, e, do mesmo jeito que aparecem, somem. Isso fragiliza a história. Mas nem tudo está perdido. Nessa temporada os persoagens mostram-se mais maduros, e por conta disso há menos piadas, o que não é de todo o mal. Alguns episódios são mesmo excelentes, especialmente a partir do sétimo (tenha paciência até lá, pois dá mesmo vontade de parar logo no segundo). Da metade da temporada para o final as coisas realmente parecem mais sérias, e talvez por isso surjam alguns personagens palhaços para cumprir a função do riso, como a exótica Senhora Clarie Otons, que se torna assistente de Richard. Até o cantor Jon Bon Jovi (!) aparece como par romântico de Ally, o que, claro, acaba não vingando, mas cumpre uma função na trama. O final é interessante, direto e simples (que eu tinha contado aqui mas apaguei - é legal assistir). Apesar dos clichês e de alguns "americanismos" excessivos, é bem feito, maduro e emocionante. Acho que valeu a pena. Fica aqui a dica.
Bygones.


Um comentário:

Ana Flávia disse...

Concordo plenamente com você Anderson! tô vendo a quinta temporada e simplesmente emputecida como é que tiram Renne sem dar nenhum explicação...não tô curtindo muito a galera novata que entrou, exceto pelo terapeuta dela que vive pedindo a mão dela, kkkk. Adorooooooo o terapeuta. Também achei que deram uma reduzida boa no papel de Elaine. Pensei que não fosse sofrer mais nessa série depois da morte de Billy, mas a partida de Larry está me fazendo sofrer demais, tanto que fui para internet procurar uma explicação lógica e descobri a parada com drogas do ator, estou tentando me acostumar...