quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Yea Yea Yea!

Escrevo isso aqui enquanto escuto o batido e delicioso refrão de How do you do!, na voz inconfundível de Marie Fredriksson. Só quem foi adolescente no início dos anos 90 para entender o que estou dizendo. Quem viveu na época é não conhece Rá-díú-iú-diú? Pergunte pra sua mãe, ela vai saber do que estou falando! E que tempo bom... meus 14 anos foram tudo de bom nesse sentido.
O Roxette, com suas músicas simples, que falavam de amores, diversão e dias de sol, me introduziram no mundo da música pop e de lá nunca mais saí. Mas com um adendo: nem tudo que é pop tem, para mim, a mesma conotação. Para mim, o Roxette está entre os nomes importantes do pop, que incluo sem medo Madonna, Michael Jackson, ou seus antecedentes clássicos, como o Abba e os Beattles. Misturo as coisas porque assim elas me parecem. Ponto.
O Roxette, ao longo de mais de 20 anos de estrada, mostrou ao mundo um tipo de pop maduro, que agrada pessoaos dos 3 aos 103 anos, e sintetiza boa parte de tudo o que constitui a história do rock. Per Gessle, dono de uma voz muito criticada pelos falsetes nem sempre bem sucedidos, é, por outro lado, dono de uma mente brilhante que sabe transformar as coisas que ele gosta de ouvir em um som original. Uma apropriação criativa.
A maioria dos detratores do Roxette vinculam a dupla imediatamente aos hits radiofônicos - especialmente baladas como Listen to your heart, It must have been love e Spending my time - o que é justificável, mas revela um limite de compreensão. Há muito mais naquele território que pode ser explorado, e descrobir-se-á batidas pesadas como em Harleys & Indians e Lies do disco Crash! Boom! Bang! (1994), as dançantes Stars e Crush on you, do polêmico Have a nice day (1999), e as acústicas e tristes Never is a long time e So far away, do Tourism (1992). E por aí vai.
Acho tolo quem, pretendendo-se intelectual, culto e antenado, chega às raias do senso comum ao entender o Roxette como algo "brega" - o que quer que isso signifique.
Enfim, o Roxette, para mim, é o que mais sintetiza um pop adulto, de qualidade, calcado nas melhores tradições do rock, folk, new-wave e disco music. E, sim, ainda ouço nos meus (raros) momentos de tempo livre. E canto, sem medo nem vergonha nessa cara trintona: na na na na na na .... she's got the look!




Um comentário:

Aline-NC disse...

Hum... me deu uma vontade de ouvir mais Roxette ainda! :)
Eu gosto do "polêmico" Have a Nice Day, "Wish I Could Fly" é uma das coisas mais lindas que eles fizeram. E "Cooper". Ah, claro "Anyone". Bem, um dia eu tenho que fazer um post sobre eles, não cabe aqui hehe
ah, se você quiser se assustar, procura um cover que fizeram de "How do you do", chamado "How do you die". MEDO!