terça-feira, 9 de setembro de 2008

A Tese - #3

Notícias sobre a tese: ela segue!
Quando eu era molecote, e via as pessoas falando em defender tese e tal, eu ficava imaginando que deveria ser um coisa muito difícil de se fazer. E sabe de uma coisa? Eu não estava errado! Porém, algo que eu não imaginava é que também era um trabalho gratificante, instigante, desafiador. Do contrário, quem seria louco de se envolver em uma epopéia chamada doutorado?
Mas nem tudo são flores. Escrever leva tempo, exige imersão, pesquisa, pesquisa, pesquisa e... eu já falei pesquisa? Às vezes se lê um, dois, três livros... e deles saem um ou dois parágrafos para a tese. É assim que funciona, é um trabalho que exige esse tipo de disposição. E tem que gostar de escrever, isso é fundamental. Mas isso nunca foi um problema pra mim, minhas redações na quarta série sempre tinham mais de cinco ou seis folhas de caderno. Mais difícil do que escrever é reescrever. Porque isso também faz parte da epopéia: existe uma entidade quase mística, que nós chamamos de "Orientador". É ele que, como o próprio nome já aponta, orienta a pesquisa. Existem momentos em que tudo o que queremos é conversar com ele, tirar dúvidas, pedir socorro... e existem momentos em que morremos de medo de encontrá-lo. Então, é essa "entidade" que nos acompanha durante todo o trajeto, apontando os excessos e também as faltas do trabalho. E quando apresentamos um texto pra ele, normalmente temos que modificar uma monte de coisas... reescrever! Daí começa tudo de novo. É um processo.
Mas como eu disse, é muito gratificante tudo isso. Não é um mar de rosas, mas quem disse que um mar de rosas é algo bom? Eu prefiro um mar de água, onde eu possa velejar, descobrir coisas novas, investigar.