Hoje me vi ouvindo músicas do tempo que eu tinha uns 13 anos... faz um tempinho já. Claro, tem muita coisa que eu de fato ainda escuto daquele tempo, mas de um bocado delas eu tinha me esquecido. Comecei a fuçar numas fitas antigas, e então baixei umas coisas. Muito interessante isso. Parece que as músicas me levam pra aquele tempo, lembro de rostos, conversas, situações engraçadas, outras nem tanto... dilemas da sétima série.
Não sei se isso é coisa de balzaquiano, mas acho que os trinta anos são uma fase boa pra esse tipo de coisa. A primeira coisa é jogar fora preconceitos, especialmente aqueles que nos contamina na faculdade, do tipo: "ah, essa música não se deve ouvir, é pop" - que bobagem, pro Tio Adorno, lá de Frankfurt, até o Jazz era pop demais. Quem sabe dizer o que não é pop? Aliás, tentar não ser pop é a coisa mais pop no mundo acadêmico.
Por isso hoje, ouvindo aquele monte de música os anos 90, lembrei da simplicidade com que eu via as coisas, sentia o mundo. Claro que no universo em que eu vivia não tinha muitas opções, e pra mim essas coisas me integravam com um mundo que estava a milhas de distância de mim. Ouvir New Kids on The Block ou Information Society dava-me a sensação de fazer parte do mundo, coisa que dificilmente eu sentia de outro modo. Porém, havia com isso uma motivação para me mover, conhecer coisas novas, mundos novos. Daí eu, além de ouvir música pop, estudava muito, pois sabia que era um jeito, talvez o único, de conhecer esse mundo distante. E eu não estava errado. Hoje estou aqui, fazendo meu doutorado na faculdade que escolhi, na área que eu escolhi, e não nego de maneira alguma esse meu passado.
Ao contrário, eu me orgulho de cada escolha, cada momento, cada tempo "perdido" traduzindo músicas com meu mini-dicionário de inglês, que, aliás, foi o modo como eu, mal e aos trancos, aprendi um pouco dessa língua. Graças a isso que hoje me viro com os textos estrangeiros, por exemplo.
Pois é, tudo isso me veio à cabeça ouvindo músicas antigas. Acho que estou ficando velho mesmo.
Que bom.
Por isso hoje, ouvindo aquele monte de música os anos 90, lembrei da simplicidade com que eu via as coisas, sentia o mundo. Claro que no universo em que eu vivia não tinha muitas opções, e pra mim essas coisas me integravam com um mundo que estava a milhas de distância de mim. Ouvir New Kids on The Block ou Information Society dava-me a sensação de fazer parte do mundo, coisa que dificilmente eu sentia de outro modo. Porém, havia com isso uma motivação para me mover, conhecer coisas novas, mundos novos. Daí eu, além de ouvir música pop, estudava muito, pois sabia que era um jeito, talvez o único, de conhecer esse mundo distante. E eu não estava errado. Hoje estou aqui, fazendo meu doutorado na faculdade que escolhi, na área que eu escolhi, e não nego de maneira alguma esse meu passado.
Ao contrário, eu me orgulho de cada escolha, cada momento, cada tempo "perdido" traduzindo músicas com meu mini-dicionário de inglês, que, aliás, foi o modo como eu, mal e aos trancos, aprendi um pouco dessa língua. Graças a isso que hoje me viro com os textos estrangeiros, por exemplo.
Pois é, tudo isso me veio à cabeça ouvindo músicas antigas. Acho que estou ficando velho mesmo.
Que bom.
4 comentários:
Parece mentira, mas só foi eu começar a ler sobre as velhas músicas, pop ou não, que começou a tocar no rádio "Don t get me wrong" de Lily Allen. Não sei se chorava ou ria de alegria por buscar num tempo e num lugarzinho distante, as lembranças.
É incrível como vc consegue mexer com meus sentidos quando escreve.
Ow Céus, por onde andam meus cassetes?!
Ai minhas fitinhas K7, gravadas da rádio, com as vinhetas e tudo... Um dia preciso tirar o pó delas e por pra tocar :)
Acho que joguei várias fitas k7 fora... ou estão em algum lugar escondidas. Me identifiquei c/ sua postagem ;]
beijo
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